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Guerrero marca, Timão segura pressão e está na final do Mundial
 
 
Diante da Fiel, Corinthians joga mal, sofre no segundo tempo, mas avança  e agora espera Chelsea ou Monterrey na final de domingo, em Yokohama   A CRÔNICA
     por   
 Carlos Augusto Ferrari   
         Tite passou meses quebrando a cabeça para escolher o parceiro ideal de  ataque para Emerson no Mundial de Clubes. Foram inúmeros jogos e treinos  até concluir que o nome era Paolo Guerrero. Nesta quarta-feira, o  peruano comprovou que o treinador estava certo. Em um Pacaembu  improvisado no Toyota Stadium, o centroavante fez o gol da vitória por 1  a 0 sobre o Al Ahly, do Egito, e colocou o Corinthians na decisão de  domingo. Uma vitória muito mais sofrida do que se podia imaginar logo no  primeiro jogo da competição. E pensar que Guerrero chegou ao Japão como  dúvida: ele sofreu uma lesão no joelho direito na última rodada do  Brasileirão, dia 2, e corria risco de não jogar.
  A atuação corintiana esteve longe de empolgar a torcida alvinegra,  esmagadora maioria entre os mais de 31 mil presentes ao estádio, como na  campanha do título da Libertadores. O que se viu foi uma equipe  nervosa, como há muito tempo não se via. O Timão cometeu erros em todos  os setores e, por muito pouco, não se complicou diante de um adversário  inferior tecnicamente.
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  Guerrero foi o toque de calma que o Alvinegro não teve. Bem marcado, o  grandalhão dono da camisa 9 apareceu poucas vezes, mas, na única chance,  escapou do bloqueio egípcio para aproveitar de cabeça um passe precioso  de Douglas e garantir a vaga.
  O Corinthians espera agora pelo adversário na decisão. Chelsea, da  Inglaterra, e Monterrey, do México, se enfrentam nesta quinta-feira para  decidir quem avança. A decisão está marcada para domingo, às 8h30m (de  Brasília), em Yokohama.
  
Guerrero comemora gol que colocou o Corinthians na decisão do Mundial de Clubes (Foto: AFP) 
Sem pressão, com Guerrero  O Corinthians fez no início da partida o contrário do que treinou no  Japão nos últimos dias. A marcação por pressão no ataque, arma mortal na  conquista da Libertadores, foi deixada de lado em troca de um ritmo bem  mais cauteloso nos primeiros minutos, postura que deixou apreensivo o  grande número de torcedores alvinegros no estádio.
  O Al Ahly também foi diferente do que mostrou na suada classificação  contra o Sanfrecce Hiroshima, do Japão. A defesa, ponto fraco na  estreia, se fortaleceu com um esquema tático para proteger os zagueiros e  impedir jogadas de confronto direto com eles. Defender foi o máximo que  fizeram. Na frente, pouca qualidade técnica à espera de um vacilo  corintiano.
  A dificuldade foi tanta que o Corinthians só conseguiu chutar a gol aos  nove minutos, com Douglas batendo rente à trave direita de Ekramy. O  armador e o volante Paulinho alternaram as posições em busca de espaços,  mas não foram produtivos. Isolados, Emerson, Guerrero e Danilo quase  não tiveram chance de superar a pesada e, em alguns momentos, violenta  marcação.
  O Timão teve pequeno crescimento quando o técnico Tite passou Emerson  para o lado direito e Danilo para o esquerdo do ataque. A equipe  conseguiu prender a bola por mais tempo no campo ofensivo e,  consequentemente, acionar Guerrero mais vezes. Na única chance, o gol.  Da cabeça do peruano veio o desvio certeiro no canto direito do goleiro  após bola levantada por Douglas: 1 a 0, e Corinthians mais calmo até o  intervalo.
   Sufoco egípcioA esperança da Fiel em ver um time mais solto na etapa final ficou no  intervalo e encheu de sofrimento os minutos até a classificação. O  Corinthians voltou a campo cometendo os mesmos erros e, para piorar, viu  o adversário se arriscar mais vezes no ataque, sobretudo depois que o  ídolo Aboutrika entrou substituindo Said.
  Com mais trabalho, a defesa do Corinthians mostrou falhas e permitiu  que os egípcios crescessem. O empate quase surgiu em dois vacilos do  setor. Primeiro, Rabia, por muito pouco, não acertou o ângulo esquerdo  de Cássio após vacilo de Chicão. Em seguida, Fathi invadiu a área, às  costas de Fábio Santos, mas finalizou pelo lado de fora da rede.
  Tite buscou alternativas para melhorar o desempenho e tirar o  Corinthians da pressão. Romarinho e Jorge Henrique entraram nas vagas de  Emerson e Douglas, respectivamente, para ajudar na marcação e dar força  ao contra-ataque. Nada, porém, deu certo. Paulinho apareceu duas vezes  em condições de finalizar na área rival, mas demorou a chutar.
  A angústia tomou conta da torcida nos últimos minutos. Os ponteiros se  arrastavam. Apesar dos cânticos de incentivo, o Corinthians não  conseguiu controlar o jogo. Desgastado, o Al Ahly perdeu parte do ímpe
to  de sufocar para alívio do Timão. Vitória sofrida de quem precisará  melhorar para ser campeão.
  
Corintianos comemoram: resultado apertado e vaga da final do Mundial de Clubes (Foto: EFE)- 
 
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http://globoesporte.globo.com/jogo/mundial-de-clubes-2012/12-12-2012/corinthians-al-ahly.html
     
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