Esperava-se na partida deste domingo, no Serra Dourada, Goiás e  Botafogo bem mais inspirados. Afinal, os dois brigam, e bem, por vaga na  Libertadores e entraram em campo determinados a vencer, diante de 9.295  pagantes (renda de R$ 203.205,00). Mas se no primeiro tempo a partida  não teve atrativos, na segunda etapa o Esmeraldino, que mais uma vez  sentiu a falta de Walter, ao menos mostrou mais poder ofensivo e  espírito de luta. E, no ataque, o time foi recompensado pelo jogador que  mais tentou o gol: o meia Eduardo Sasha marcou de cabeça, no fim, aos  42 minutos do segundo tempo.  saiba mais -    Confira os lances em tempo real
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  A vitória por 1 a 0, a sexta seguida no Brasileiro, deixou o Goiás com  52 pontos, na quinta posição e na briga por uma das vagas para a  Libertadores.  - Quem arrisca, uma hora consegue. Tive que acreditar no lance.  Trombei, e a bola acabou entrando, que é o mais importante. Fazer um gol  importante como esse sempre é bom para qualquer jogador. Além disso,  nos aproximou do G-4 - declarou Eduardo Sasha, herói do jogo, logo após o  apito final.  O resultado deve motivar o time do Goiás para o jogo da próxima  quarta-feira, pela Copa do Brasil - foi derrotado pelo Flamengo por 2 a 1  na primeira partida das semifinais. Na 33ª rodada do Brasileiro, o  Esmeraldino enfrentará o Flamengo, de novo, sábado, no Maracanã, depois  do duelo derradeiro pela semi da Copa do Brasil, quarta, no Maracanã. E  na sequência receberá Ponte Preta e Inter, sai para enfrentar  Atlético-MG e Grêmio e receberá o Santos na última rodada.  Com 53 pontos, o Botafogo caiu para o quarto lugar e pode até ficar em  quarto, no caso de vitória do Atlético-PR. Semana que vem, vai a Porto  Alegre encarar o Internacional, no domingo. Depois, receberá Portuguesa e  Atlético-PR, pegará São Paulo e Coritiba fora e terá como jogo de  despedida o Criciúma, no Rio.  - Ficamos tristes com o gol sofrido no final, mas temos uma semana para  trabalhar, pensar no jogo contra o Inter e levantar a cabeça - declarou  o atacante Elias. Sem camisa, Eduardo Sasha comemora o gol da vitória 
do Goiás (Foto: Carlos Costa / Ag. Estado)
 
Pouca inspiração  Nem dá para reclamar de falta de iniciativa dos dois times. Tanto Goiás  quanto Botafogo lançaram-se ao ataque. Os dois queriam a vitória para  sonhar com a Libertadores, especialmente o Goiás. Mas como faltou  inspiração... Como faltou aquele toque para botar o companheiro na cara  do gol ou para se desvencilhar da marcação e ficar livre. Com muita  justiça, os primeiros 45 minutos foram sem gols no Serra Dourada. Quem  perdeu foi o torcedor. Mas nenhum dos times merecia vencer.  Em casa, mesmo sem Walter, o Goiás tentava ter o controle do jogo  adiantando a marcação. Forçava a ação ofensiva pelo lado esquerdo. E foi  por ali a primeira jogada que gerou polêmica.  Amaral bateu bola  resvalada pela defesa alvinegra, e ela tocou no braço de Julio Cesar. O  árbitro interpretou como involuntário e mandou seguir o lance.  Com Elias de volta ao ataque e se movimentando bem, o Botafogo forçava  pelo seu setor direito do ataque. Mas não bastava o esforço do camisa  39. Edilson não subia como se esperava - ficou um pouco preso para  conter os avanços de William Matheus, lateral do Esmeraldino. Rafael  Marques, quando caía por ali, tentava criar alguma jogada. O problema é  que o time dependia muito da inspiração de Seedorf, que mais uma vez não  acertava a maior de todas as suas virtudes, o passe final. Na única vez  que conseguiu, Rafael Marques se atrasou no lance. Bolívar domina a bola na defesa do Botafogo (Foto: 
Cristiano Borges/O Popular)
 
 Da metade da primeira etapa em diante, o Goiás passou a tentar as  jogadas pela direita, com um Vítor pouco inspirado. Eduardo Sasha  procurava ser o municiador do ataque. Até mostrou boa movimentação e fez  algumas jogadas, mas o time esbarrava sempre na sequência. O jeito era  arriscar de longe. Foi o que o camisa 11 fez duas vezes, numa delas  obrigando Jefferson a dar tapinha para escanteio. Gegê e Gabriel, vindo  de trás, também tentaram para o Botafogo fora da área, sem sucesso. A  melhor jogada alvinegra só saiu aos 43 e causou polêmica. Elias driblou  dois e, na saída de Renan, dobrou os joelhos e caiu na área, reclamando  pênalti. O árbitro mandou seguir, e Rafael Marques desperdiçou a chance -  a zaga salvou na linha do gol. E a primeira etapa terminava sem gols e  sem brilho.   Goiás pressiona e vence  Enderson Moreira mexeu no Goiás no intervalo. Trocou o apagadíssimo  Junior Viçosa por Léo Bonatini. Walter, realmente, fazia muita falta. Os  erros de passes continuavam. Mas o Botafogo acertou uma boa jogada, e  pela esquerda. Julio Cesar foi ao fundo e centrou para Elias perder  outra chance - Amaral salvou para o Goiás. Amaral domina a bola diante de Seedorf, que não teve 
boa atuação (Foto: André Costa / Agência Estado)
 
 Os dois times se soltaram mais ainda. O Goiás voltou a mexer no ataque,  sacando Roni. Wellinton Junior entrou e melhorou a equipe. Hugo, sumido  até então, passou a criar mais. E Sasha fez Jefferson trabalhar  novamente, com boa defesa. Oswaldo de Oliveira trocou Seedorf por  Lodeiro, mas o Goiás já estava melhor e, num passe de Hugo para Vítor, o  lateral bateu cruzado. Wellinton Junior ainda se esticou, mas não  alcançou a bola. Pouco depois, também pela direita, Vítor chegou a  driblar o goleiro alvinegro, mas perdeu o equilíbrio. Enderson voltou a  mexer e trocou Hugo por Thiago Mendes.  Oswaldo tentou dar velocidade ao contra-ataque alvinegro e substituiu  Gegê por Hyuri. Mas foi de Edilson a grande chance de gol, num balaço  bem defendido por Renan. A tarde não era mesmo alvinegra. Coube a  Eduardo Sasha, aquele que mais tentou na partida, fazer o gol da vitória  do Goiás. Aos 42, após centro de Léo Bonatini, mandou de cabeça para as  redes e viu o esforço recompensado. Agora, é pensar no jogo contra o  Fla, no Maracanã, pela Copa do Brasil.