Esporte
Entre 'facadas e tiro de 12', vice tenta convencer Lusa a ir à Justiça comum
 
 
Orlando Cordeiro  de Barros usa metáforas de guerra para se referir à luta da Portuguesa  para anular decisão do STJD que rebaixou o clube à Série B
                                             Por David AbramveztSão Paulo
Orlando Cordeiro de Barros, vice jurídico da Lusa, com Código Brasileiro de Justiça Desportiva (Foto: Marcelo D. Sants/AE) 
A tentativa da CBF de evitar que a Portuguesa entre na  Justiça comum só aumentou o desejo do vice-presidente jurídico do clube, Orlando  Cordeiro de Barros, de entrar com uma ação. O dirigente disse estar  cansado de ver a Lusa "recebendo facadas no seu pulmão". Segundo ele, a única saída para o clube é recorrer à Justiça comum, para anular a decisão do Superior  Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) que, por conta da escalação  irregular do meia Héverton na última rodada do Brasileirão, tirou quatro  pontos da Portuguesa, rebaixando-a para a Série B, e livrando o  Fluminense da degola.
- Eu estou convencendo o restante da direção da  Portuguesa a entrar na Justiça comum. Espero que até o fim de janeiro,  eu consiga. O clube foi forçado a se posicionar desta maneira. A  Portuguesa vem recebendo facadas no seu pulmão. Se é para acabar com a  Portuguesa, que acabem com um tiro de 12 (arma que causa grandes  estragos). Se fosse com um clube como Corinthians, Flamengo ou  Fluminense, isso não estaria acontecendo - afirmou Orlando ao  GloboEsporte.com. A  Portuguesa vem recebendo facadas no seu pulmão. Se é para acabar com a  Portuguesa, que acabem com um tiro de 12 (arma que causa grandes  estragos). 
Se fosse com um clube como Corinthians, Flamengo ou  Fluminense, isso não estaria acontecendo
Orlando Cordeiro de Barros, vice jurídico
 
 Ciente de que a Fifa prevê rigorosas punições aos  clubes que recorram à Justiça comum, o advogado disse não temer  retaliações, como a desfiliação da Portuguesa, condição que a impediria  de disputar qualquer competição. 
O vice jurídico entende que  exigir que o clube não entre na Justiça comum em troca do empréstimo de  R$ 4 milhões pedido pela Lusa não foi a única tentativa da Confederação  Brasileira de Futebol (CBF) de evitar que o "caso Héverton" termine fora  da esfera jurídica desportiva. 
- Não há por que temermos ninguém, nem FPF, Fifa  ou CBF. Nós vivemos em um Estado soberano, democrático. Implanta-se um  terrorismo, como se fosse proibido buscar o seu direito em um país  democrático. O único regime de exceção que a gente tem visto é no  futebol. Nem na política partidária isso está acontecendo. Pessoas  graúdas da política foram punidas pelo Supremo Tribunal Federal e  foram parar na Papuda (prisão onde estão os políticos condenados no  Mensalão).
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 Indagado sobre a chance de a Lusa entrar na Justiça  comum, o presidente reeleito da Federação Paulista de Futebol (FPF), Marco Polo Del Nero, afirmou que o clube não deveria seguir tal procedimento. O dirigente é o provável candidato à sucessão de José Maria Marin na presidência da CBF.
- Nós respeitamos as decisões dos tribunais desportivos. Eu não vi a  Portuguesa entrar na Justiça comum e isso não pode acontecer, porque  existe uma regra nisso tudo. Nós temos um STJD independente. Qualquer  tribunal pode cometer equívocos, eu não vou entrar nesse mérito. Mas eu  entendo que o assunto deve ser discutido apenas na esfera esportiva. A  Fifa determina que os clubes devem buscar o tribunal arbitral. E o nosso  tribunal arbitral é o STJD - disse Del Nero.Ao saber da declaração do presidente da FPF, Orlando Cordeiro de Barros rebateu:
-  Não sei se o Marco Polo recebeu da CBF a missão de convencer a  Portuguesa a não entrar na Justiça comum. Talvez seja só uma opinião  pessoal dele. Eu não tenho nada contra ele. Mas as coisas precisam ser  claras, técnicas e cristalinas no Direito. Uma lei federal não pode  estar abaixo de uma lei desportiva, e isso está acontecendo. Nós vamos  atrás dos nossos direitos na Justiça comum. Basta eu conseguir convencer  toda a diretoria da Portuguesa.
Entenda o casoNo  fim do ano passado, o STJD tirou quatro pontos da Portuguesa e do  Flamengo por terem escalado Héverton e André Santos em condições  irregulares, contra Grêmio e Cruzeiro, respectivamente. Esse cenário  salvou o Fluminense, que havia caído para a Série B, e rebaixou o clube  paulista. Uma série de liminares em ações impetradas por torcedores tem  alterado a classificação do campeonato e incomodado a CBF. Em meio a  tudo isso, a Lusa pediu um empréstimo à entidade, que concordou em ceder  o dinheiro, mas com a condição de que o clube desistisse de todas as  ações na Justiça.FONTE:http://globoesporte.globo.com/futebol/times/portuguesa/noticia/2014/01/entre-facadas-e-tiro-de-12-vice-tenta-convencer-lusa-ir-justica-comum.html 
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