Bom para ninguém. O empate em 1 a 1 entre Criciúma e Ponte Preta mantém  o calvário. As duas equipes seguem na zona de rebaixamento, e  aparentemente com maior dificuldade de sair da área de degola, diante  dos resultados desta rodada do Campeonato Brasileiro. O Tigre volta a  somar após três rodadas de jejum, mas é pouco para a necessidade que tem  – e desespero da maioria dos 9.757 torcedores que foram ao Heriberto  Hülse neste domingo com a pretensão de assistir ao começo de uma  arrancada. A Macaca chega à quarta partida de invencibilidade, mas com  compromisso maior de vencer o Vitória, próximo adversário, para ao menos  manter as esperanças de sair do Z-4.
 Os mandantes demoraram a entender que aquela era uma ‘final de Copa do  Mundo’ contra o rebaixamento. Deram espaço para que a Ponte Preta  especulasse e arrematasse. O Criciúma encaixou e jogou com a maioria dos  9.757 torcedores no estádio. Superou a Ponte em finalizações – 6 a 3 no  primeiro tempo. Uma delas foi de Ricardinho, que abriu o placar com  falha do goleiro. O Tigre também errou. Voltou devagar do intervalo e  pagou contraindo com o gol de desconto, marcado por Leonardo. Os  mandantes foram obrigados a crescer e chegaram a colocar duas bolas na  trave numa mesma jogada.  saiba mais -    Confira a partida em Tempo Real
 -    Veja a situação dos times na tabela
 
  O Criciúma, na 19ª colocação e com 33 pontos, terá pela frente um duelo  novamente decisivo para tentar sair da degola. No próximo domingo, o  Tigre enfrenta o Náutico, já rebaixado, no Recife. A Ponte, 18ª e com 34  pontos, tem a Sul-Americana como próximo objetivo. Na quinta-feira, a  equipe de Campinas precisa de gols para passar pelo Vélez Sársfield, em  Buenos Aires, já que na ida o confronto terminou empatado sem gols. Pelo  Brasileirão a Macaca joga domingo, diante do Vitória, no Moisés  Lucarelli. Lins e Rildo disputam bola no duelo dos times que lutam 
contra o Z-4  (Foto: Fernando Ribeiro / Ag. Estado)
 
Encaixa e ‘é caixa’  Ainda que precisasse do triunfo para tentar sair da zona de  rebaixamento na rodada, a Ponte Preta pareceu entrar em campo para  especular. Chegou a ter uma ou outra chance no começo, mais por espaço  ou falha da defesa da casa. Quando o Criciúma se acertou em campo, a  Macaca se conteve. A presença ofensiva diminuiu, com os mandantes  encaixados e atrás do gol inaugural.O caminho para as redes, o Tigre  tentava encontrar pela esquerda. Por aquele lado equilibrou o número de  finalizações e começou a mostrar as garras. Inflamada pelos torcedores,  que vaiavam cada marcação da arbitragem contra os tricolores, os  jogadores peitavam Ricardo Marques Ribeiro.
 Mas o Criciúma precisaria de uma outra forma para chegar ao primeiro  gol do jogo. O técnico Argel Fucks pediu calma e persistência. Sem  reclames e na insistência do atacante Lins, as redes e a torcida  balançaram. ‘Bruce Lins’ ganhou uma bola que parecia perdida na frente  da área, arrumou e arriscou. Roberto soltou. Foi Fatal. Ricardinho  surgiu para escrever 1 a 0, o placar do primeiro tempo na capital do  carvão.   Macaca empata, torce e seguraA vantagem parcial fez o Criciúma entrar no segundo tempo acomodado. A  Ponte Preta enxergou que poderia se aproveitar. O gol de empate dos  pontepretanos, aos nove, não poderia simbolizar melhor o que ocorria na  etapa final até então. O Tigre esteve sempre atrás, no cruzamento do  Régis, no desvio de Rildo e na finalização de Leonardo, que marcou seu  primeiro com a camisa do clube. A igualdade obrigou os mandantes a  pressionar novamente e o tempo fazer com que Argel Fucks tirasse um  volante, Ewerton Páscoa, para a entrada de um atacante, Marcel. O  centroavante Wellington Paulista virou armador.
 O trunfo a ser explorado pela Macaca era a exposição. Mas o Criciúma  pouco permitiu que a Ponte saísse do campo de defesa. Ou de dentro da  pequena área, como aos 34: Marcel e Lins ficaram na trave após um  cruzamento, em lances seguidos da mesma jogada. Neste momento, a pressão  sobre a Ponte era gigantesca, porque a torcida da casa havia acordado e  gritava alto. Ela suspirou ‘uh’ duas vezes, em arremates em que apenas o  goleiro Roberto vibrou, quando viu a bola passar do lado da trave.  Ficou nisso e um Criciúma com a necessidade de vencer cinco jogos dos  seis que restam. A Ponte Preta precisa ganhar quatro.