Não faltavam credenciais para uma vitória sem sobressaltos. O Inter  repetia o time do Gre-Nal vencido por 4 a 1, que o levou ao tetra  estadual, e, embora distante 2,1 mil quilômetros de Porto Alegre, jogava  apoiado pela colônia gaúcha que invadiu a Arena Pantanal. Vantagens que  viraram pó assim que o Cuiabá começou a desfilar seus jogadores  pequenos, habilidosos e velozes, na quente noite desta quinta-feira no  Mato Grosso. Uma combinação que aturdiu o favorito Colorado, que estava  perdendo até os 40 minutos do segundo tempo. Até Rafael Moura salvar o  time de Abel Braga. Antes, Washingtom abriu o placar com direito a choro  de emoção. O 1 a 1 força o confronto da volta, na capital gaúcha, pela  segunda fase da Copa do Brasil.
 saiba mais
 -    Confira como foi o jogo no Tempo Real
 -    Confira a tabela da Copa do Brasil
 -    Vc dá nota: avalie os jogadores do Inter
 
  O gol salvador de He-Man diante de mais de 22 mil pessoas em  evento-teste para a Copa do Mundo permite ao Inter empatar em 0 a 0 no  Beira-Rio, em 15 de maio, uma quinta-feira. Empate a partir de 2 a 2 dá a  vaga ao Cuiabá. Nova igualdade em 1 a 1 leva aos pênaltis. Quem vencer  se classifica.
 As duas equipes voltam a campo no domingo, em compromissos pelos  campeonatos nacionais. O Cuiabá visita o Fortaleza para tentar manter o  embalo após vencer na estreia da Série C. Já o Inter volta as atenções à  Série A com o confronto diante do Sport, no Beira-Rio, pela terceira  rodada do Brasileiro, no qual reúne quatro pontos em dois compromissos
 Washingtom marca gol e chora diante 
do Inter (Foto: André Romeu/
VIPCOMM)
Gol e choro no CuiabáO Inter exaltava, ainda em Porto Alegre, a oportunidade de atuar num  gramado em nível de Copa do Mundo. Mal sabiam os comandados de Abel que o  tapete da Arena Pantanal não seria bem um aliado. Porque o Cuiabá não  queria apenas destruir as jogadas de D’Alessandro e cia. O time de  Luciano Dias soube jogar. Além da postura espartana ao defender, sem  deixar espaços para o rival, os mandantes disparavam como flecha nos  contragolpes.
 A estratégia começou cedo, com chute perigoso a um minuto, de  Washingtom. Aos 21, o meia acabou recompensado ao aparar com precisão  cruzamento de Cleverson. Dida ficou parado no centro do gol enquanto o  artilheiro levava aos mãos ao rosto num choro inesperado. A emoção não  inebriou o Cuiabá, que seguiu firme. Aos 41, o mesmo Washingtom chutou  para longe uma chance clara, com o goleiro caído. Com presença maciça,  os torcedores colorados, aproveitaram a curta distância das cadeiras ao  campo e gritaram para Abel mexer no time, após um primeiro tempo de  apenas uma finalização em direção ao gol.
Inter escapa e castiga no fim E Abel mexeu. Sacou o inoperante Gilberto da lateral direita e colocou o  meia Jorge Henrique. E a pressão pelo empate foi grande, mas sem  chances claras. A torcida pedia Valdívia, jovem de atuação destacada  contra o Botafogo, no Brasileiro. O treinador, porém, optou por mais um  centroavante. Afinal, faltava chutar. Wellington Paulista ingressou aos  16 minutos na vaga de Alex, um dos poucos a se salvar no time. Valdivia  entraria, enfim, para delírio dos presentes, única real comemoração por  parte da torcida vermelha. Porque o Cuiabá, embora mais resguardado, colecionou as melhores  chances na etapa final. Ambas com Diego Torres. Primeiro, em chute  colocado que raspou o poste. Depois, não aproveitou recuo errado de  Jorge Henrique e cabeceou fraco, nas mãos de Dida. Não dá para vacilar  diante de clube grande. Aos 40, após cruzamento de Aránguiz e cabeceio  de Fabrício, Rafael Moura teve tranquilidade para dominar e fuzilar na  pequena área: 1 a 1.Saem todos vivos da Arena Pantanal.