Esporte
Caso Héverton: MP instaura inquérito civil contra CBF e STJD
 
 
Promotor da área do direito de consumidor afirma que Estatuto do Torcedor está acima do Código Brasileiro de Justiça Desportiva
                                             Por Martín Fernandez*São Paulo
Héverton, pivô do caso que gerou punição à 
Portuguesa no STJD (Foto: Futura Press) 
O  Ministério Público de São Paulo quer que a CBF devolva para a  Portuguesa os quatro pontos que foram tirados do clube no Campeonato  Brasileiro de 2013, por decisão do STJD. Caso isso não aconteça, o MPSP  vai entrar com Ação Civil Pública contra a confederação e o tribunal. 
O  promotor Roberto Senise Lisboa, de área de direito do consumidor,  anunciou em entrevista coletiva nesta quarta-feira a instauração de um  inquérito, que tem como indiciados a CBF e o STJD. 
- O  Ministério Público entende que houve falha da CBF e do STJD. No nosso  entender, é bem forte a possibilidade de não ser aplicada a perda dos  quatro pontos - resumiu o promotor. 
A Portuguesa foi punida pelo  STJD por ter escalado Héverton no jogo contra o Grêmio, na última  rodada do Brasileiro. O jogador havia sido suspenso por jogos e só havia  cumprido um. Por isso, a Lusa foi punida, perdeu quatro pontos, caiu  para 17º lugar no Campeonato Brasileiro e acabou rebaixada. 
O Flamengo pode ser beneficiado da mesma ação, caso se prove que foi um caso semelhante (ao da Lusa)
Roberto Senise, promotor do MP
 
 Situação  semelhante ocorreu com o Flamengo, que, graças à escalação de André  Santos contra o Cruzeiro, também perdeu quatro pontos e despencou para a  16ª posição no Brasileiro. O Fluminense, que havia terminado na zona de  rebaixamento, subiu assim para o 15º lugar e se salvou.
Segundo a  argumentação de Senise, a suspensão aos jogadores Héverton e André  Santos deveria ter sido publicada no site da CBF antes da última rodada,  como determina o Estatuto do Torcedor - mas só foi depois. 
Ao  punir Portuguesa e Flamengo, o STJD entendeu que os clubes já tinham  ciência da suspensão de seus atletas, e que não havia necessidade de  publicação no site. 
- O Estatuto do Torcedor é uma lei maior,  federal, não pode ficar abaixo de uma determinação do STJD - argumentou  Senise, nesta quarta-feira.
Agora, CBF e STJD têm dez dias para  prestar esclarecimentos, por meio do envio de documentos ao Ministério  Público. O promotor quer ver a súmula da partida entre Portuguesa e  Grêmio (aquela da qual Héverton participou).
- Não houve nenhuma  restrição ou impedimento por parte da CBF, que tinha representante no  local da partida. O Héverton entrou em campo, e não foi impedido de  entrar - afirmou Senise, para explicar qual seria a responsabilidade da  CBF no caso.
O departamento jurídico da confederação afirmou que  vai prestar todos os esclarecimentos ao MP de São Paulo - a CBF pretende  demonstrar que apenas cumpriu uma decisão do STJD.
A Portuguesa  também vai ter que comparecer a uma audiência, marcada para o dia 22 de  janeiro. O MP quer que a Lusa apresente seus documentos sobre o caso. 
O  foco do trabalho do MP não passa pela atuação do advogado Osvaldo  Sestário, que representou a Lusa no julgamento de Héverton em 6 de  dezembro.* Colaborou Márcio Iannacca, do Rio de JaneiroFONTE:http://globoesporte.globo.com/futebol/times/portuguesa/noticia/2014/01/caso-heverton-mp-instaura-inquerito-civil-contra-cbf-e-stjd.html 
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