Manaus faz bem ao Botafogo. No difícil mês de outubro, marcado por  demissões de medalhões e pela chegada à lanterna na briga contra o  rebaixamento no Campeonato Brasileiro, o Alvinegro venceu somente na  Arena da Amazônia – já havia batido o Corinthians há duas semanas. Na  noite deste sábado, passou pelo Flamengo com um merecido triunfo por 2 a  1. 
Dominou o arquirrival nos 45 minutos iniciais e foi cirúrgico no  segundo tempo. Rogério e Wallyson marcaram os gols alvinegros, e Eduardo  da Silva descontou para os rubro-negros.  saiba mais
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  Com a vitória, o Glorioso ganha novo fôlego no Z-4: é o 17º colocado,  com 33 pontos, um a menos que o Vitória, primeiro time fora do grupo que  leva à Segunda Divisão. Com 40 pontos, o Flamengo manteve-se em 11º  lugar. As duas equipes voltam a campo pelo Brasileirão no domingo, 2 de  novembro. O Botafogo enfrenta o líder Cruzeiro no Mineirão, às 17h (de  Brasília), e o Rubro-Negro recebe a Chapecoense no Maracanã, às 19h30.
  Antes, no entanto, o Fla tem seu primeiro compromisso pelas semifinais  da Copa do Brasil, contra o Atlético-MG – razão por que Vanderlei  Luxemburgo poupou vários jogadores no clássico carioca. O jogo contra o  Galo está marcado para quarta-feira, às 22h, no Maracanã.
 Carlos Alberto e Bolatti comemoram com 
Rogério, autor do primeiro gol (Foto: 
Danilo Mello / Ag. Estado)
Botafogo faz por onde e sai na frente  O primeiro tempo não apresentou uma partida de alto nível técnico aos  torcedores que compareceram à Arena da Amazônia – 42.391 pessoas, com  39.561 pagantes, números abaixo dos 43.675 ingressos esgotados em 10  horas no primeiro dia venda, o que garantiria recorde de público no  estádio construído para a Copa do Mundo. Ruim, todavia, também não foi.  As equipes se movimentaram bastante, mas o Botafogo era mais ofensivo e,  sobretudo, incisivo. Antes de marcar, aos 33 minutos, já havia chegado  com perigo em finalizações de Carlos Alberto e Wallyson.
  O gol, conquistado merecidamente, saiu em bela jogada coletiva. Bolatti  partiu da intermediária de ataque e deu a Wallyson, que esperou o  momento certo de devolver. O argentino se projetou, recebeu e rolou para  Rogério, com um tapa de primeira, abrir o placar. Justo prêmio a um  time que agrediu muito mais. O número de finalizações (6 a 3) e  escanteios (6 a 0), ambos favoráveis ao Glorioso, refletiram a  superioridade alvinegra. Desentrosado e atrapalhado pela falta de ritmo  do lateral-direito Léo, o Flamengo não fez nada de relevante. Mugni até  balançou a rede com um bonito toque de chaleira, mas estava impedido.
   Wallyson define vitória com golaço
  A volta do intervalo foi muito morna. Luxa até tentou aquecer seu time  com as entradas de Eduardo da Silva e Elton nos lugares de Luiz Antonio e  Nixon, respectivamente. Não deu. Aos 10, nova tentativa: sacou Mugni  para a entrada de Igor Sartori. Nada feito. O jogo era fraquíssimo. O  Flamengo nada fazia, e o Botafogo só se defendia. Até um lindo lance dar  graça à etapa. Aos 22, Marcelo errou na saída de bola, Bolatti a  recuperou e adiantou para Wallyson, que, em chute de rara felicidade,  colocou no ângulo. Um golaço.
  A fatura parecia liquidada. O Rubro-Negro seguia inerte, e o Alvinegro  tentava administrar o placar. Veio o lampejo do Fla e dos pés do atleta  que merecia. Melhor do Fla em campo, Anderson Pico pegou bola na lateral  esquerda, cortou dois adversários e tocou para Gabriel, que só ajeitou.  Pico disparou bomba na trave direita de Jefferson, e no rebote Eduardo  da Silva empurrou para o gol vazio: 2 a 1, aos 29.
  Aos 48, Jefferson, pouquíssimo exigido durante o jogo, fez jus à  condição de titular da seleção brasileira. O Rubro-Negro aproveitou  desatenção da defesa rival e cobrou escanteio rapidamente com Pico.  Elton finalizou à queima-roupa, e o camisa 1 alvinegro operou um milagre  para garantir o resultado. E que resultado para o Botafogo.