A  discussão sobre os erros e acertos do árbitro Rodrigo Nunes de Sá no  primeiro clássico da final do Campeonato Carioca ainda vai dar pano para  manga. Diante das polêmicas sublinhadas pelos presidentes de Vasco e Flamengo,  que criticaram sua atuação em entrevista após o empate em 1 a 1, no  Maracanã, Arnaldo Cezar Coelho também fez sua análise tanto dos lances  em questão quanto do desempenho do homem do apito. E foi mais um a  engrossar o coro de reprovação a seu trabalho. 
O comentarista  da TV Globo apontou que a abertura para o diálogo com os jogadores foi a  maior falha do árbitro, que acabou perdendo o controle da partida. Ao  mesmo tempo, também não viu com bons olhos o exagero dos clubes, que  considerou "uma pressão para o segundo jogo".
- Os dois  presidentes usaram um artifício muito comum, que é já pressionar o juiz  do próximo jogo para o seu lado. O árbitro realmente não foi feliz,  porque permitiu a falação, deu muita conversa. Quando começa a discutir  com jogador, provoca esse exagero nas reclamações. Os cartões servem  para coibir isso. E depois também ele usou critérios errados. Demorou a  dar os amarelos e de forma exagerada em alguns casos, o que irritou os  jogadores. Quando tinha que dar antes, não deu. Poderia ter expulsado o  Everton Costa (do Vasco) antes. Mas não comprometeu o resultado. A  chiadeira é para ambientar a final - acredita Arnaldo.
Arbitragem deixa o campo escoltada 
pela polícia (Foto: André Durão)
Apesar  da situação, o árbitro de duas Copas do Mundo não gosta da ideia de  recrutar outros nomes de fora do Rio de Janeiro, como sugerido pelo  Vasco. E lembra que para a partida do próximo domingo, o experiente  Marcelo de Lima Henrique, com outro perfil, já está escalado. 
-  O Rodrigo é um árbitro que, por mais que tenha apitado outros clássico,  ainda falta algo. Já o Marcelo não tem nada a perder. Se partir para  cima, ele vai responder. Não vai ter falta de respeito. Apitou Uruguai x  Argentina recentemente, então está mais do que preparado. Os árbitros  do Rio são bons e apitam em todo lugar, então não precisa mudar.
Arnaldo  ressaltou que, embora tenha sido um erro não marcar a falta de Everton  Costa no goleiro Felipe, não foi simples ver o lances antes da repetição  nas câmeras. Somente com a imagem de dentro do gol é que a  irregularidade ficou clara, segundo o ex-árbitro. Rodrigo Nunes de Sá,  então, está absolvido. Mas o auxiliar de linha de fundo, não. Para  Arnaldo, era obrigação dele avisar que o camisa 1 rubro-negro teve sua  movimentação na pequena área limitada.   - A regra diz que,  na pequena área, o goleiro não pode ser impedido de se mexer. Nesse  caso, o salto dele foi atrasado pelo jogador do Vasco. Durante o lance,  poucos notaram. É difícil. Mas deveria ser apontado pelo fiscal, que  está ali para isso.
Personagem  do clássico, Everton Costa deu trabalho para a arbitragem. Primeiro,  levou cartão amarelo pela simulação de um pênalti. Depois, puxou Gabriel  e poderia ter sido expulso no começo da segunda etapa. Mas Rodrigo  Nunes aliviou, mesmo com a reclamação dos rubro-negros. Em seguida, em  uma falta aparentemente leve, levou o vermelho. Aí foi a vez de os  vascaínos partirem para cima. O critério utilizado foi alvo de crítica  de Arnaldo.- Existe esse negócio de compensar, que é errado.  Ele deveria ter sido expulso antes, sim. Mas usar isso como motivo de  revolta é complicado. Ninguém, numa situação dessa, critica o técnico  por uma substituição. O árbitro estava abalado emocionalmente desde o  início. O jogo foi mais difícil do que ele imaginava. Apitou com atraso e  não conseguiu fugir das reclamações.
Uma  cena inusitada também ficou marcada no clássico. O lateral André Rocha,  do Vasco, foi capaz de tirar a camisa do zagueiro Samir, do Flamengo,  na movimentação da área. Como a falta ainda não havia sido batida, nada  foi marcado, mas o jogador cruz-maltino recebeu o cartão amarelo. O  técnico Adilson Batista disse que o rival tirou a própria camisa.  Arnaldo Cezar Coelho concordou com a decisão, mas lamentou a situação  ridícula. 
- Eu nunca tinha visto isso. É lamentável. É o  retrato do agarra-agarra. Na Europa, se virem, vão fazer piada. Ninguém  aceita lá. Só aqui mesmo para o jogador chegar a esse nível num lance.
Jogada  semelhante aconteceu com Samir e Rodrigo, só que o zagueiro do Flamengo  esteve do outro lado. Puxou claramente a camisa do adversário, que não  subiu para cabecear. Para o comentarista da TV Globo, o pênalti poderia  ter sido marcado, mas lances assim viraram corriqueiros no futebol  brasileiro e são facilmente evitados com advertências antes de a bola  subir.
- Os árbitros estão cometendo um erro muito grande.  Pela regra, pode dar o cartão antes. E deveria ter marcado se viu. No  jogo do Santos (pela semifinal do Paulistão) houve uma jogada igual. E  foi marcada a infração. 
FONTE:http://globoesporte.globo.com/rj/futebol/campeonato-carioca/noticia/2014/04/arnaldo-avalia-polemicas-reprova-arbitro-e-criticas-dos-presidentes.html   
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