- Eu queria não ganhar todos os títulos da minha carreira e ganhar o título contra o preconceito contra esses atos racistas. Trocaria por um mundo com igualdade entre todas as raças e classes.
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Tinga entrou no segundo tempo no lugar de Ricardo Goulart e logo começou a ouvir torcedores imitando macacos quando tocava na bola. O volante disse que tentou esquecer durante o jogo, mas não conseguiu.
- A gente tenta esquecer, competir em campo. Fico chateado com isso em pleno 2014, um país tão próximo da gente, mas infelizmente aconteceu. Já joguei longe, joguei vários anos na Alemanha e nunca vi isso na minha vida.
Tinga em lance do jogo contra o Real Garcilaso (Foto: Reprodução / TV Globo Minas)
Dedé e Kalil se solidarizam
Os atos racistas da torcida peruana não indignaram apenas a vítima, mas também seus companheiros. O zagueiro Dedé deixou em segundo plano a derrota e as dificuldades com a altitude para também reclamar dos sons emitidos pelos torcedores do Real Garcilaso.
- O que deixa a gente indignado é um pais sul-americano com gestos racistas. O Tinga pega na bola, e eles (torcedores) começam a fazer som de macaco. Isso não existe e, da forma que eles jogaram aqui, catimbando, fazendo coisas para travar durante todo o jogo. Mas é o começo Libertadores, o time está confiante e sabe o que fazer no campeonato.
A Federação Mineira de Futebol informou vai fazer uma representação nesta quinta-feira, junto à Conmebol, em repúdio ao racismo manifestado contra Tinga. Até o presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, entrou no tema, criticando o ato pelo Twitter.
- Racismo na Libertadores?... Me tiraram o prazer da derrota do Cruzeiro. Lamentável! – escreveu o dirigente alvinegro por meio do seu perfil oficial no Twitter.
Alexandre Kalil no Twitter
(Foto: Reprodução \Twitter)
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/cruzeiro/noticia/2014/02/vitima-de-racismo-no-peru-tinga-diz-que-trocaria-titulos-por-igualdade.html