Depois da derrota do Flamengo por 2 a 0 para a Ponte Preta, na última quarta-feira, em Juiz de Fora, Renato Abreu deixou o campo sob vaias ao ser substituído por Carlos Eduardo. O motivo das críticas foi o pênalti desperdiçado na segunda etapa da partida, jogando para o alto a chance de empate do Rubro-Negro contra a Macaca. A resposta não poderia ter chegado de forma mais rápida. Na tarde desse sábado, contra o Atlético-PR, em Joinville, foi a vez de Renato substituir Carlos Eduardo e se tornar responsável pelo ponto conquistado em Santa Catarina ao marcar o segundo gol da reação rubro-negra no empate por 2 a 2. Na saída, fez um desabafo.
- Eu e o Flamengo estamos juntos há seis anos. Então, é igual a namoro. Você briga, volta o relacionamento. Cada vez que volta, volta mais forte. Fico feliz pela vitória, digo, pelo empate. Mas fico feliz pela garra de todos - afirmou.
Eu e o Fla estamos juntos há seis anos. Então, é igual a namoro. Você briga, depois você volta"
Renato Abreu
- Às vezes a gente é julgado de uma forma que nós não entendemos. Aqui nós somos seres humanos, estamos sujeitos a acertar e errar. A gente não erra porque quer, erra porque tenta fazer o certo. Essa torcida de hoje é a torcida do Flamengo, que nos incentiva e merece o nosso esforço.
Na derrota para a Ponte Preta, o meia questionou a ira da torcida antes mesmo de abandonar o gramado e, após o término do jogo, afirmou que não se abateria com a forte cobrança.
- Não vou me intimidar com vaia. Fiquei surpreso por ter acontecido isso. A derrota não foi por causa do pênalti. Vou conversar com o Jorginho e deixar a situação para ele resolver. Se quiser colocar outro batedor, até peço. É uma situação desagradável. Tenho certeza de que no Rio de Janeiro a torcida estaria do meu lado, como muitos aqui estiveram, mas bola para frente. Vou trabalhar da mesma forma. Não me abala em nada. Quanto mais acontece isso, procuro fortalecer – disse, na saída de campo.
Nesse sábado, tudo mudou. O camisa 11 entrou em campo já com o placar desfavorável ao Fla, e ainda viu o Furacão ampliar aos 26 minutos do segundo tempo. Porém, numa rápida reação, Marcelo Moreno diminuiu cinco minutos depois. Aos 35, a redenção: como um centroavante, Renato estava no lugar certo e na hora certa para deixar tudo igual. E por muito pouco, no fim do jogo, não se tornou herói. Uma cobrança de falta quase perfeita parou na trave do goleiro Weverton.
FONTE?
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2013/06/vilao-em-juiz-de-fora-renato-abreu-marca-contra-atletico-pr-e-desabafa.html