A torcida do Atlético-MG prometeu e cumpriu. Nesta quinta-feira, o que não faltou foi apoio. Nas cadeiras do Independência, milhares de vozes empurraram o Galo às semifinais da Taça Libertadores. Mas não foi fácil. O time mineiro sofreu muito e, com requintes de crueldade, deixou os alvinegros com o coração na boca. Victor fez milagres durante a partida, mas foi aos 48 minutos do segundo tempo que o goleiro ganhou status de herói: defendeu pênalti cobrado por Riascos, garantindo o empate em 1 a 1 com o Tijuana e a classificação.
Com o empate em 2 a 2 no jogo de ida, no México, o Galo avançou por ter feito um gol a mais na casa do adversário. No Independência, Riascos, o mesmo que jogou fora a vaga do Tijuana, abriu o placar, e Réver empatou para os donos da casa - o zagueiro acabou expulso por reclamação após a defesa salvadora de Victor.
O adversário alvinegro nas semifinais será o Newell's Old Boys, que num clássico argentino eliminou o Boca Juniors em longa disputa de pênaltis na última quarta-feira (26 cobranças ao todo). A decisão por uma vaga na decisão acontece somente depois da Copa das Confederações. O jogo de ida está marcado para 3 de julho, no estádio El Coloso del Parque, em Rosário, na Argentina, e a volta será uma semana depois, dia 10, no Independência.
O Tijuana se despede da Taça Libertadores com apenas uma derrota - 3 a 0 para o Corinthians, no Pacaembu, pela fase de grupos. E o bom retrospecto fez com que o time não se assustasse com o barulho no Indpendência, muito menos com as "máscaras da morte", fantasias usadas pelos atleticanos para materializar o bordão "Caiu no Horto, tá morto", cantado desde a reinauguração do estádio, em 2012. E o jogo foi dramático. Os mexicanos levaram muito perigo, criaram inúmeras chances, e em alguns momentos Victor teve de fazer verdadeiros milagres. Quando não deu para o goleiro, a trave salvou, como na cobrança de falta de Arce. Muito bem marcado, Ronaldinho Gaúcho se destacou apenas em lances de bolas paradas.
Com o gol marcado diante do Tijuana, Réver se igualou a Luizinho, o craque que brilhou no Galo nos anos 1980, como o zagueiro que mais fez gols na história do Atlético-MG. Foi o 21º dele com a camisa alvinegra. Somente na atual temporada, foram sete: cinco pelo Campeonato Mineiro, dois pela Libertadores.
Após o gol, o capitão comemorou com a bola dentro da camisa, simulando uma gravidez, já que a mulher espera o segundo filho do casal.
Antes das semifinais da competição sul-americana, o Galo volta as atenções para o Brasileirão. O time enfrenta o São Paulo neste domingo, às 18h30m (de Brasília), no Independência, pela terceira rodada do campeonato.
Pressão mexicana
Quem esperava o Tijuana recuado no início do jogo, espremido pela pressão do Atlético-MG, viu algo completamente diferente. Logo aos 13 segundos, os mexicanos tiveram a primeira chance, com Riascos. Nervosos, os jogadores alvinegros tinham muitas dificuldades. Aos 14 minutos, um grande susto. Após uma cobrança de falta da intermediária, a bola parou nas redes de Victor, mas o auxiliar marcou o impedimento de Gandolfi.
Os mexicanos seguiram melhores e abriram o marcador aos 25. No ataque do Galo, Ronaldinho Gaúcho tentou cavar uma falta e perdeu a bola. No contra-ataque, Nuñez chegou pela direita, passou por Réver e fez um cruzamento perfeito, no pé de Riascos, que emendou de primeira.
O jogo seguiu pegado e, em determinados momentos, violento. Bernard e Gandolfi se estranharam após uma entrada dura do meia atleticano, que deixou marcas na canela do adversário. Mesmo sem vantagem técnica, na raça e na vontade, o Galo empatou aos 40. Após cobrança de falta de Ronaldinho, a bola foi no pé de Réver, que tocou para o fundo das redes de Saucedo.
Pressão mexicana
O Tijuana voltou alterado para o segundo tempo. O técnico Antonio Mohamed tirou um volante e colocou Fidel Martínez em campo, na intenção de dar mais força ao ataque mexicano. Não funcionou muito. O Atlético-MG, diferentemente da primeira etapa, esteve mais bem postado e, embora sem ter a melhor das atuações, deu menos espaços ao adversário.
Bernard, mais uma vez, não atuou bem. Tanto que Cuca colocou Luan em campo. Mas quem chegou com perigo foi o Tijuana, aos 24. Réver e Richarlyson trombaram, e a bola sobrou para Martínez. O equatoriano tocou para trás, e Piceno ficou cara a cara com Victor, que teve de fazer um verdadeiro milagre para evitar o segundo gol dos mexicanos. Arce, em cobrança de falta, ainda acertou o travessão.
No último lance da partida, Leonardo Silva cometeu pênalti em Aguillar, e Riascos foi para a cobrança. Se marcasse, garantira a classificação ao Tijuana. Seria o adeus do sonho do Galo. Mas debaixo das traves estava Victor. Contratado ao Grêmio em 2012, ele foi anunciado com pompa por Alexandre Kalil no Twitter - "Torcida mais chata do Brasil, se o problema era goleiro, não é mais. Victor é do Galo!", disse à época o presidente. O mandatário estava certo. Com os pés, Victor defendeu, garantiu a classificação na Libertadores e um verdadeiro êxtase nas arquibancadas.
Fim de jogo, Atlético-MG nas semifinais e, no meio da grande comemoração em campo, Réver ainda encontrou tempo para ser expulso por reclamação. Pouco importava. A festa havia começado.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/libertadores/noticia/2013/05/victor-defende-penalti-aos-47-minutos-do-segundo-tempo-e-galoatletico-mg-segura-incrivel-pressao-do-tijuana-e-garante-vaga-na-semifinal.html
Com o empate em 2 a 2 no jogo de ida, no México, o Galo avançou por ter feito um gol a mais na casa do adversário. No Independência, Riascos, o mesmo que jogou fora a vaga do Tijuana, abriu o placar, e Réver empatou para os donos da casa - o zagueiro acabou expulso por reclamação após a defesa salvadora de Victor.
O adversário alvinegro nas semifinais será o Newell's Old Boys, que num clássico argentino eliminou o Boca Juniors em longa disputa de pênaltis na última quarta-feira (26 cobranças ao todo). A decisão por uma vaga na decisão acontece somente depois da Copa das Confederações. O jogo de ida está marcado para 3 de julho, no estádio El Coloso del Parque, em Rosário, na Argentina, e a volta será uma semana depois, dia 10, no Independência.
Jogadores comemoram com Victor a defesa que garantiu o Galo nas semifinais (Foto: Reuters)
Com o gol marcado diante do Tijuana, Réver se igualou a Luizinho, o craque que brilhou no Galo nos anos 1980, como o zagueiro que mais fez gols na história do Atlético-MG. Foi o 21º dele com a camisa alvinegra. Somente na atual temporada, foram sete: cinco pelo Campeonato Mineiro, dois pela Libertadores.
Após o gol, o capitão comemorou com a bola dentro da camisa, simulando uma gravidez, já que a mulher espera o segundo filho do casal.
saiba mais
O Atlético-MG acumula agora 35 jogos seguidos sem perder no Independência. Neste período, foram 27 vitórias e oito empates. Além disso, já são 49 partidas sem perder como mandante, seja no estádio do Horto, no Mineirão ou na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.- Veja a tabela da Taça Libertadores
- Veja como foi o Tempo Real da partida
Antes das semifinais da competição sul-americana, o Galo volta as atenções para o Brasileirão. O time enfrenta o São Paulo neste domingo, às 18h30m (de Brasília), no Independência, pela terceira rodada do campeonato.
Pressão mexicana
Quem esperava o Tijuana recuado no início do jogo, espremido pela pressão do Atlético-MG, viu algo completamente diferente. Logo aos 13 segundos, os mexicanos tiveram a primeira chance, com Riascos. Nervosos, os jogadores alvinegros tinham muitas dificuldades. Aos 14 minutos, um grande susto. Após uma cobrança de falta da intermediária, a bola parou nas redes de Victor, mas o auxiliar marcou o impedimento de Gandolfi.
Os mexicanos seguiram melhores e abriram o marcador aos 25. No ataque do Galo, Ronaldinho Gaúcho tentou cavar uma falta e perdeu a bola. No contra-ataque, Nuñez chegou pela direita, passou por Réver e fez um cruzamento perfeito, no pé de Riascos, que emendou de primeira.
O jogo seguiu pegado e, em determinados momentos, violento. Bernard e Gandolfi se estranharam após uma entrada dura do meia atleticano, que deixou marcas na canela do adversário. Mesmo sem vantagem técnica, na raça e na vontade, o Galo empatou aos 40. Após cobrança de falta de Ronaldinho, a bola foi no pé de Réver, que tocou para o fundo das redes de Saucedo.
Pressão mexicana
O Tijuana voltou alterado para o segundo tempo. O técnico Antonio Mohamed tirou um volante e colocou Fidel Martínez em campo, na intenção de dar mais força ao ataque mexicano. Não funcionou muito. O Atlético-MG, diferentemente da primeira etapa, esteve mais bem postado e, embora sem ter a melhor das atuações, deu menos espaços ao adversário.
Bernard, mais uma vez, não atuou bem. Tanto que Cuca colocou Luan em campo. Mas quem chegou com perigo foi o Tijuana, aos 24. Réver e Richarlyson trombaram, e a bola sobrou para Martínez. O equatoriano tocou para trás, e Piceno ficou cara a cara com Victor, que teve de fazer um verdadeiro milagre para evitar o segundo gol dos mexicanos. Arce, em cobrança de falta, ainda acertou o travessão.
Victor estica a perna esquerda e defende o pênalti cobrado por Riascos (Foto: Reuters)
Fim de jogo, Atlético-MG nas semifinais e, no meio da grande comemoração em campo, Réver ainda encontrou tempo para ser expulso por reclamação. Pouco importava. A festa havia começado.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/libertadores/noticia/2013/05/victor-defende-penalti-aos-47-minutos-do-segundo-tempo-e-galoatletico-mg-segura-incrivel-pressao-do-tijuana-e-garante-vaga-na-semifinal.html