Antônio Vicente Martins, vice de futebol do Grêmio
(Foto: Eduardo Cecconi/Globoesporte.com)
(Foto: Eduardo Cecconi/Globoesporte.com)
Firme no propósito de estabelecer publicamente 'quem manda', Vicente Martins avisou:
- Não vamos abrir mão de dirigir, e abrir mão de exigir que, quem é subordinado a nós, cumpra sua função. A direção não precisa receber nada mastigadinho. A direção está no mercado, mas está mais preocupada em ter seu vestiário mobilizado. (...) O Renato errou ontem. Não é função dele dar tudo mastigadinho para a diretoria, assim como não damos tudo mastigadinho para ele. (...) Às vezes ele dá a impressão de que é ele quem manda no clube, é isso o que parece. Mas não é.
Questionado sobre o andamento de eventuais negociações, o dirigente foi irônico:
- Pergunta para o Renato. Para o presidente Renato - disse Vicente.
Alternando momentos de alguma descontração com frases fortes, Vicente Martins por mais de uma vez traçou comparações com o grupo do Inter - perguntando se o rival havia contratado reforços, se Cavenaghi estava de saída - e repetiu diversas vezes a expressão 'dirigente dirige, técnico treina'.
Para o dirigente, o grupo do Grêmio é suficiente na luta pelo título do Campeonato Brasileiro. Vicente Martins sugeriu que investir valores demasiados na contratação de jogadores inviabilizaria o pagamento em dia dos salários.
- Temos um bom grupo, e esta será a base para o Campeonato Brasileiro. O problema de agora no ataque se deu pelas lesões que sofremos (André Lima e Leandro), e pela falta de inscrição também (Miralles), mas eles estão voltando. (...) Todo mundo está ganhando em dia. A nossa folha é cara, e todo mundo está ganhando em dia. A gente quer manter a folha em dia, e precisamos ter responsabilidade - afirmou.
Sobre as sugestões de Renato, que disse entregar tudo 'mastigadinho' - nomes, contatos e valores - à diretoria, Vicente Martins exemplificou como acontecem os descartes.
- Vou te dar um exemplo. Se indicarem o Jael, da Portuguesa. Ele é vinculado à Portuguesa, pelo que se diz no mercado custa R$ 1 milhão, e é um jogador de R$ 80 mil por mês. Custo-benefício? Quem avalia é a direção. Ele é muito melhor do que os jogadores que nós temos? Não vou empilhar jogadores nem interromper o crescimento de outros, como o Leandro e Miralles. Nosso orçamento já está esguelado - concluiu.
FONTE?
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/gremio/noticia/2011/06/vice-de-futebol-desautoriza-renato-gaucho-buscar-reforcos.html