O mesatenista Hugo Hoyama terá completado 43 anos em sua sexta participação olímpica - a primeira foi em Barcelona, em 1992. A experiência permite que ele treine metade do tempo do início da carreira, que não terá fim após os Jogos de Londres:
- Eu sempre coloquei na cabeça que enquanto eu representar bem o Brasil eu vou estar jogando. Eu nunca voi querer ir numa competição, Mundial, Pan-americano, Sul-americano, qualquer torneio que seja, defendendo a seleção brasileira só por ir. Enquanto eu sentir condições para isso eu vou estar batalhando. Se tiver que ganhar seletiva na mesa eu vou na mesa eu vou lutar para ganhar na mesa. Vai ser assim até eu ver condições. Aí eu vou parar - disse Hoyama.
Prestes a completar 39 anos (no dia 15 de abril), Emanuel participa das Olimpíadas desde a entrada do vôlei de praia no programa dos Jogos - Londres será a sua quinta edição. Ao lado de Alison, 13 anos mais novo, Emanuel vai competir nas areias de Londres entre os favoritos. Para ele, sua longevidade é um privilégio.
- Eu confesso que é uma exceção mesmo. O vôlei de praia é um esporte muito desgastante. É um esporte em que você tem que estar sempre bem fisicamente. E a competição todo fim de semana. Isso vai desgastando todos os atletas. Então, acho que sou um privilegiado de poder manter durante praticamente quatro ciclos olímpicos essa força e energia. E a vontade de ganhar. Toda vez que você entra no ciclo olímpico você tem vontade de ser um medalhista - disse Emanuel.
Campeão olímpico em Atenas-2004, e bronze em Pequim-2008, ao lado de Ricardo, Emanuel não acredita que chegará aos Jogos de 2016, no Rio, competindo:
Emanuel, ao lado de Alison: em Londres, a quinta
olimpíada aos 39 anos (Foto: Divulgação)
- Por isso que estou aproveitando o máximo deste ciclo de Londres. Adoro jogar Olimpíada, sou um atleta que adoro representar o meu país. Mas eu tenho quase que convicção que não vou conseguir chegar a 2016 jogando. Mas acho que com a minha experiência eu vou poder ajudar de outra forma - disse Emanuel.olimpíada aos 39 anos (Foto: Divulgação)
Outros casos de atletas fominhas estão na vela, com o bicampeão olímpico Roberto Scheidt indo para a quinta Olimpíada, e o cavaleiro Rodrigo Pessoa, saltando para a sexta participação para tentar sua quarta medalha.
Atléta olímpico com o maior número de medalhas - cinco, sendo duas de ouro - o iatista Torben Grael desistiu de tentar uma vaga em Londres no ano passado para se dedicar aos projetos pessoais. Aos 51 anos, ele tem a explicação para a longevidade dos atletas na vela:
- Cada esporte tem as suas peculiaridades. E o nosso esporte tem a vantagem de ir compensando um eventual declínio físico com um ganho técnico - disse Torben.
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FONTE
http://sportv.globo.com/site/programas/brasil-2012/noticia/2012/03/veteranos-das-olimpiadas-desafiam-o-tempo-nos-jogos-de-londres.html