Valdivia, durante entrevista coletiva no Palmeiras (Foto: Gustavo Serbonchini)
O chileno afirmou que não tinha intenção de ofender os demais integrantes da torcida organizada, mas apenas Wellington Oliveira Almeida, que atende pelo apelido de "Zeca Urubu" e tem longo histórico de confusão no clube - ele já invadiu o gramado durante um jogo de Libertadores e se envolveu em brigas com o volante João Vitor (2011) e o lateral-direito Fabinho Capixaba (em janeiro deste ano) na porta do Palestra.
– Chamam ele de Zeca. Foi o mesmo que brigou com o Fabinho Capixaba e veio na frente do CT para falar que eu estava na banheira de um motel com duas mulheres. Acho que é algo pessoal. Não sei se é toda a Mancha Verde que tem raiva de mim. Tem de saber qual o problema dele. Assim que eu pisei no campo, ele começou a xingar – relatou Valdiva.
Wellington Almeida, o torcedor citado pelo jogador, conversou por telefone, no viva-voz, com jornalistas que estavam na coletiva de imprensa do chileno. Ele deu sua versão sobre o ocorrido:
– Eu me senti ofendido (pelos gestos obscenos), assim como todos que estavam lá. Não sei o que o motivou para fazer isso (...) Eu não xinguei, não agredi. Não tenho problema pessoal nenhum com o Valdivia. Se tem gente que xingou, eu não ouvi, mas também não é problema meu. Se ele acha que o problema é comigo, que venha falar isso com distância de menos de cinco metros. Não tem nada que ficar falando isso para a imprensa (...) Minha opinião é de que o Valdivia é baladeiro, e não está jogando nada. Mas isso é só uma opinião. Ela também não é só minha. São milhões de palmeirenses que pensam do mesmo jeito – disse o torcedor.
A confusão com Valdivia ocorreu no aeroporto de Buenos Aires, na Argentina. A delegação do Palmeiras e integrantes da Mancha Verde se encontraram na sala de embarque. Segundo relatos de várias testemunhas, Valdivia era o alvo da ira dos torcedores - não somente de Zeca Urubu. Na confusão, um copo foi atirado e atingiu a orelha esquerda do goleiro Fernando Prass.
Valdivia se disse arrependido por ter iniciado o caso, ao cair na provocação do torcedor e responder com gestos obscenos.
– Eu ouvi a voz dele. Eu cometi o erro ao responder a esse torcedor. E acho que nesse momento os outros torcedores que estavam ali acharam que foi generalizado. Eu quero lembrar que fui muitas vezes hostilizado, xingado, vaiado pelos torcedores da Mancha Verde em vários jogos e nunca, mesmo jogando, respondi ou fiz nenhuma declaração contra eles – disse o chileno.
Mago fica, apesar do medo
Vadivia garante que, mesmo com os incidentes da Argentina, não pensa em sair do clube. Segundo o chileno, apenas se chegasse uma proposta muito boa para ele e para o Palmeiras haveria chances de sair. Para o meia, ficar no Verdão é importante para que tenha a possibilidade de disputar a Copa do Mundo do ano que vem, no Brasil. Valdivia disse ter ficado com muito medo durante a briga.
– Não é um acontecimento normal. No momento eu fiquei muito assustado, mesmo. Vi muito ódio nesses torcedores. E acredito que foi por causa do que aconteceu no dia anterior.
Valdivia afirma que, por enquanto, não irá andar com seguranças. O meia contou que deixou a Academia de Futebol, na quinta-feira, com preocupação de ser perseguido, mas acredita que não haverá mais violência após o ocorrido.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/palmeiras/noticia/2013/03/valdivia-compra-briga-com-torcedor-que-ja-agrediu-dois-colegas-de-time.html