Valdivia admite que álcool contribuiu para problemas físicos (Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras)
O chileno disse que os exames a que foi submetido mostraram que os problemas musculares estavam ligados ao hábito de consumir bebidas alcoólicas. Ele admite que chegava a abusar, mas afirma que foi convencido, após os testes, a parar de beber. Depois, garante, os exames normalizaram.
– Tento sempre ser honesto. E isso me atrapalha, às vezes. O fisiologista disse que eu tinha um problema com bebida, que eu tinha que parar de beber, pois aparece no exame. Eu gostava (de beber), como a maioria das pessoas gosta. Só que, às vezes, acabava ultrapassando os limites – disse.
Valdivia disse que captou a mensagem do fisiologista, deixou de beber, e os exames normalizaram. Mas ficou a fama...
– Tempos depois, fiz outra biópsia, e todo mundo ficou surpreso: aquelas manchas pretas que apareciam no exame, que eram de bebida, não apareciam mais. Mas até agora os caras me chamam de cachaceiro (risos). Vou pegar essa biópsia e mostrar para quem me chamar de cachaceiro... Eu tive muita culpa, sim. Hoje, eu pago pelo passado – afirmou.
Embora admita responsabilidade pelos problemas físicos que sofreu, Valdivia disse que também foi prejudicado porque, muitas vezes, jogou sem condições. O chileno disse que isso acontecia principamente quando trabalhou sob o comando de Luiz Felipe Scolari, entre 2010 e 2012.
– Ele dizia que precisava de mim por pelo menos cinco ou dez minutos. Os médicos sabiam (das condições físicas do jogador), mas o treinador falava: "Eu assumo a responsabilidade". Eu ia para o jogo e me machucava. Meu erro foi não falar com os médicos. Muitas vezes, eu fazia teste no salão do hotel antes de jogos – contou.
Valdivia voltou a demonstrar mágoa com a diretoria do Palmeiras. Reiterou que tinha o desejo de renovar o contrato, mas disse que a diretoria quis se livrar dele.
– Para fora, a diretoria sempre dizia que me queria. Mas internamente não era assim. Desde fevereiro, eu poderia assinar pré-contrato com quem eu quisesse. Passou fevereiro, março, abril, maio e até junho. E houve clubes (interessados). Se eu quisesse ir embora, eu teria assinado, mas esperei até o final. Eles é que não quiseram.
Valdivia explicou ainda o contrato de produtividade que rejeitou. Ele diz que a diretoria lhe propôs pagar R$ 120 mil fixos por mês e mais R$ 60 mil por jogo em que ele fosse titular.
– O problema da produtividade é que ela te obriga a ser titular. E se o treinador resolve me poupar? Não recebo? Se eu vou para a seleção? Também não recebo? Pelo que o Paulo (Nobre, presidente) me falou, não. Eu acho o contrário: se eu vou para a seleção, eu valorizo o que estou fazendo no Palmeiras.
FONTE:
http://glo.bo/1N8T7Dr?utm_source=link&utm_medium=share-bar-desktop&utm_campaign=share-bar