Gabriel Andrezo
Publicada em 12/05/2012 às 19:07
Rio de Janeiro (RJ)
A amizade e a irreverência tomaram o lugar da rivalidade, na véspera da final do Campeonato Carioca, entre Botafogo e Fluminense. Membros das torcidas Botachopp e Flu Bar se reuníram na tarde deste sábado, em um campo de futebol no Engenho de Dentro, Zona Norte do Rio, para uma confraternização regada a muito futebol, churrasco e, é claro, cerveja. Os gols do seu clube chegam pelo celular em tempo real! As duas torcidas, inspiradas na paixão pela boemia e pelo futebol, seguem uma filosofia de não-violência. Mesmo com a proibição de bebidas alcoólicas em estádios, tricolores e alvinegros não deixam de acompanhar seus times de perto e se encontram com frequência, até com presença das "torcidas chope" – como se entitulam – de outros rivais, como Vasco e Flamengo.Uma das lideranças da Botachopp, criada em 2003, Rodrigo Mancha afirmou que a violência não faz parte do cotidiano da torcida, ao contrário da maioria das facções organizadas:– As torcidas pregam respeito ao adversário. Podemos ser rivais no futebol, mas sem briga. Todos querem chegar bem em casa. Nosso lema é paz, amizade e muita cerveja.O tricolor Léo Abo, fundador da Flu Bar, ressaltou o crescimento das torcidas do gênero no paí e fez coro com o parceiro botafoguense ao garantiu que não há casos de polícia envolvendo membros das torcidas.– As “torcidas chope” estão crescendo. Não há indícios de torcedores em delegacias, mesmo com o chope proibido nos estádios. Levamos essa ideologia a todo o país – afirmou.Apesar da amizade, houve espaço para uma rivalidade sadia na hora dos palpites para o jogo deste domingo.– Será 3 a 0 Botafogo. Nos pênaltis, Loco Abreu bate o último de cavadinha e dá o título para o Fogão – disse Rodrigo, ao que retrucou Léo:– O Botafogo vence. Mas por 2 a 1. FONTE: