- confira a programação dos brasileiros
Há mais de uma década, Terezinha Guilhermina é indiscutivelmente a número um nos 100m pela classe T11 (cego total). Aos 37 anos, a maior medalhista do Brasil em Mundiais, com 10 pódios (oito ouros e duas pratas), abre o Mundial de paratletismo, em Doha, no Catar, a partir desta quinta-feira, na pista do Catar Sports Club. Além de recordista, a mineira de Betim não acumula nenhuma derrota desde a medalha de prata nos 200m do Mundial de Assen, na Holanda, em 2006. No emirado do Oriente Médio, ela estreia nos 400m, com as eliminatórias marcadas para 4h33 (de Brasília). A disputa ainda conta com a presença de Thalita Simplicio e Jerusa Geber.
- O que mais me motiva e me faz renovar é a busca pela próxima medalha. As medalhas que eu já tive ninguém pode tirar do meu peito. A próxima medalha é o que me motiva a acordar todos os dias cedo para treinar e acreditar que eu posso melhorar, porque no dia que eu me considerar boa o suficiente, eu mudo de esporte. E eu não me sinto tão boa assim - disse Terezinha, que contou o que não faria caso deixasse o atletismo:
Terezinha concede entrevista coletiva na
véspera da estreia do Mundial de Doha
(Foto: Daniel Zappe/CPB/MPIX)
Ao lado do guia Guilherme Santana, a velocista se preparou em dias de intenso calor em Maringá (PR) para enfrentar as altas temperaturas de Doha, com sensação térmica de quase 50º C.
- Chegamos no dia 13 aqui em Doha, mas já tínhamos feito uma aclimatação em Maringá, que também é bem quente. O detalhe aqui é que, além do calor fora, você sempre encontra um ar condicionado muito gelado nos ambientes fechados. Esse choque térmico é algo que devemos nos preocupar, devemos ter sempre um agasalho para não ficarmos resfriados.
Além de defender os três títulos, a dupla ainda pode garantir o quarto pódio no revezamento 4x100m T11/13, uma surpresa para a velocista e o seu guia. Eles disputaram juntos o primeiro Mundial em Christchurch, na Nova Zelândia, em 2011.
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- Treinamos muito e vamos para o que der e vier em busca de mais medalhas. E vamos competir ainda no revezamento (4 x 100m T11/13), soubemos agora. Agora que os guias ganham medalha (desde o Parapan de Guadalajara 2011), eu quero a minha - destacou Guilherme.
Sem apontar rivais nas pistas, Terezinha acredita que manter a hegemonia mundial depende apenas de si mesma. A paratleta usa a competição como um dos passos mais importantes de sua preparação rumo o Rio 2016. Com modelitos exclusivos e ainda mais sofisticados do que o usual, com pérolas e detalhes em dourado, ela espera voar ainda mais rápido no Catar.
Terezinha Guilhermina e o guia Guilherme
Santana no Parapan de Toronto (Foto:
Marcelo Regua/MPIX/CPB)
As primeiras medalhas a serem disputadas por atletas da delegação verde e amarela serão com Mauro Evaristo de Souza (arremesso de peso - T42), Jonas Licurgo (final do lançamento de disco - F56), Alex Pires (1.500m - T46), Ana Cláudia Silva (salto em distância - T42), Alessandro Silva (arremesso de peso - T12), Edson Pinheiro (100m - T38) e Flávio Reitz (salto em altura - T42).
confira a programação dos brasileiros
Programação dos brasileiros - quinta-feira (22/10)
4h30 - Mauro Evaristo de Souza - final do arremesso de peso (F42)
4h33 - Jerusa Geber, Terezinha Guilhermina e Thalita Simplício – eliminatórias dos 400m (T11)*
4h36 - Jonas Licurgo - final do lançamento de disco (F56)
5h12 - Daniel Tavares - eliminatórias dos 400m (T20)*
5h39 - Edson Pinheiro - eliminatórias dos 200m (T38)*
11h00: Alex Pires – 1.500m T46 Final
11h08 - Felipe Gomes, Lucas Prado e Ricardo Oliveira - eliminatórias dos 100m (T11)*
11h20 - Ana Cláudia Silva - final do salto em distância (T42)
11h51: Alessandro Silva – final do arremesso de peso (F12)
12h32: Diogo Ualisson – eliminatórias dos 100m (T12)*
13h42: Yohansson Nascimento – semifinal dos 400m (T47)
14h36: Flávio Reitz – final do salto em altura (T42)
*Caso avance, compete ainda nesta quinta-feira
A repórter viaja a convite do Comitê Paralímpico do Brasil (CPB)
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/paralimpiadas/noticia/2015/10/terezinha-busca-manter-escrita-na-estreia-do-brasil-no-mundial-de-doha.html