O Conversa Afiada reproduz de amigo navegante descrição pormenorizada de como o Temer vai refundar o SNI do Golpe de 64.
O General Etchegoyen, Chefe do Estado Maior do EB, atua para recriar estrutura militar de controle no governe federal, diversa do extinto GSI, com algo mais próximo ao SNI e mais segurança presidencial. Conta com apoio de Denis Rosenfield, jornalista e filósofo, que escreve para os jornais Estado de São Paulo, O Globo e Zero Hora, além de integrar o Instituto Milenium. Antes, atuou na Arko Consultoria. Denis, amigo Etchegoyen, aproximou-se de Michel Temer. Há indícios de que tenha contatos com governos estrangeiros.
Em 22 de abril, por exemplo, Denis encontrou-se secretamente com oficial general no Centro Brasil 21, em Brasília/DF. Antes desse dia, na quarta-feira (20), Denis agendou jantar na residência do Comandante do EB, a pedido de Etchegoyen, junto com os comandantes da Marinha e da Aeronáutica. A ideia era forçar o Vice Presidente a assumir compromisso de nomear militar para o MD, cujo indicado seria o General Luna, secretário geral naquele ministério, por consenso das forças, assegurar a permanência dos comandantes na passagem de governo, criar o Gabinete de Segurança Nacional, sob chefia do general Etchegoyen, além de colocar Denis na Secom/PR. Assumiria o lugar de Etchegoyen no EB o General Mourão, de linha semelhante. (parte disso vazou no Correio Braziliense de 24 de abril - tudo indica que foram oficiais que temem que isso acabe respingando no Exército).
Para isso, antes do jantar, Denis fez vazar para o Estadão matéria sobre manutenção dos três comandantes, criação do Gabinete de Segurança Nacional e controle da inteligência. A ideia era forçar Temer a aceitar essas posições, ainda que houvesse risco de vazamento e incremento do discurso de direita golpista.
Marinha e Aeronáutica, segundo oficiais, não compactuam com a idéia de retorno de interferência política, há anos abandonada.
Desde então, Denis tem vazado matérias fortalecendo seu discurso (...) Etchegoyen, por sua vez, atua junto a Temer, como no último domingo, quando teve reunião para tentar impor a criação do tal gabinete. Usa-se a palavra impor, pois essa tem sido a postura sabida de ação, pois fazem pressão sobre o vice presidente, utilizando ameaça dos movimentos sociais, governos vizinhos etc., segundo se soube por oficiais.
Em reuniões assistidas por oficiais contrários a esse posicionamento político, foi exposto forma de controlar gabinete, incluindo ações de inteligência, se necessário. Há relatos de que governo estrangeiro apóia esse posicionamento e que Denis atua nesse sentido, de retorno de algum controle militar no governo brasileiro.
A propósito: Denis será o novo José Rubem Fonseca? É que Fonseca, ilustre romancista idolatrado no PiG (falta-lhe a Academia), era o redator da obra Golpista do General Golbery, no IPES, ao preparar o Golpe. Hoje, quem melhor representa o pensamento vivo do Golbery é o Elio Gaspari, ilustre historialista (falta-lhe, porém, a Academia). PHA