Álvaro Morata era até junho passado jogador do Real Madrid. Apesar de ser cria da base, não nutria exatamente do carinho do torcedor. Ao menos enquanto recebeu (poucas) oportunidades, esteve longe do perfil galáctico, de potencial para gols empilhados em estatísticas intermináveis. Pois o clube realmente não achou necessário mantê-lo na temporada em que defenderia o título. Os Deuses do Futebol, neste caso, capricharam na ironia. O mesmo Morata, € 20 milhões depois, seria o responsável por eliminá-lo numa dramática semifinal no Santiago Bernabéu, nesta quarta-feira. Foi dele o gol do empate por 1 a 1 que, somado à vitória em Turim, classificou o Juventus para a finalíssima do dia 6 de junho, em Berlim. O Superclássico contra o Barcelona não passou da imaginação daqueles que ansiavam pelo “jogo do século”.
Será a oitava final de Champions da Velha Senhora, campeã em duas oportunidades (1985 e 1996) e vice em outras cinco, a última em 2003, contra o Milan de Dida, nos pênaltis. O maior campeão italiano ainda é o Milan, com sete troféus, à frente do Inter de Milão, com três. O Real, dono de dez canecos, terá de aguardar outra oportunidade para repetir o feito dos Rossoneros, bicampeões em 1989 e 1990, curiosamente com Carlo Ancelotti no elenco.
Não faltaram chances criadas - e desperdiçadas -, brio e esforço por parte do Real Madrid. O ambiente já indicava uma noite de superação, desde a chegada do ônibus, rodeado por uma multidão de torcedores eufóricos, até a recepção no gramado com um lindo mosaico. Em campo, porém, o rendimento principalmente no último toque deixou a desejar. Finalizou 19 vezes, apenas cinco no alvo. Buffon só não pôde impedir o pênalti de Cristiano Ronaldo, polêmico na visão de muitos depois do encontrão de Chiellini em James Rodríguez. A Velha Senhora deu sete chutes, quatro na meta de Casillas. O de Morata, como você já sabe, foi mais do que o suficiente.
O português balançou as redes, mas também não conseguiu sair como herói. Não jogou mal, buscou dar assistências aos companheiros - no primeiro tempo, passou para Isco quando deveria ter tentado a conclusão -, correu para salvar bolas quase perdidas. Seria injusto colocar o peso da eliminação sob seus ombros. Com o gol, alcançou alguns feitos: é o primeiro a marcar dez ou mais gols em quatro temporadas seguidas na Liga dos Campeões; empatou com Alfredo Di Stéfano como segundo maior artilheiro da história do Real Madrid (307 gols), atrás apenas de Rául González (323); e se igualou também a Lionel Messi na corrida pela artilharia histórica da Champions, com 77 gols.
Graças a Buffon, Morata, Tevez e um sistema defensivo aguerrido, a Velha Senhora manteve vivo o sonho da inédita Tríplice Coroa. Já é campeã italiana, por antecipação, e disputará a final da Copa da Itália contra o Lazio - terá de ser antecipada por estar marcada para 7 de junho, no dia seguinte à decisão em Berlim.
Ao Real, sobram as reduzidas chances de título no Campeonato Espanhol. Além de ter de vencer os jogos restantes, contra Espanyol e Getafe, e torcer por dois tropeços do Barcelona, que visita o Atlético de Madrid e depois recebe o já rebaixado Deportivo La Coruña. Se der a lógica, terminará a temporada com dois troféus: a Supercopa da Europa, conquistada ainda em agosto, e o Mundial de Clubes.
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Morata é abraçado por Bonucci após marcar
pela segunda vez contra o Real Madrid na
semifinal (Foto: Reuters)
Será a oitava final de Champions da Velha Senhora, campeã em duas oportunidades (1985 e 1996) e vice em outras cinco, a última em 2003, contra o Milan de Dida, nos pênaltis. O maior campeão italiano ainda é o Milan, com sete troféus, à frente do Inter de Milão, com três. O Real, dono de dez canecos, terá de aguardar outra oportunidade para repetir o feito dos Rossoneros, bicampeões em 1989 e 1990, curiosamente com Carlo Ancelotti no elenco.
Não faltaram chances criadas - e desperdiçadas -, brio e esforço por parte do Real Madrid. O ambiente já indicava uma noite de superação, desde a chegada do ônibus, rodeado por uma multidão de torcedores eufóricos, até a recepção no gramado com um lindo mosaico. Em campo, porém, o rendimento principalmente no último toque deixou a desejar. Finalizou 19 vezes, apenas cinco no alvo. Buffon só não pôde impedir o pênalti de Cristiano Ronaldo, polêmico na visão de muitos depois do encontrão de Chiellini em James Rodríguez. A Velha Senhora deu sete chutes, quatro na meta de Casillas. O de Morata, como você já sabe, foi mais do que o suficiente.
Cristiano Ronaldo em ação pelo Real (Foto: AP)
Graças a Buffon, Morata, Tevez e um sistema defensivo aguerrido, a Velha Senhora manteve vivo o sonho da inédita Tríplice Coroa. Já é campeã italiana, por antecipação, e disputará a final da Copa da Itália contra o Lazio - terá de ser antecipada por estar marcada para 7 de junho, no dia seguinte à decisão em Berlim.
Ao Real, sobram as reduzidas chances de título no Campeonato Espanhol. Além de ter de vencer os jogos restantes, contra Espanyol e Getafe, e torcer por dois tropeços do Barcelona, que visita o Atlético de Madrid e depois recebe o já rebaixado Deportivo La Coruña. Se der a lógica, terminará a temporada com dois troféus: a Supercopa da Europa, conquistada ainda em agosto, e o Mundial de Clubes.
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