Sob chuva forte, Atlético-PR e Corinthians ficaram no empate por 1 a 1 no estádio Durival de Britto, a Vila Capanema, em Curitiba, neste domingo. Atrapalhados pelo gramado pesado e cheio de poças, os dois times mal conseguiram criar jogadas e saíram com um ponto cada. Resultado ruim para ambos. O gol atleticano saiu logo no começo, quando o gramado ainda estava seco, em cochilo da defesa alvinegra - que teve atuação desastrada, desde as laterais até o miolo de zaga. Marcelo aproveitou passe de Paulo Baier e abriu o placar. Sem alternativas por conta da chuva, o Timão teve seu estilo de troca de passes prejudicado, e conseguiu empatar em jogada isolada, de Renato Augusto. O meia escapou aos trancos e barrancos e deu assistência precisa para Alexandre Pato igualar o placar. Coincidentemente, foram os dois substitutos dos titulares Sheik e Guerrero, pouados pelo técnico Tite. saiba mais - Veja como foi o Tempo Real do jogo
- Tabela e classificação da Série A
Até aqui, a volta do Furacão à primeira divisão está longe do que sonhou a barulhenta torcida rubro-negra. Com sete pontos, a equipe paranaense continua na zona de rebaixamento, em 18º. Já o Corinthians, que já foi campeão duas vezes em 2013 (Recopa e Paulistão), mas parece ainda cochilar na competição nacional, permanece na zona intermediária, em 13º, com 10 pontos. O Atlético-PR volta a campo na próxima quarta-feira, pela Copa do Brasil. Após empate sem gols em Belém, a equipe busca uma vitória sobre o Paysandu, às 19h30m (horário de Brasília), em casa, para avançar às oitavas de final. Com a semana dedicada somente aos treinamentos, o Corinthians faz clássico com o São Paulo no domingo, às 16h, no Pacaembu. Marcelo, do Atlético-PR, encara marcação de Fábio Santos, do Timão (Foto: Geraldo Bubniak / Ag. Estado)
Mais chuva, menos futebol
Cinco minutos. Esse foi o tempo de futebol jogado no primeiro tempo na Vila Capanema, antes do início de uma tempestade. E foi também o tempo necessário ao Atlético para abrir o placar e incendiar ainda mais sua fanática torcida: em assistência impressionante do veterano Paulo Baier, que, de costas, lançou para o campo de ataque, Fábio Santos não acompanhou Marcelo, e o atacante do Furacão balançou a rede. O roteiro parecia traçado a favor dos donos da casa. A forte chuva animou ainda mais os rubro-negros, que passaram a gritar o nome de Paulo Baier a cada bola parada. Justificativas de sobra: a rotina do meio-campista contra o Corinthians é de puro sucesso. Nos últimos cinco jogos em que enfrentou o Timão vestindo a camisa do Atlético, o atleta de 38 anos fez cinco gols. Na reta inicial do confronto deste domingo, ele ofuscou o também veterano Maldonado, de 33, titular pela primeira vez pela equipe paulista. As poças no gramado atrapalharam o jogo do Corinthians. Com Alexandre Pato isolado no campo de ataque, os visitantes não progrediam na transição entre os campos de defesa e de ataque. A bola não corria sequer um metro. Das arquibancadas, os torcedores alvinegros avistavam um cenário desfavorável. Sem Emerson Sheik e Paolo Guerrero, poupados por exaustão física, Tite viu exatamente os respectivos substitutos “acharem” o gol de empate. Em jogada pela esquerda, Renato Augusto invadiu a área e escapou de três marcadores para cruzar com precisão na cabeça de Alexandre Pato. Preciso, o camisa 7 não deu chance a Weverton, e igualou o marcador. Por erros individuais dos corintianos, como Fábio Santos na marcação e Cássio na saída de gol, o Atlético teve outras chances para ficar novamente à frente. A equipe de Vagner Mancini insistiu principalmente nos cruzamentos, ciente de que fazer a bola rolar não era a melhor alternativa, enquanto o Timão passou a exagerar nas faltas. Nada de gols, e tudo de um jogo prejudicado pelo gramado estragado. Chuva diminui, futebol melhora O Furacão se mostrava mais à vontade que o Corinthians. Brigando para deixar a zona de rebaixamento, os donos da casa acertaram a trave aos 5: após boa defesa de Cássio, em cabeceio de Luiz Alberto, Everton acertou o poste esquerdo, reacendendo a torcida rubro-negra na Vila Capanema. Mesmo melhor que em relação à primeira etapa, o gramado ainda atrapalhava as duas equipes. Atrapalhado, o Corinthians errava muito, principalmente na defesa. Paulo André dava espaço, e Cássio quase abusou da sorte ao soltar a bola nos pés de Paulo Baier, que não aproveitou a oportunidade dentro da área. Mais consistente, o Furacão parava o Timão com facilidade, irritando o técnico Tite – Solta a bola, c...! Tem que soltar a bola, p...! – berrava, pouco antes de trocar Fábio Santos, que abusava nos vacilos, para uma chance a Alessandro. Em busca do gol a qualquer custo, para tirar sua equipe da zona de rebaixamento, Vagner Mancini lançou Ederson no lugar de Marcão. O Atlético pressionou de todas as formas: com Paulo Baier cobrando faltas e a dupla de ataque prendendo a bola no setor ofensivo. Pelo Timão, Ibson substituiu Romarinho, e Douglas entrou no lugar de Pato, mas o panorama do ataque seguiu o mesmo. Na única chance clara, o camisa 7 escapou bem de Manoel no meio-campo, avançou rapidamente, mas, cara a cara com Weverton, perdeu o gol.