A jornada tinha data pra acabar e acabou. Depois de 12 dias de decisões, o Ceará entrava em campo para jogar a última de suas quatro finais e pela sexta vez com o mesmo adversário, seu rival, o Fortaleza. Mas faltou o fôlego. Fôlego à torcida que comprou pouco mais dos 30.300 ingressos disponibilizados para o Alvinegro e fôlego ao time que parecia cansado e não se encontrou em campo.
O Ceará chegou primeiro na Arena Castelão em um cenário de tranquilidade. Sem muita festa e sem muita bagunça, fato que se repetia na torcida, que permanecia calma, como quem ainda estava digerindo o doce sabor de um título conquistado há quatro dias. O árbitro apitou o início do jogo e Ceará bateu de frente a um Fortaleza que buscava o gol. Enquanto a arquibancada tricolor fervilhava num misto de fogos, gritos e danças, a alvinegra mais parecia uma pintura fixa e imóvel. Pintura que começou a se desfazer ainda no intervalo, quando a torcida, desacreditada com a partida começou a deixar o Castelão.
Quem saiu do estádio antes do fim, ficou assim, com um misto de sentimentos, quando o Ceará empatou com Ricardinho e virou com o gol de Assisinho aos 45 minutos do segundo tempo. A conquista era, praticamente, alvinegra, quando o inacreditável beirou os olhos das 51.002 pessoas que foram à Arena Castelão. Cassiano marcou o gol de empate em 2 a 2 e deu o título do Tricolor.
Nos cinco minutos de acréscimos, a taça mudou de mão novamente, como um bumerangue arremessado. Mas a torcida interpretou errado e fez de bumerangue as cadeiras da Arena Castelão no fim de jogo. Após o gol de Cassiano, em meio à festa tricolor e desespero alvinegro, a torcida do Fortaleza invadiu o gramado do Estádio e o caos se instalou. A vista ficou turva em meio à fumaça das bombas caseiras vindas da metade alvinegra e o mar tricolor que se arrastava pelo gramado como uma tsunami. O jogo terminou, mas o time do Ceará ainda estava no gramado e parece só ter acordado do choque após o chute de um torcedor nas costas de Marinho, que saía em direção às entrevistas, e o elenco disparou em direção ao vestiário.
A beleza da torcida que marejou os olhos de mais de 60 mil pessoas em um espetáculo nas quartas de finais da Série C em 2014 e da que estampou manchetes nos cadernos esportivos do País após show na final da Copa do Nordeste em 2015 se esvaiu. Assim, o Ceará deixou o Campeonato Cearense em 2015. Sem respirar. Sem fôlego, mas agora por outro motivo.
FONTE:
http://glo.bo/1Jjxf6v?utm_source=link&utm_medium=share-bar-desktop&utm_campaign=share-bar
O Ceará chegou primeiro na Arena Castelão em um cenário de tranquilidade. Sem muita festa e sem muita bagunça, fato que se repetia na torcida, que permanecia calma, como quem ainda estava digerindo o doce sabor de um título conquistado há quatro dias. O árbitro apitou o início do jogo e Ceará bateu de frente a um Fortaleza que buscava o gol. Enquanto a arquibancada tricolor fervilhava num misto de fogos, gritos e danças, a alvinegra mais parecia uma pintura fixa e imóvel. Pintura que começou a se desfazer ainda no intervalo, quando a torcida, desacreditada com a partida começou a deixar o Castelão.
Quem saiu do estádio antes do fim, ficou assim, com um misto de sentimentos, quando o Ceará empatou com Ricardinho e virou com o gol de Assisinho aos 45 minutos do segundo tempo. A conquista era, praticamente, alvinegra, quando o inacreditável beirou os olhos das 51.002 pessoas que foram à Arena Castelão. Cassiano marcou o gol de empate em 2 a 2 e deu o título do Tricolor.
Nos cinco minutos de acréscimos, a taça mudou de mão novamente, como um bumerangue arremessado. Mas a torcida interpretou errado e fez de bumerangue as cadeiras da Arena Castelão no fim de jogo. Após o gol de Cassiano, em meio à festa tricolor e desespero alvinegro, a torcida do Fortaleza invadiu o gramado do Estádio e o caos se instalou. A vista ficou turva em meio à fumaça das bombas caseiras vindas da metade alvinegra e o mar tricolor que se arrastava pelo gramado como uma tsunami. O jogo terminou, mas o time do Ceará ainda estava no gramado e parece só ter acordado do choque após o chute de um torcedor nas costas de Marinho, que saía em direção às entrevistas, e o elenco disparou em direção ao vestiário.
Ceará dispara pra vestiários em meio à caos no
gramado e se despede do Cearense sem falar
(Foto: Yngrid Matsunobu)
A beleza da torcida que marejou os olhos de mais de 60 mil pessoas em um espetáculo nas quartas de finais da Série C em 2014 e da que estampou manchetes nos cadernos esportivos do País após show na final da Copa do Nordeste em 2015 se esvaiu. Assim, o Ceará deixou o Campeonato Cearense em 2015. Sem respirar. Sem fôlego, mas agora por outro motivo.
FONTE:
http://glo.bo/1Jjxf6v?utm_source=link&utm_medium=share-bar-desktop&utm_campaign=share-bar