Dorival comandou o Fla em 37 jogos e obteve 15 vitórias (Foto: Ivo Gonzalez/Agência O Globo)
O Flamengo já publicou a informação em seu site oficial. Segundo a nota, "a rescisão contratual reafirma a decisão da nova diretoria em trabalhar pelo equilíbrio financeiro do clube".
Com Dorival, saem os axuliares Lucas Silvestre e Ivan Izzo e o preparador físico Celso de Rezende. Segundo apurou o GLOBOESPORTE.COM, o Rubro-Negro gastava com os quatro cerca de R$ 1,2 milhão por mês.
Mano não é nome forte, diz Pelaipe
Em Porto Alegre por conta de um problema familiar (o irmão foi vítima de um acidente de trânsito), o diretor de futebol Paulo Pelaipe comentou o assunto.
- Wallim (Vasconcellos, vice de futebol) já vinha conversando com Dorival há algum tempo. Dorival foi flexível, mas não chegou a um denominador comum. Ele sai do Flamengo mais por culpa da situação financeira do que qualquer outra coisa. Os números estavam fora da realidade para o Flamengo. Fizeram um acordo, pois o Flamengo não tem condições de ter um salário naqueles números - destacou Pelaipe, frisando que as duas últimas derrotas não influenciaram na decisão - Não pesaram nada.
Sobre o novo treinador, Pelaipe tratou de esfriar a possibildade da contratação de Mano Menezes. O ex-comandante da seleção brasileira tem seu nome envolvido em rumores desde que a nova diretoria assumiu o Flamengo, no início do ano.
- Mano Menezes não é um nome forte, porque está neste nível de Muricy (Ramalho, técnico do Santos), Abel (Braga, treinador do Fluminense), de salários muito altos. Estou voltando para conversar com o Wallim e começarmos a definir isso. Já tenho o treinador na minha cabeça e vou levar para a direção. Espero anunciar no decorrer da próxima semana - finalizou.
Na última quinta-feira, dia seguinte à derrota do Flamengo para o Resende (3 a 2), Pelaipe havia concedido uma entrevista coletiva, na qual garantia a continuidade de Dorival Júnior no cargo. O diretor dizia que o Flamengo tinha um projeto e que o treinador seria mantido.
Passagem de altos e baixos
Dorival chegou ao Flamengo em meio ao Brasileirão de 2012, em substituição a Joel Santana, que havia sido demitido. No total, ele comandou o time em 37 jogos, com 15 vitórias, 12 empates e 10 derrotas (aproveitamento de 51,3%).
Em 2013, Dorival conseguiu campanha quase irretocável na primeira fase da Taça Guanabara (sete vitórias e um empate), mas acabou eliminado na semifinal, diante do Botafogo (2 a 0). A estreia na Taça Rio não foi animadora: derrota de virada para o Resende (3 a 2), no Engenhão.