Rio do Sul quer compensar orçamento curto com calor da torcida
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Rio do Sul quer compensar orçamento curto com calor da torcida



Única equipe da Região Sul do Brasil na Superliga feminina tem R$ 500 mil para todo o torneio, mas tem o ginásio Artenir Werner como um aliado

Por Luiz Stefanes/Especial Rio do Sul, SC

Única equipe da Região Sul do Brasil na Superliga de vôlei feminina, o Rio do Sul dribla as finanças apertadas com o calor da torcida. É nela que o time catarinense se apoia para tentar superar os adversários e adversidades na competição nacional. O clube tem um orçamento de apenas R$ 500 mil para a temporada inteira. Porém, tem o acanhado ginásio Artenir Werner como um aliado.

Rio do Sul aposta no apoio da torcida para superar o orçamento reduzido (Foto: Clóvis Eduardo Cuco/Rio do Sul)Rio do Sul aposta no apoio da torcida para superar o orçamento reduzido (Foto: Clóvis Eduardo Cuco/Rio do Sul)

O time do Rio do Sul foi fundado em 2005 e participou de competições estaduais até 2009. Nesse mesmo ano se classificou para a série B da Superliga, sendo campeão em 2011, o que deu ao clube o direito de tentar bater de frente com as grandes equipes do país. Na primeira participação ficou em décimo lugar entre os 12 clubes e agora a pretensão é a de ficar entre os oito melhores, que é a fase dos playoffs.
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Rio do Sul está a 162 quilômetros da capital Florianópolis e 62 mil habitantes. A cidade que ainda guarda tradições alemãs faz do vôlei esporte preferido, em vez do tradicional bolão, modalidade trazida com os primeiros habitantes. O Artenir Werner tem a capacidade quase esgotada nos jogos da equipe na competição nacional. Na edição anterior da Superliga o ginásio ficou lotado em quase todos os jogos. Desde então vem a máxima das atletas e da comissão técnica de que o apoio da torcida é fundamental ao sucesso da equipe.
 

Mas o mais importante disso tudo é que o time tem conseguido ser competitivo. Não somos saco de pancadas"
José Roberto Neres, técnico

— Temos um diferencial nestes dois anos de Superliga que é a torcida. Sempre em grande número, dá seu apoio ao time. Como Rio do Sul é uma cidade relativamente pequena, a presença de grandes estrelas dos demais clubes do país chama a atenção. Mas o mais importante disso tudo é que o time tem conseguido ser competitivo. Não somos saco de pancadas — afirma o coordenador técnico do time, José Roberto Neres.

Para tentar alcançar o objetivo de ficar entre os oito melhores, Rio do Sul praticamente reformulou todo o elenco em relação à edição passada da Superliga. Foram contratadas oito novas jogadoras: ponteiras Jú Odilon, Elis, Neneca e Vanessa; levantadoras Ananda e Flavinha e as centrais Edna e Camila Paracatú. Do time atual, três delas nasceram em Santa Catarina. Flavinha é de Brusque, Edna de Blumenau e Vanessa é natural de Pomerode – todas cidades com influência da colonização alemã.

A experiência também conta. A meio de rede Edna, as ponteiros Jú Odilon e Elis, a oposta Neneca e a levantadora Ananda têm passagens por clubes nacionais e internacionais. O técnico Rogério Portela não fica atrás. Ele acumula 11 campeonatos nacionais nas funções de treinador ou auxiliar técnico.


Rio do Sul, superliga feminina (Foto: Clóvis Eduardo Cuco/Rio do Sul)Rio do Sul aposta nas atletas formadas no clube (Foto: Clóvis Eduardo Cuco/Rio do Sul)
Menos contratações, mais pratas da casa

No entanto, o desejo dos dirigentes da equipe é que no futuro o orçamento não fique tão apertado. O clube tem projetos para o futuro, como uma escolinha para formação de atletas. Atualmente, são pelo menos 50 jovens entre meninos e meninas de todas as idades.

- Inclusive já promovemos atividades entre as jogadoras e as crianças para que desde cedo esse grupo infantil tenha contato com as profissionais, fiquem de perto com as atletas adultas da sua equipe.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/sc/noticia/2012/12/rio-do-sul-quer.html



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