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Ricardo e Cunha fecham maratona em Praga com título em decisão brasileira

Alison e Emanuel ficam com a prata. Na disputa do bronze, americanos dominam Márcio e Pedro Solberg e evitam pódio 100% verde e amarelo

A maratona chegou ao fim com a maior recompensa possível para Ricardo e Pedro Cunha. Com a obrigação de disputar sete jogos para chegarem à decisão da etapa de Praga do Circuito Mundial, o carioca e o baiano venceram o duelo de compatriotas com Alison e Emanuel por 2 sets a 1, parciais de 21/15, 19/21 e 15/10, e conquistaram o segundo título nesta temporada. De quebra, a parceria assumiu a liderança do ranking mundial com 2.320 pontos, importante passo na briga pela segunda vaga do país nas Olimpíadas de Londres.

- Começamos mal a competição, perdemos no primeiro jogo e isso nos complicou muito. Não é fácil jogar na repescagem, pela sequência de jogos, pelo desgaste que é ainda maior, mas conseguimos fazer bons jogos. Mantivemos o foco e, principalmente, jogamos bem. Não fizemos bons torneios na China. Por isso era muito importante sairmos daqui de Praga com um bom resultado. E foi maravilhoso. Vencemos duplas fortes, jogando com confiança e mantendo a concentração. E é assim que precisamos jogar sempre - disse Ricardo.


Na disputa pela medalha de bronze, os americanos Rogers e Dalhausser levaram a melhor sobre os brasileiros Márcio e Pedro Solberg. Os atuais campeões olímpicos dominaram a partida, venceram por 21/13 e 21/19 e impediram o pódio 100% verde e amarelo.
As duplas agora terão duas semanas de folga, e voltam às quadras apenas para a disputa do Grand Slam de Moscou, no dia 7 de junho. Clique aqui e confira a programação completa.

Duelo de compatriotas disputado ponto a ponto

De amarelo, Alison e Emanuel largaram na frente, mas Pedro Cunha, brilhante na defesa e eficiente nos contra-ataques tratou de deixar o placar apertado até a primeira troca de lado. Ricardo deslanchou no bloqueio e, em um erro de Emanuel, a vantagem chegou a cinco pontos. Alison também cresceu junto á rede e descontou dois, mas os rivais, com uniforme verde, voltaram a despontar no placar. Em novo bloqueio, Alison salvou um set point e apenas adiou o fim da parcial: 21/15.

A segunda parcial também começou disputada, mas Pedro Cunha seguiu fazendo a diferença. Até em um bloqueio de improviso o carioca pontuou. Do outro lado da quadra, porém, Emanuel acordou e esbanjou categoria para empatar em 8/8. A virada veio quando eles mudaram a estratégia e voltaram a sacar em Pedro, que acabou bloqueado por Alison (15/14). Três pontos seguidos dos atuais campeões olímpicos irritaram muito Ricardo, que pediu tempo. A pausa esfriou os ânimos, e o empate veio em 19/19 após um rali emocionante. Dois pontos de Emanuel, um após dividida na rede e outro em ataque que bateu na rede antes de cair, levaram a decisão para o tie-break.

Embalados pelo empate, Alison e Emanuel abriram 3 a 0 com ataques rápidos, mas Ricardo mostrou frieza e reduziu a diferença para apenas um ponto. O placar seguiu justo, até que uma largada de Pedro Cunha colocou a parceria de verde pela primeira vez à frente nesta parcial (9/8). Quando eles abriram dois pontos, Emanuel pediu tempo. A pausa não interrompeu a série de erros. Explorando o bloqueio, Ricardo confirmou o segundo título da dupla no ano e a liderança do ranking mundial: 15/10

Reação tardia não evita bronze americano

O jogo começou mal para o Brasil, com a arbitragem três erros - a arbitragem marcou duas conduções de Pedro Solberg. O primeiro ponto verde e amarelo veio apenas em 1/4, em ataque de Márcio na diagonal curta. A dupla nacional melhorou, mas em momento algum ameaçou o domínio americano no set, que terminou com 21/13 no placar.

Um início semelhante na segunda parcial passou a impressão de que o Rogers e Dalhausser atropelariam (5/1) os rivais. Mesmo com um pedido de tempo, os brasileiros demoraram a pegar no tranco. A reação de fato só veio quando os americanos tiveram o primeiro match point na mão, com 20/14. A dupla amarela salvou três pontos e fez os campeões olímpicos pedirem tempo. Em dois erros de Rogers, a diferença caiu para apenas um ponto. A brava
resistência e a chance do pódio ter apenas compatriotas, porém, acabaram por aí: 21/19.



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