Jaqueline vibra durante partida da etapa brasileira do Grand Prix, em São Paulo (Foto: FIVB)
- A Jaque me surpreendeu, foi uma grata surpresa, uma aposta acertada. Está todo mundo muito surpreso, porque ela atingiu uma performance muito boa em pouco tempo, mesmo voltando de uma gravidez e com pouco tempo de treinamento. Mas ela é uma jogadora que sempre se cuidou. Ela não bebe, não fuma e tem uma vida muito regrada, é magra. A volta dela ao alto nível foi muito mais rápida do que imaginávamos - disse Zé Roberto.
Uma das jogadoras mais vibrantes na etapa brasileira do Grand Prix, que acabou no domingo, no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, Jaqueline não esconder o brilho no seu olhar ao falar da boa fase que vive nesta sua retomada da carreira.
- Não foi nada fácil voltar a jogar depois de tanto tempo parada, depois de uma gravidez. E esses jogos em São Paulo foram muito importantes para mim. Eu adoro jogar no Brasil. O povo brasileiro tem um carinho muito grande por mim e posso sentir isso sempre. No primeiro dia, eu entrei sozinha na quadra e as pessoas vibraram muito, isso me fez muito bem e me ajudou a tentar fazer o meu melhor aqui. Estou muito feliz de saber que eu estou ajudando na defesa, no passe e no ataque - afirmou Jaque.
Jaqueline tem papel importante também
na defesa da seleção brasileira
(Foto: Divulgação/FIVB)
Como acabou de virar mãe e Murilo tem mais um ano de contrato com o Sesi-SP, Jaque não quer jogar fora do Brasil. Acertar com algum time brasileiro é difícil, pois esbarra na polêmica questão do ranqueamento da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). Apesar de ter ficado um ano sem jogar, a ponteira continuou com pontuação máxima no ranking criado há alguns anos para equilibrar os times na Superliga. O problema é que as agremiações que já não contam com o limite de duas jogadoras com pontuação máxima (sete pontos), não tem como bancar o salário que recebe uma atleta do quilate de Jaque.
Flho de Jaque e Murilo, Arthur faz sucesso com as atletas da seleção (Foto: Reprodução/Instagram)
Indagado sobre o assunto, José Roberto Guimarães disse estar preocupado com o futuro de uma das suas comandadas preferidas:
- A CBV está tentando. Eu sei que tem gente se mobilizando para ver se ela tem a possibilidade de jogar por algum clube. Eu sou contra o ranqueamento que foi feito pelos clubes. Eu acho que ele se deturpou ao longo do anos e chegou nisso. Quem está pagando o preço é a Jaqueline. Mas ainda vamos tentar ajudar.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2014/08/retorno-rapido-de-jaque-ao-alto-nivel-surpreende-selecao-aposta-acertada.html