Luis Henrique, Luis Henrique, Luis Henrique... O garoto de 17 anos concentrou as atenções no Botafogo após a goleada por 5 a 0 sobre o Sampaio Corrêa, no Estádio Nilton Santos, pela 10ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro (veja os melhores momentos no vídeo acima). Das entrevistas em campo à coletiva de imprensa, só deu a joia alvinegra. O assédio foi tanto que René Simões precisou pedir calma. Antes o pedido era direcionado à torcida, para não queimar o jovem, e agora para a imprensa. O técnico orientou o clube a blindar o atacante, mas admitiu mais uma vez seu encantamento pelo jogador.
- Assim como fiz o pedido à torcida ontem, agora queria pedir que a imprensa tenha paciência com o Luis Henrique. Pedi à assessoria para poupar esse menino do assédio que vai ser muito grande a partir de agora. É absolutamente normal da parte dos jornalistas, mas é um menino de 17 anos, e as comparações vão acontecer. Quero poupar o menino desse turbilhão. Quando ele deixou o campo, disse para escutar o velho de 62 anos, que sabe que a vida é uma roda gigante. Um dia você está em cima e depois está embaixo. É importante se portar com dignidade e profissionalismo nas duas pontas dessa roda. Em momento algum eu tive dúvidas de que seria bom, ele tem uma estrela impressionante. O repertório do Luis Henrique no jogo foi maior do que eu tinha visto nos treinos - elogiou o comandante.
Incorporado aos profissionais há apenas quatro dias, Luis Henrique teve a chance de estrear pois o recém-contratado Rafael Oliveira ainda não tinha condição legal de jogo. E brilhou a estrela da joia de 17 anos. Um gol de cabeça logo na primeira finalização como profissional, outro com o pé, numa finalização de primeira, e ainda construiu a jogada que terminou no quarto gol da partida, marcado por Rodrigo Pimpão. Ouviu a torcida gritar o seu nome nos dois pênaltis que o time teve, mas não se candidatou para as cobranças, e deixou o campo sob aplausos para a entrada de Camacho aos 33 do segundo tempo.
René Simões aprovou a atuação contra o
Sampaio Corrêa e pediu calma com Luis
Henrique (Foto: Vitor Silva / SSPress)
Confira outros trechos da entrevista de René Simões:
ANÁLISE DE LUIS HENRIQUE
Não posso falar ainda muito do menino, pois trabalhei com ele só essa semana. O Felipe Conceição, técnico do sub-17, conhece mais seus altos e baixos. Eu tenho que ser comedido, mas fiquei impressionado com o que ele fez nos três treinos. Mostrou uma profundidade que nos faltava desde que perdemos o Jobson. Está explicado por que eu queria o Pimentinha aqui, mas infelizmente ele foi embora. Até fiquei preocupado achando que ele quis sair porque eu cobro muito, mas ele disse que não foi por isso.
Não posso falar ainda muito do menino, pois trabalhei com ele só essa semana. O Felipe Conceição, técnico do sub-17, conhece mais seus altos e baixos. Eu tenho que ser comedido, mas fiquei impressionado com o que ele fez nos três treinos. Mostrou uma profundidade que nos faltava desde que perdemos o Jobson. Está explicado por que eu queria o Pimentinha aqui, mas infelizmente ele foi embora. Até fiquei preocupado achando que ele quis sair porque eu cobro muito, mas ele disse que não foi por isso.
PERSONALIDADE DA JOIA
Ontem, minha sobrinha, que trabalhou no Botafogo até o ano passado como assistente social da base, me mandou uma mensagem dizendo para cuidar do Luis Henrique, que é uma joia, tem família estruturada, personalidade forte e sabe o que quer. Isso me deu mais tranquilidade para o dia de hoje. O Jefferson o aconselhou e disse que aproveitasse o momento, mas que mantivesse os pés no chão. Tenho certeza de que vai lidar com tranquilidade.
Ontem, minha sobrinha, que trabalhou no Botafogo até o ano passado como assistente social da base, me mandou uma mensagem dizendo para cuidar do Luis Henrique, que é uma joia, tem família estruturada, personalidade forte e sabe o que quer. Isso me deu mais tranquilidade para o dia de hoje. O Jefferson o aconselhou e disse que aproveitasse o momento, mas que mantivesse os pés no chão. Tenho certeza de que vai lidar com tranquilidade.
Sem sofrimento não se ganha mais no futebol. Não se resolve só na qualidade técnica. Tem que suportar a pressão e ter obediência tática. Tenho trabalhado isso com o grupo. É importante saber o quanto o grupo está disposto a sofrer por alguma coisa. No início do jogo nós sofremos. O Sampaio Corrêa foi uma equipe difícil de enfrentar. Tivemos que fazer alguns ajustes no início da partida, deu trabalho, mas depois que o time entendeu o que tinha que fazer, os gols saíram. Tecnicamente não fizemos um bom jogo. Houve muitos erros de passe e tomadas erradas de decisão. Mas taticamente fomos brilhantes.
RECUPERAÇÃO DE LUIS RICARDO
O Botafogo vinha de uma derrota que fugiu ao seu padrão. Quero destacar o Luis Ricardo, que foi muito criticado naquela partida e hoje foi brilhante. Tecnicamente, talvez tenha sido o melhor em campo.
FONTE:
http://glo.bo/1IX9QG7?utm_source=link&utm_medium=share-bar-desktop&utm_campaign=share-bar