A queda de braço nos bastidores entre São Paulo e Ponte Preta terminou com vitória tricolor. A esperança alvinegra de fazer o segundo jogo da semifinal da Sul-Americana no Moisés Lucarelli acabou de vez nesta segunda-feira. Em nota, o clube campineiro confirmou o veto da Conmebol ao Majestoso devido à capacidade abaixo de 20 mil, conforme determina o regulamento do torneio para essa fase. A oficialização da perda do estádio causou revolta e gerou duras críticas do presidente Márcio Della Volpe à postura da diretoria do Tricolor. O Estádio Romildo Ferreira, do Mogi Mirim, é o favorito para receber a partida do dia 27. O primeiro duelo está marcado para esta quarta-feira, às 21h50, no Morumbi.
- Estamos avaliando junto à Federação Paulista de Futebol quais outros estádios têm de maneira inquestionável não só a capacidade como também a liberação para 20 mil pessoas e então definiremos onde será. Se o São Paulo não tivesse questionado, o jogo seria aqui normalmente. É lamentável que um tricampeão mundial tenha chegado a este ponto: uma atitude mesquinha, picuinha. Em vez de se preocupar com futebol, está se preocupando com capacidade de estádio, alegando que aqui é maltratado. Ninguém ganha com isso. Nosso estádio já estava preparado e aqui a Polícia garante a segurança em grandes eventos, tem o know how para isso. É uma tristeza também para a cidade de Campinas, que poderia receber uma semifinal de Sul Americana e foi cerceada desse direito – disparou Della Volpe.
Para o presidente da Ponte, a decisão também aumenta a dificuldade para o policiamento garantir a segurança aos torcedores. As duas torcidas já tem um histórico de rivalidade. Em 2005, por exemplo, Conde, um dos líderes de uma organizada da Macaca, foi morto durante uma briga com são-paulinos em Campinas, na véspera de um duelo entre os times.
- Agora sim a insegurança está instalada: vamos colocar 20 mil torcedores na estrada e vai ser aquela complicação, pois nossa torcida estará raivosa por não jogar em casa. Infelizmente isso tem sido comum na vida do São Paulo. Eles brigam tanto com outros times que parece quem gostam disso. Eles chegaram a fazer um dossiê. São mais ou menos 100 páginas detonando o Majestoso, o que é no mínimo curioso, sabendo que eles jogaram aqui no Paulista e no Brasileiro sem nunca apontar um problema, sendo que o Deportivo Pasto e Vélez Sarsfield jogaram aqui e o delegado da Sul-Americana elogiou muito o Moisés Lucarelli, as condições, o tratamento – completou o mandatário alvinegro.
A polêmica começou quando o São Paulo enviou um documento à Conmebol para mostrar que a capacidade do Majestoso é inferior à exigida pelo regulamento para essa fase do torneio (20 mil). O Tricolor enxergou a brecha no laudo do Moisés Lucarelli que consta no site da Federação Paulista de Futebol, com validade até janeiro de 2014, e que aponta para 16,9 mil lugares. A estratégia é parecida com a que o clube realizou na decisão da Libertadores de 2005, quando conseguiu tirar o primeiro jogo contra o Atlético-PR da Arena da Baixada.
Do lado da Ponte Preta, o argumento era de que foi feito um redimensionamento pelo Corpo de Bombeiros de Campinas, em setembro, seguindo as novas regras de segurança nos estádios, que aumentou a capacidade total para 27.946 pessoas, entre torcedores, policiais militares, funcionários, mas, segundo a Polícia Militar, o documento é inválido, já que não passa de um projeto técnico. Na semana passada, Márcio Della Volpe ficou dois dias em São Paulo na tentativa de impedir à proibição ao Majestoso. Primeiro, buscou o diálogo com o Tricolor. Ao vice de futebol João Paulo de Jesus Lopes, passou que a decisão de tirar a partida do Majestoso pode acarretar em maiores problemas de segurança, já que o duelo seria levado para o interior, com possíveis confrontos de torcidas nas estradas, mas o argumento foi insuficiente. Sem sucesso no campo político, o jeito foi partir para a questão documental.
Na Federação Paulista de Futebol, o mandatário da Ponte teve mais sucesso. Do encontro, ficou decidido que a FPF mandaria um grupo de engenheiros para fazer uma nova vistoria no Majestoso, com a intenção de dar caráter oficial ao projeto de redimensionamento do estádio A visita chegou a ocorrer, mas o resultado não mudou o cenário. Foi a última cartada alvinegra.
Agora, a Ponte procura um estádio para mandar a partida de volta. Antes mesmo da confirmação do veto ao Majestoso, o Romildo Ferreira já aparecia como primeira alternativa. A distância de Campinas com Mogi – cerca de 50 quilômetros – é o principal fator, já que o estádio é o mais próximo de Campinas apto a receber a semifinal. A Federação Paulista de Futebol já deu o aval, garantindo que o Romildão possui um laudo liberando para um público de 20,5 mil. Após o impasse com o Majestoso, a cúpula alvinegra adota cautela sobre a escolha do local.
- Queremos agora que a própria FPF e a CBF oficializem de maneira clara a capacidade do estádio que iremos escolher, pois chegou até nós a informação de que o time da capital já estaria questionando a capacidade do estádio do Mogi, demonstrando mais uma vez sua clara intenção de prejudicar o adversário fora do gramado – finalizou Della Volpe.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/ponte-preta/noticia/2013/11/ponte-oficializa-perda-do-majestoso-e-critica-sao-paulo-atitude-mesquinha.html
Estádio Moisés Lucarelli está vetado para a semifinal
da Sul-Americana (Foto: Carlos Velardi / EPTV)
Para o presidente da Ponte, a decisão também aumenta a dificuldade para o policiamento garantir a segurança aos torcedores. As duas torcidas já tem um histórico de rivalidade. Em 2005, por exemplo, Conde, um dos líderes de uma organizada da Macaca, foi morto durante uma briga com são-paulinos em Campinas, na véspera de um duelo entre os times.
Infelizmente isso tem sido comum na vida do São Paulo. Eles brigam tanto com outros times que parece quem gostam disso"
Márcio Della Volpe
A polêmica começou quando o São Paulo enviou um documento à Conmebol para mostrar que a capacidade do Majestoso é inferior à exigida pelo regulamento para essa fase do torneio (20 mil). O Tricolor enxergou a brecha no laudo do Moisés Lucarelli que consta no site da Federação Paulista de Futebol, com validade até janeiro de 2014, e que aponta para 16,9 mil lugares. A estratégia é parecida com a que o clube realizou na decisão da Libertadores de 2005, quando conseguiu tirar o primeiro jogo contra o Atlético-PR da Arena da Baixada.
Do lado da Ponte Preta, o argumento era de que foi feito um redimensionamento pelo Corpo de Bombeiros de Campinas, em setembro, seguindo as novas regras de segurança nos estádios, que aumentou a capacidade total para 27.946 pessoas, entre torcedores, policiais militares, funcionários, mas, segundo a Polícia Militar, o documento é inválido, já que não passa de um projeto técnico. Na semana passada, Márcio Della Volpe ficou dois dias em São Paulo na tentativa de impedir à proibição ao Majestoso. Primeiro, buscou o diálogo com o Tricolor. Ao vice de futebol João Paulo de Jesus Lopes, passou que a decisão de tirar a partida do Majestoso pode acarretar em maiores problemas de segurança, já que o duelo seria levado para o interior, com possíveis confrontos de torcidas nas estradas, mas o argumento foi insuficiente. Sem sucesso no campo político, o jeito foi partir para a questão documental.
Na Federação Paulista de Futebol, o mandatário da Ponte teve mais sucesso. Do encontro, ficou decidido que a FPF mandaria um grupo de engenheiros para fazer uma nova vistoria no Majestoso, com a intenção de dar caráter oficial ao projeto de redimensionamento do estádio A visita chegou a ocorrer, mas o resultado não mudou o cenário. Foi a última cartada alvinegra.
Agora, a Ponte procura um estádio para mandar a partida de volta. Antes mesmo da confirmação do veto ao Majestoso, o Romildo Ferreira já aparecia como primeira alternativa. A distância de Campinas com Mogi – cerca de 50 quilômetros – é o principal fator, já que o estádio é o mais próximo de Campinas apto a receber a semifinal. A Federação Paulista de Futebol já deu o aval, garantindo que o Romildão possui um laudo liberando para um público de 20,5 mil. Após o impasse com o Majestoso, a cúpula alvinegra adota cautela sobre a escolha do local.
- Queremos agora que a própria FPF e a CBF oficializem de maneira clara a capacidade do estádio que iremos escolher, pois chegou até nós a informação de que o time da capital já estaria questionando a capacidade do estádio do Mogi, demonstrando mais uma vez sua clara intenção de prejudicar o adversário fora do gramado – finalizou Della Volpe.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/ponte-preta/noticia/2013/11/ponte-oficializa-perda-do-majestoso-e-critica-sao-paulo-atitude-mesquinha.html