De um amigo navegante amante melômano:
A tentativa descabida de associar o secretário de Comunicação da Prefeitura da cidade de São Paulo, Nunzio Briguglio, ao escândalo do Theatro Municipal, nada mais é do que uma cabresteada de dois notórios corruptos, José Luis Herência e William Nacked, já identificados pelo Ministério Público, com a ajuda da Controladoria Geral do Município.
Estes dois senhores são acusados de desviar R$ 15 milhões (pelo menos até agora) do Theatro Municipal. Praticaram as maiores barbaridades: pagaram em duplicata, em triplicata; forjaram espetáculos que nunca ocorreram e outras loucuras.
Alguns vereadores animados com os ventos pútridos que vem de Brasília, decidiram agora tornar-se vestais defensores do patrimônio público. Não bastasse a investigação da Controladoria Geral do Município e do Ministério Público, criaram uma CPI com o único objetivo de atazanar o prefeito Fernando Haddad.
Para tanto receberam com mesuras e rapapés estes dois ..., Herência e Nacked. O primeiro réu confesso.
Depois, convocaram o jornalista Nunzio Briguglio e, ontem, diante dele se comportaram como inquisidores, com sangue nos olhos, para apurar o que?
Um projeto com o grupo catalão Fura dell Balls , que nunca aconteceu, nem foi por ele contratado, e que por certo abrigava a possibilidade sim de difundir o nome da cidade de São Paulo nas principais salas de concerto da Europa e dos Estados Unidos.
Nunzio Briguglio é apaixonado por concertos e óperas. Por cinema e por jornalismo. Questão de gosto, é claro. É amigo de músicos, maestros diretores de cinema e de teatro.
Claro, o alvo não é ele. É Haddad, seu amigo, seu assessorado de 10 anos, que recebeu o Theatro Municipal em ruínas. Deu consistência e segurança aos seus corpos estáveis. Contratou gente qualificada e eficiente. Deu-lhe uma programação que elevou a cidade à condição de uma das maiores produtoras de música da América Latina.
Por conta disso, dois ... e ... como Herência e Nacked, praticamente às portas da cadeia, e com os bens indisponíveis, se acham no direito de jogar lama em pessoas reconhecidamente honestas e competentes.
E mesmo diante das explicações coerentes do secretário Nunzio Briguglio, um vereador, um certo Ricardo Nunes, do PMDB de Cunha, de Renan, de (Essa porra) Jucá e de Marta, decidiu atropelar e inovar, requerendo ao Ministério Público a quebra de seu sigilo fiscal, bancário e telefônico antes da conclusão das investigações ou da oitiva de outras testemunhas.
Atentou contra a CPI e contra o regimento da Câmara.
Tudo isso para quê?
Para atingir Haddad.
De um amigo navegante do Conversa Afiada