Santos vai à justiça por documentos de Neymar(Foto: Reutes)
O pai de Neymar não aceitou liberar o acesso do Santos aos documentos dos acordos comerciais do atacante com seu novo clube, o Barcelona. E o Peixe foi à Justiça para entender o que gerou os 40 milhões de euros (cerca de R$ 130 milhões) à N&N, uma das empresas em nome do pai do jogador.
O presidente em exercício do Alvinegro, Odílio Rodrigues, se reuniu com o pai do camisa 11 na noite desta terça-feira e pediu para ver os contratos, mas ouviu que existe uma cláusula de confidencialidade que impede abertura.
– Existe uma forma para sabermos disso. O Santos fez um ofício a eles (estafe do Neymar) pedindo que enviassem os documentos e aquilo que faz referência à negociação. O pai do Neymar me ligou e disse que viria aqui. Ele alegou que há uma cláusula de confidencialidade, ou seja, ele pode falar, mas não pode mostrar. O Santos vai pleitear. Aguardamos uma resposta – explicou Odílio.
O mandatário acredita ainda que parte dos mais de 100 milhões de euros (R$ 333 milhões) que Neymar receberá nos cinco anos de contrato com o Barcelona seja de direito do time da Vila Belmiro, que recebeu 17,1 milhões de euros (R$ 57 milhões) com a venda do atacante em meados de 2013. Os santistas detinham 55% dos direitos econômicos do craque – os 45% restantes foram divididos entre a DIS (40%) e a Teisa (5%), parceiros do clube alvinegro na ocasião.
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O restante dos 57 milhões de euros (R$ 190 milhões) divulgados pela equipe espanhola como gastos na compra do camisa 11 também é motivo de indignação de Odílio. A empresa N&N Sports, do pai de Neymar, recebeu 10 milhões de euros em novembro de 2011, um ano e meio antes da transferência, por um acordo comercial entre as duas partes. O restante dos 40 milhões de euros foram pagos após o acerto da transferência
– Quando você tem uma diferença de 40 milhões (de euros), o mínimo que acontece é suspeitar de todo mundo. Nos sentimos profundamente contrariados por essa manifestação do vice-presidente (do Barcelona, que divulgou os valores reais da negociação), porque não foi aquilo que tínhamos tratados – completou.
* Com supervisão de Alexandre Lopes