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Borges está comendo a bola pelo Santos, mas boa parte de seu salário é pago pelo Grêmio
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No Avaí, Lincoln tem mais da metade do seu salário pago pelo Palmeiras. Caso parecido com o de Borges, do Santos, que recebe por mês cerca de R$ 45 mil do Grêmio, seu ex-clube, ou de Souza, que ganha mais do Corinthians que do Bahia, seu atual time.
Os exemplos não são nada raros no Campeonato Brasileiro. Mais de uma dezena de jogadores da primeira divisão recebem parte do salário de uma agremiação adversária.
Flamengo, Corinthians, Santos, São Paulo, Palmeiras, Internacional, Grêmio, entre outros, pagam salários para atletas cedidos por empréstimo. Na maioria dos casos são jogadores que estavam encostados nos clubes com os quais têm contrato e, por isso, acabaram emprestados em condições bastante favoráveis para quem os recebeu.
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“O time empresta para outro que não teria condições de pagar o salário integral, que ficaria acima do limite da folha. Então, ele continua pagando uma parte”, explica Paulo Angioni, gerente de futebol do Bahia. Além do atacante Souza, o clube baiano tem Lulinha, também do Corinthians, e Marcelo Lomba, do Flamengo, na mesma situação. “O Souza e o Lulinha o Corinthians paga a maior parte. No caso do Lomba (goleiro), o Flamengo dá a metade do salário”, diz Angioni.
Só com o salário de Souza, o Corinthians gasta cerca de R$ 100 mil por mês. O valor é menor do que é pago pelo Palmeiras para Lincoln, algo em torno de R$ 170 mil.
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No caso do atacante Borges, do Santos, o valor pago por mês pelo Grêmio faz parte de um acordo entre os dois clubes. Para incluir o ex-santista Marquinhos no negócio, o time gaúcho teve que pagar R$ 270 mil, valor que foi dividido em seis vezes e é repassado a Borges.
Internacional e São Paulo também pagam parte do salário de jogadores que não atuam mais no clube. É caso, por exemplo, do meia Thiago Humberto, do clube gaúcho, cedido ao Ceará.
“É uma prática que se usa até para aliviar a folha salarial. Se o jogador não fosse emprestado, estaríamos pagando mais. Isso deixa folha mais barata e o atleta joga, o que é bom”, afirma o vice-presidente de futebol do Inter, Luiz Anápio Gomes.
Sem chances no São Paulo, Cleber Santana foi emprestado ao Atlético-PR. O salário do volante é bancado em parte pelo time paulista. “Usamos essa prática em alguns casos. Mas prefiro não declinar nomes nem valores”, diz o diretor de futebol são-paulino Adalberto Batista.
Aqui, não!Normalmente os clubes que emprestam seus jogadores fazem acordos para que eles não atuem nos confrontos diretos. “É padrão colocar uma multa, caso ele seja utilizado. É para ele não jogar mesmo, para preservar até o jogador”, afirma Ney Pandolfo, diretor de futebol do Santos. “Nós já não adotamos mais essa prática”, diz Luiz Anápio, do Inter.
Lincoln – Palmeiras paga mais da metade do salário do meia no Avaí, que é de cerca de R$ 270 mil
Borges – Grêmio pagará até dezembro R$ 45 mil mensais para o atacante do Santos
Souza – Atacante recebe do Corinthians R$ 100 mil por mês, mais da metade do seu salário
Cléber Santana – Metade do salário do volante do Atlético-PR é bancado pelo São Paulo
Marcelo Lomba – Flamengo paga 50% do salário do goleiro cedido ao Bahia
Wendel – Palmeiras banca metade do salário do lateral, cedido ao Atlético-PR
Lulinha – Corinthians paga maior parte do salário do atacante do Bahia
Thiago Humberto – Meia do Inter que está no Ceará, recebe 50% do salário do Inter
Vitor - Palmeiras pagava metade do salário do lateral enquanto teve Wellington Paulista. Depois que o atacante voltou para o Cruzeiro, o clube mineiro passou a pagar 100%
FONTE:
http://esporte--dev.ig.com.br/futebol/pagar-salario-para-jogador-do-adversario-vira-praxe-no-brasileiro/n1597207276049.html