O empate em 1 a 1 na Arena Fonte Nova foi ruim para o Bahia, mas nem tanto para o Atlético-PR. Com uma expulsão para cada lado, o Tricolor segue sem vencer há quatro jogos, num flerte constante com a zona de rebaixamento. Já o Furacão permanece dentro do G-4, nas busca por uma das vagas para a Libertadores. Pelo lado dos paranaenses, o volante Bruno Silva foi expulso logo na primeira etapa. Hélder, do lado dos baianos, recebeu a chapinha vermelha nos 45 minutos finais. O golaço de cobertura de Obina logo com um minuto do segundo tempo não deu a tranquilidade que o técnico Cristóvão Borges e os 8.021 torcedores presentes na Fonte esperavam, pois o artilheiro Éderson empatou a partida dez minutos depois. A situação só não é mais complicada para o Bahia porque o Vasco perdeu para a Ponte Preta, mas, mesmo assim, o sinal de alerta continua ligado. Com 37 pontos, o Tricolor ocupa a 15ª colocação, mas ainda pode ser ultrapassado pelo Fluminense. Autor do gol, Obina lamentou a falta de tranquilidade da equipe para segurar o resultado. - Com um a mais, faz o gol e não tem tranquilidade para segurar o resultado. A gente sabe que dedicação não faltou, faltou tranquilidade para sair com o resultado. Além de enfrentar a dificuldade de jogar com um a menos desde a primeira etapa, o Atlético-PR precisou superar a ausência de jogadores importantes, como Paulo Baier e Marcelo, poupados pelo técnico Vagner Mancini. E por pouco o Furacão não deixou Salvador com os três pontos, pois criou boas chances de gols no fim da segunda etapa. O empate fora de casa deixa os paranaenses na quarta colocação, com 52 pontos. Ao fim do jogo, o zagueiro Luiz Alberto enalteceu a entrega do elenco. - Foi válida a entrega. Jogamos com um a menos durante boa parte e buscamos o empate. O grupo está de parabéns. saiba mais - Confira como foi o Tempo Real do confronto
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Eliminado da Copa Sul-Americana, o técnico Cristóvão Borges terá uma semana inteira para preparar sua equipe para o próximo compromisso no Brasileirão. O Bahia viaja até Porto Alegre, onde encara o Grêmio, no próximo domingo, na Arena gremista. O mesmo Tricolor Gaúcho será o adversário do Atlético-PR, nesta quarta-feira, no Estádio Durival de Britto, só que pelas semifinais da Copa do Brasil. No fim de semana, o Furacão recebe o Internacional na Arena Joinville. Em jogo com uma expulsão para cada lado, Bahia e Furacão ficaram no 1 a 1
(Foto: Ulisses Dumas / Ag. BAPRESS/Divulgação)
Furacão: defesa espetacular e expulsão Mesmo jogando fora de casa e sem a presença do meia Paulo Baier, poupado pelo técnico Vagner Mancini, o Furacão iniciou melhor a partida. Com muitos espaços para jogar nas costas do lateral Raul, os paranaenses criavam suas melhores chances pelo setor direito de ataque, com Everton e Éderson. E foi do artilheiro do campeonato a melhor chance de gol no primeiro tempo. Dentro da área, cercado por três zagueiros, ele chutou de bico e quase surpreendeu Marcelo Lomba. Encurralado pelo Furacão, o Bahia mostrava dificuldade em trabalhar a bola com os homens de meio e abusava dos chutões. Só que, sem o trabalho de pivô do atacante Fernandão, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, o Tricolor não conseguia segurar a bola no campo de ataque. E quando chegou com perigo, Weverton apareceu feito uma muralha. Primeiro, o goleiro colocou para escanteio um chute venenoso de Rafael Miranda. No lance seguinte, fez ressurgir a lembrança do lance protagonizado pelo goleiro inglês Gordon Banks e Pelé na Copa de 70, ao evitar gol de Obina em ótima cabeçada para o chão, mostrando agilidade e reflexo incríveis. No fim da primeira etapa, um lance feio. Após falta dura em cima de Rafael Miranda, o volante Bruno Silva foi expulso. O pouco tempo com um a mais em campo não foi suficiente para o Bahia traduzir a superioridade numérica em gol, e a primeira etapa terminou mesmo no 0 a 0. Expulsão prejudica o Tricolor Com um jogador a mais em campo, o técnico Cristóvão Borges resolveu mexer em dose dupla. A opção de improvisar o volante Fabrício Lusa na lateral direita foi puramente técnica, mas a entrada de Anderson Talisca foi uma fatalidade, já que o titular Marquinhos sentiu uma lesão muscular. Por ironia do destino, foi justamente essa que deu certo. Logo no primeiro minuto, Talisca percebeu um buraco entre os zagueiros do Furacão e deslocou um ótimo lançamento para Obina. Com calma e um toque sutil na bola, o atacante encobriu o goleiro Weverton e abriu o placar com um golaço. Mas a alegria tricolor durou ouco. E acabou logo nos pés do artilheiro do Brasileirão. Aos 12, Éderson aproveitou boa jogada de Delatorre pela esquerda e empurrou para o fundo das redes. Foi seu 16º gol. Após sofrer o empate, o Bahia tentou fazer valer a superioridade numérica e empurrava o Atlético-PR para dentro do seu campo de defesa. Era justamente aí que apareciam as deficiências do Tricolor. Sem criatividade para trabalhar a bola no meio, o time abusou das bolas alçadas na área. Não deu certo. Para piorar, o volante Hélder tentou acertar um soco no adversário e foi expulso de campo. No dez contra a dez, o Furacão encontrou espaços para atacar e, por pouco, não deixou Salvador com três pontos na sacola.