O ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou que os homens procuram menos o atendimento de saúde porque "trabalham mais do que as mulheres e são os provedores" das casas brasileiras. Além de acreditar que os homens "possuem menos tempo" do que as mulheres, o ministro considerou que os homens fazem menos acompanhamento médico por uma questão de hábito e de cultura. Nesta quinta-feira, 11, o ministério lançou um guia do "Pré-Natal do Parceiro", a fim de incentivar os homens a fazerem exames de prevenção ao acompanhar as mulheres aos postos de atendimento durante a gravidez.
Apesar da declaração do ministro, dados do IBGE indicam que as mulheres trabalham mais do que os homens. Em 2004, as mulheres trabalhavam quatro horas a mais que os homens por semana, quando se soma a ocupação remunerada e o que é feito dentro de casa. Em uma década, a diferença aumentou mais de uma hora. Em 2014, a dupla jornada feminina passou a ter cinco horas a mais, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Nestes dez anos, os homens viram sua jornada fora de casa cair de 44 horas semanais para 41 horas e 36 minutos. A jornada dentro de casa permaneceu em 10 horas semanais.
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