Carol, a melhor atleta da maratona e da natação no Sul-Americano (Foto: Satiro Sodre/SSPress)
Poliana Okimoto já estava se preparando para entrar nas seleções de categoria de base da natação brasileira quando Carolina Bilich nasceu, em 1995. Os 12 anos de diferença entre a campeã mundial e a nova promessa da natação feminina, hoje, já nem parecem tanto assim. Seguindo as braçadas da experiente nadadora, a capixaba de 18 anos vem se destacando nas competições nas piscinas e em águas abertas. De fã, virou rival. Na semana que vem, a atleta do Minas terá a chance de desafiar a consagrada maratonista nas provas de fundo do Troféu Maria Lenk, em São Paulo.
Apesar da pouca idade, Carol Bilich já acumula uma longa experiência na carreira de atleta. Influenciada pelos irmãos, que também nadavam, deu as primeiras braçadas em uma piscina aos 3 anos, em Vitória, cidade onde nasceu. Com 13, já se destacava nas competições da sua categoria e, aos 15, recebeu o convite para fazer parte da equipe do Minas.
- Com uns 13, 14 anos percebi que eu tinha talento para chegar nas Olimpíadas. Comecei a querer coisas grandes. Com 15, resolvi vir para o Minas. Minha mãe veio comigo, não me deixou vir sozinha. Meu pai ficava indo e voltando até ver se eu me adaptaria mesmo - contou.
Aos 17 anos, Carol Bilich venceu a
prova de 400m livre do Troféu Maria
Lenk no ano passado (Foto:
Satiro Sodre/SSPress)
A adolescente capixaba não só se adaptou como despontou na nova casa. O desempenho no Sul-Americano juvenil, no ano passado, serviu de cartão de visitas. Colecionou ouros ao vencer os 200m, 400m e 800m livre, além de ter ajudado o revezamento 4x100m medley a subir no lugar mais alto do pódio. De quebra, levou também o Troféu Señor de Sipán de melhor atleta no feminino.
Se não bastasse o expressivo resultado na piscina, ela também brilhou na maratona aquática. Venceu o revezamento de 3km e conquistou mais uma medalha dourada na prova dos 7,5 km. De novo, levou também Troféu Señor de Sipán de melhor maratonista da competição. Com isso, tornou-se a primeira atleta da história do Sul-Americano a acumular o prêmio nas duas categorias.
Na piscina, Carol Bilich garantiu quatro ouros no Sul-Americano (Foto: Satiro Sodre/SSPress)
O sucesso na piscina e na maratona aquática tem feito a capixaba se dividir. Quando pode, Carol disputa competições em águas abertas. A preferência, no entanto, ainda é pelas provas tradicionais da natação. Pelo menos por enquanto. A paixão por distâncias longas e a oportunidade de ocupar a lacuna deixada por Poliana Okimoto e Ana Marcela Cunha no futuro animam a atleta, que nada 14km por dia, a traçar planos para a outra modalidade.
- A maratona é outra natação. É muita porrada. Não dá para negar. É um esporte bem sofrido, com muita quilometragem e um desgaste alto. Tem gente que não gosta, mas eu gosto. Gosto de nadar 10km. Acho legal. Acho que a Poliana e Ana Marcela sempre fizeram muito bem isso de conciliar as duas coisas e, agora, já está na hora de as caras mudarem. Há muito tempo são só as duas que dominam. Acho que depois de 2016, ou talvez até lá, vão mudar um pouco essas caras.
Capixaba treina 14km por dia de olhos
nos Jogos Olímpico do Rio (Foto:
Satiro Sodre/SSPress)
O rosto ainda de menina e a timidez disfarçam, mas Carol é determinada e ambiciosa. Quer garantir no Maria Lenk sua vaga no Pan-Pacífico, que será disputado em agosto, na Austrália. Mas sua principal e meta é disputar os Jogos Olímpicos do Rio, daqui a dois anos.
- Eu me vejo em 2016. Penso nisso desde novinha. E, nesses últimos anos, tenho visto que isso é possível. Antes eu duvidava um pouco mais. Agora vejo isso mais perto.
FONTE:http://globoesporte.globo.com/natacao/noticia/2014/04/novata-de-18-anos-sonha-fazer-frente-rivais-consagradas-no-maria-lenk.html
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