Ir a um estádio deixou de ser um programa de lazer. Virou risco. A violência no futebol é um problema mundial, mas o caso de Pernambuco requer atenção. O histórico é vasto, mas os casos de brutalidade envolvendo torcedores - quase sempre uniformizados - cresce em uma velocidade impressionante. Nem é preciso fazer um recorte grande de tempo para citar situações em que a impunidade se mostra presente.
Caio César Silva Reis morreu atropelado por um ônibus enquanto fugia de uma briga entre torcidas organizadas de Sport e Náutico, em 2012.
Lucas Lyra teve sua cabeça alvejada por uma bala após uma confusão entre uniformizados em um ônibus antes de um jogo entre Náutico e Central, pelo Pernambucano de 2013. Até hoje habita em uma cama de hospital.
A impunidade é tamanha que, em outros episódios de confusão e baderna, uma nova arma já era conhecida: vasos sanitários.
Na final do Campeonato Pernambucano de 2013 entre Sport e Santa Cruz, banheiros foram danificados. Vasos arrancados e jogados do alto da arquibancada buscando cabeças de quem que passasse embaixo. Na ocasião, as perdas foram materiais. Só carros sofreram a consequência. E, naquele 13 de maio, o pior não aconteceu.
Este ano, o problema voltou a ocorrer em mais um clássico entre Sport e Santa, em abril, pelo Pernambucano. Os banheiros da Ilha do Retiro ficaram danificados, além da baderna generalizada nos arredores do estádio.
Torcedores danificam banheiros da
Ilha do Retiro após clássico (Foto:
Aldo Carneiro / Pernambuco Press)
Com vasos, o pior aconteceu na última sexta-feira, no estádio do Arruda. O vaso sanitário, desta vez, foi de encontro à cabeça de Paulo Ricardo Gomes da Silva, torcedor do Sport que estava na torcida do Paraná, que jogava contra o Santa Cruz. A vida de um jovem encerrada precocemente.
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FONTE:
http://globoesporte.globo.com/pe/noticia/2014/05/nos-ultimos-anos-violencia-no-futebol-pernambucano-tem-sido-recorrente.html
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