Esporte
Nos salários e no dia a dia, crise financeira mina ânimo do Vasc
Atraso em pagamentos e problemas na estrutura de trabalho, como falta de isotônico e gelo, contribuem para desmotivação do elenco
Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
Grupo conversa: salários atrasados são assunto
constante (Foto: Cezar Loureiro / Ag. Globo)
Com cinco derrotas consecutivas, os jogadores do Vasco viraram alvo de insatisfação da torcida na reta final do Campeonato Brasileiro. Mas, mesmo a oito pontos do G-4, faltando cinco rodadas para o término da competição, o grupo tem poucas razões para motivação. Além dos salários atrasados, são frequentes os relatos de condições inadequadas de trabalho no dia a dia de um grupo que defende um dos grandes do país. Tudo é consequência do péssimo momento financeiro que o clube atravessa.
Nas conversas que se tornaram uma constante após as derrotas - muitas dentro do gramado, antes de cada treino - o assunto sobre atraso de salário é constante. Oficialmente, a dívida do Vasco com os jogadores é de dois meses no pagamento feito na carteira de trabalho. Além disso, alguns atletas cobram três meses de direitos de imagem. Internamente, esse fato é visto como determinante para o mau rendimento do elenco, que se mostra desmotivado com a falta de perspectivas em relação ao pagamento.
Para piorar, alguns contratempos vêm minando o ânimo dos atletas no dia a dia. Por exemplo: na semana anterior à partida contra o Santos, na Vila Belmiro, no último dia 14, foi dito aos jogadores que o clube estava economizando a bebida isotônica. Ela seria racionalizada para que fosse utilizada durante o jogo.
No treino da véspera da partida contra o Internacional, no dia 24, não havia gelo suficiente para que os jogadores fizessem tratamento de recuperação na banheira. Além disso, em algumas atividades, apenas dois chuveiros do vestiário do CFZ funcionaram. Todos esses episódios serviram para aumentar o clima de insatisfação.
Roberto Dinamite concederá entrevista coletiva na tarde desta terça-feira, em São Januário. O presidente falará sobre o atual panorama político do clube, sobre as questões financeiras e deverá abordar a transformação de São Januário, que será reconstruído para sediar os jogos de rúgbi dos Jogos Olímípicos de 2016.FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/vasco/noticia/2012/10/nos-salarios-e-no-dia-dia-crise-financeira-mina-animo-do-vasco.html
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