A bola bate no bloqueio rival e volta quase aos seus pés. Gabi olha para o chão, balança a cabeça e lamenta. Na jogada seguinte, volta a receber na ponta, se vê diante do mesmo paredão russo e muda seu jeito de atacar, encobrindo as rivais. Naquele momento, a feição se transforma. O sorriso é de satisfação, como se o ponto servisse de garantia de que o caminho tem sido percorrido de forma correta.
Aos 19 anos, Gabi tem mostrado segurança em seus primeiros passos com a seleção adulta. Não é que não haja o medo de errar. Se o ataque não encaixa, a ponteira não se intimida. Foi assim contra Polônia e Rússia, em sua estreia como titular em uma competição de peso. Neste domingo, às 10h, a jogadora terá mais um desafio e tanto à sua frente. A seleção encara os Estados Unidos na Arena Concórdia, em Campinas, na última partida da primeira etapa do Grand Prix. A TV Globo transmite o jogo, e o GLOBOESPORTE.COM acompanha todos os lances em Tempo Real.
Gabi sabe ter dado apenas os primeiros passos com a camisa da seleção. Mas foram passos dados com segurança, diante de rivais de peso. Contra os Estados Unidos, a novata espera confirmar sua evolução em quadra.
- Acho que partidas difíceis como essa (contra a Rússia) me dão mais experiência, bagagem. Os jogos mais difíceis ajudam mais. E, contra os EUA, vai ser um jogo muito difícil. Até mais do que esses que jogamos. Nós temos de estar preparadas e começar bem desde o início – disse a ponteira.
Até aqui, a pupila tem agradado. Justamente pelo fato de tentar e não se abater com o erro. O técnico José Roberto Guimarães cerca Gabi de elogios a cada jogo. Contra a Rússia, a ponteira terminou como a terceira maior pontuadora da equipe, com 13 pontos. Após o jogo, o treinador ressaltou o bom desempenho da jogadora.
- Foi a primeira vez que a Gabi jogou contra o time adulto da Rússia. E é sempre difícil jogar contra elas, são jogadoras extremamente altas, com o bloqueio pesado, principalmente quando estoura o passe. É complicado. Mas ela se saiu muito bem. O que me impressiona na Gabi é que ela não respeita, no bom sentido. Ela não se intimida. Ela vai para cima. Ela erra uma, e na próxima vai mais forte, trabalha a boa. É uma jogadora aplicadíssima taticamente. Ela presta muita atenção no jogo, nas coisas que são ditas pelo time e pela comissão técnica. O comportamento dela é muito baseado na estratégia do jogo. Ela, com 19 anos, tem o discernimento tático fora do comum. Ela não está nem aí, ela quer jogar. E isso é ótimo. Joga com alegria, felicidade.
Zé conta com Gabi para o desafio mais complicado da seleção até aqui. Assim como o Brasil, seu algoz em Londres, os Estados Unidos encaram uma renovação da equipe que disputou a última final olímpica. Somente duas jogadoras estavam no grupo, sendo que apenas a líbero Tamari Miyashiro é titular (Christa Harmotto tem sido reserva). Mas, contra Rússia e Polônia, as americanas já deram provas de que o time não perdeu força.
- Elas são muito mais aplicadas taticamente do que os outros times. Elas têm um padrão dea ajuda no bloqueio, de defesa, de posicionamento. De lucidez para atacar, não arriscam qualquer bola. Isso é uma escola que foi criada nos EUA e temos de tirar o chapéu para elas. Não sei de onde vem tanta jogadora boa. Essa canhota que chegou agora é um avião de jogadora. Para mim, vai ser um dos grandes favoritos ao título em 2016. É um time que ainda vai se completar com a Hooker, a Akinradewo. Minha preocupação é grande (risos) – disse o técnico.
Os Estados Unidos têm levado vantagem nos duelos contra o Brasil em Grand Prix. As americanas foram campeãs nas últimas três edições, derrubando a equipe de Zé Roberto na final. O treinador, no entanto, não acredita que a seleção tenha uma rivalidade acirrada contra as rivais deste domingo. Segundo ele, o jogo contra os EUA sempre é disputado na bola, ao contrário dos duelos contra Cuba e Rússia, marcados pela provocação.
- A rivalidade nossa não é com os EUA. É mais com Cuba. Teve essa questão de jogos importantes, mas foram fatos do jogo. Nunca houve um bate-boca, nem brigas. Há um respeito muito grande. Com a Rússia, começou essa coisa que já vem se arrastando. Não vai levar a lugar nenhum – disse o treinador.
Após a partida contra o Brasil, Rússia e Polônia fazem a última partida da chave em Campinas. A seleção de Zé Roberto, que soma cinco pontos até aqui, viaja na próxima semana para Porto Rico, para a segunda etapa do Grand Prix. Lá, as brasileiras enfrentam as donas da casa, a Bulgária e a República Dominicana.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2013/08/no-embalo-da-destemida-gabi-brasil-encara-eua-para-fechar-etapa-invicto.html
Aos 19 anos, Gabi tem mostrado segurança em seus primeiros passos com a seleção adulta. Não é que não haja o medo de errar. Se o ataque não encaixa, a ponteira não se intimida. Foi assim contra Polônia e Rússia, em sua estreia como titular em uma competição de peso. Neste domingo, às 10h, a jogadora terá mais um desafio e tanto à sua frente. A seleção encara os Estados Unidos na Arena Concórdia, em Campinas, na última partida da primeira etapa do Grand Prix. A TV Globo transmite o jogo, e o GLOBOESPORTE.COM acompanha todos os lances em Tempo Real.
Gabi sobe para encobrir o bloqueio russo (Foto: Alexandre Arruda/CBV)
- Acho que partidas difíceis como essa (contra a Rússia) me dão mais experiência, bagagem. Os jogos mais difíceis ajudam mais. E, contra os EUA, vai ser um jogo muito difícil. Até mais do que esses que jogamos. Nós temos de estar preparadas e começar bem desde o início – disse a ponteira.
Até aqui, a pupila tem agradado. Justamente pelo fato de tentar e não se abater com o erro. O técnico José Roberto Guimarães cerca Gabi de elogios a cada jogo. Contra a Rússia, a ponteira terminou como a terceira maior pontuadora da equipe, com 13 pontos. Após o jogo, o treinador ressaltou o bom desempenho da jogadora.
- Foi a primeira vez que a Gabi jogou contra o time adulto da Rússia. E é sempre difícil jogar contra elas, são jogadoras extremamente altas, com o bloqueio pesado, principalmente quando estoura o passe. É complicado. Mas ela se saiu muito bem. O que me impressiona na Gabi é que ela não respeita, no bom sentido. Ela não se intimida. Ela vai para cima. Ela erra uma, e na próxima vai mais forte, trabalha a boa. É uma jogadora aplicadíssima taticamente. Ela presta muita atenção no jogo, nas coisas que são ditas pelo time e pela comissão técnica. O comportamento dela é muito baseado na estratégia do jogo. Ela, com 19 anos, tem o discernimento tático fora do comum. Ela não está nem aí, ela quer jogar. E isso é ótimo. Joga com alegria, felicidade.
Zé Roberto prevê uma partida difícil contra os Estados Unidos (Foto: Divulgação/FIVB)
- Elas são muito mais aplicadas taticamente do que os outros times. Elas têm um padrão dea ajuda no bloqueio, de defesa, de posicionamento. De lucidez para atacar, não arriscam qualquer bola. Isso é uma escola que foi criada nos EUA e temos de tirar o chapéu para elas. Não sei de onde vem tanta jogadora boa. Essa canhota que chegou agora é um avião de jogadora. Para mim, vai ser um dos grandes favoritos ao título em 2016. É um time que ainda vai se completar com a Hooker, a Akinradewo. Minha preocupação é grande (risos) – disse o técnico.
Os Estados Unidos têm levado vantagem nos duelos contra o Brasil em Grand Prix. As americanas foram campeãs nas últimas três edições, derrubando a equipe de Zé Roberto na final. O treinador, no entanto, não acredita que a seleção tenha uma rivalidade acirrada contra as rivais deste domingo. Segundo ele, o jogo contra os EUA sempre é disputado na bola, ao contrário dos duelos contra Cuba e Rússia, marcados pela provocação.
- A rivalidade nossa não é com os EUA. É mais com Cuba. Teve essa questão de jogos importantes, mas foram fatos do jogo. Nunca houve um bate-boca, nem brigas. Há um respeito muito grande. Com a Rússia, começou essa coisa que já vem se arrastando. Não vai levar a lugar nenhum – disse o treinador.
Após a partida contra o Brasil, Rússia e Polônia fazem a última partida da chave em Campinas. A seleção de Zé Roberto, que soma cinco pontos até aqui, viaja na próxima semana para Porto Rico, para a segunda etapa do Grand Prix. Lá, as brasileiras enfrentam as donas da casa, a Bulgária e a República Dominicana.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2013/08/no-embalo-da-destemida-gabi-brasil-encara-eua-para-fechar-etapa-invicto.html