Esporte
No dia em que o homem pisou na lua, Bellini deixou os campos pelo Furacão
Ex-zagueiro, bicampeão mundial, defendia o Atlético-PR no empate com o Coritiba, pelo Campeonato Paranaense, na sua despedida dos gramados em 1969
Por GloboEsporte.comCuritiba
No dia 20 de julho de 69, Bellini pendurava as chuteiras pelo Atlético-PR (Foto: Agência Estado)
O dia 20 de julho de 1969 está eternizado por ter sido a data da chegada do homem à lua. E, enquanto o mundo parava para ver Neil Armstrong fazer história pisando em solo lunar pela primeira vez, um jogador também parou o mundo do futebol no dia em que encerrava sua história nos gramados. E os paranaenses presenciaram.
Bellini, capitão da Seleção no título de 1958 e bicampeão mundial em 1962, disputava, com a camisa do Atlético-PR, sua última partida oficial. Ele, que sofria de Mal de Alzheimer, morreu na quarta-feira e será enterrado no sábado.
Naquele 20 de julho de 1969, o ex-zagueiro defendeu o Rubro-Negro no clássico contra o Coritiba pelo Campeonato Paranaense. Apesar da presença do capitão, o jogo, disputado no Estádio Joaquim Américo, onde localiza-se atualmente a Arena da Baixada, terminou empatado sem gols. Na oportunidade, o Coxa já tinha conquistado o título de forma antecipada. O Atlético-PR, por outro lado, terminou a competição no modesto quinto lugar.
Encerrado o tempo regulamentar, 0x0, as equipes juntas aplaudiram o craque que, tirando a camisa mas conservando-a na mão, deu uma volta inteira no campo
trecho do livro:“Clube Atlético Paranaense: uma paixão eterna”
O livro "Clube Atlético Paranaense: uma paixão eterna" de Heriberto Ivan Machado e Valéria Hoerner Júnior, conta que Bellini recebeu aplausos de todos os jogadores do Atletiba no momento de sua despedida e que se emocionou muito.
“Encerrado o tempo regulamentar, 0x0, as equipes juntas aplaudiram o craque que, tirando a camisa mas conservando-a na mão, deu uma volta inteira no campo. Muitos viram as lágrimas fartas correrem-lhe pelo rosto, iguais às dos torcedores que, gratos por terem tido Bellini por dois anos, aplaudindo, não tinham vergonha do pranto que choravam”, cita o livro.
A história de Bellini com o Atlético-PR começou em 1968, um ano antes de o capitão se aposentar. Ele chegou ao clube a convite do então presidente do Atlético-PR Jofre Cabral e Silva, que trouxe para o time nomes consagrados do futebol como Djalma Santos, Sicupira, Nilson Borges, Zequinha, além de Bellini, que já havia construído sua história de glórias no Vasco da Gama e na Seleção Brasileira.
Quando chegou ao Atlético-PR, Bellini tinha quase 38 anos e, mesmo consagrado internacionalmente, sempre foi um exemplo de humildade. O eterno capitão comandou a zaga atleticana no Campeonato Paranaense, mas não conseguiu um título pelo rubro-negro. Por outro lado, o Atlético-PR angariou muitos torcedores orgulhosos por terem em seu time o bicampeão mundial.
O Atlético-PR publicou nota de condolências a todos os amigos e familiares de Bellini.
Bellini, o terceiro de pé da esquerda para a
direita, se despediu em um Atletiba
(Foto:Divulgação/Site oficial do
Atlético-PR)
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/atletico
-pr/noticia/2014/03/no-dia-em-que-o-homem-pisou
-na-lua-bellini-deixou-os-campos-pelo-furacao.html
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