Nunca, desde 63, quando conquistou o bicampeonato, o Santos esteve tão perto de conquistar a América novamente. Em 2003, levou logo um 2 a 0 no jogo de ida, em Buenos Aires, e não conseguiu virar sobre o Boca no Morumbi: perdeu também na volta, por 3 a 1. A situação agora é diferente. No primeiro confronto contra o Peñarol, quarta-feira passada, no estádio Centenário, em Montevidéu, 0 a 0. Em caso de novo empate, prorrogação. Persistindo a igualdade, pênaltis. Na final, não há a regra do gol qualificado. Assim, o Peñarol não levará vantagem em caso de empate com abertura de placar.
Com duas taças da Libertadores na sala de trofeús, Santos tem espaço para a terceira, que pode ser conquistada nesta quarta-feira, no Pacaembu (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Peñarol: chamado no Uruguai de El Campeón Del Siglo (o Campeão do Século), a equipe aurinegra é uma das mais vitoriosas da história do futebol. Tem cinco títulos de Libertadores e três mundiais. Uma vitória sobre o Santos consolidaria a retomada do clube carbonero, que viveu um período de ostracismo nos últimos anos, e do próprio futebol uruguaio, que voltou a mostrar sua força com a quarta colocação na Copa do Mundo do ano passado.
Peñarol: sem problemas de lesão ou suspensão, o técnico Diego Aguirre deverá mandar a campo a mesma escalação da partida de Montevidéu. Olivera, que vinha sentindo dores no ombro, está liberado e formará dupla de ataque com Martinuccio. A escalação: Sosa, González, Valdéz, Guillermo Rodríguez e Darío Rodríguez; Corujo, Aguiar, Freitas e Mier; Martinuccio e Olivera.
Santos: Paulo Henrique Ganso volta ao time após 45 dias afastado por causa de uma lesão na coxa direita, que sofreu durante o primeiro jogo da final do Paulistão, contra o Corinthians, dia 8 de maio, no Pacaembu. Considerado o maestro alvinegro, o camisa 10 andou fazendo muita falta ao time, que apresentou dificuldades para armar jogadas em alguns jogos. A esperança dos santistas é que o jogador, com seu toque de classe, faça o Peixe andar bem e em direção ao gol.
Peñarol: Martinuccio não foi bem no primeiro jogo. Anulado por Adriano, o camisa 10 da equipe carbonera praticamente não pegou na bola em Montevidéu. Mesmo assim, continua sendo a esperança de gols e boas jogadas de sua equipe. O técnico Diego Aguirre acredita que seu principal armador terá mais espaços no Pacaembu, já que o Santos deverá buscar mais o ataque.
Muricy Ramalho, técnico do Santos: "Se pegarmos o histórico, o Peñarol é um time muito perigoso fora de casa (conquistou todas as suas cinco Libertadores longe de Montevidéu e obteve classificação nos mata-matas desta edição sempre decidindo na casa dos adversários). Estamos todos bem conscientes disso. Vai ser um jogo bem duro, mas não vamos mudar nossa maneira de jogar."
Diego Aguirre, técnico do Peñarol: "Vai ser difícil para a nossa equipe, pois o Santos tem muitos craques. Mas o Peñarol já mostrou ao longo de sua trajetória que é um time forte, de camisa e que está acostumado a vencer."
* A decisão de 1962, entre Santos e Peñarol, precisou ser disputada em três jogos. No primeiro, em Montevidéu, vitória santista por 2 a 1. Na volta, na Vila Belmiro, os uruguaios venceram por 3 a 2. A finalíssima foi disputada em campo neutro: o estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires. O Peixe venceu por 3 a 0.
* Esta é a quinta vez que o título da Taça Libertadores é decidido entre brasileiros e uruguaios. Por enquanto, empate: 1961: Peñarol x Palmeiras (1x0 e 1x1); 1962: Santos x Peñarol (2x1; 2x3 e 3x0); 1980: Nacional x Internacional (0x0 e 1x0); 1983: Grêmio x Peñarol (1x1 e 2x1).
* Computando apenas jogos de Libertadores, Santos e Peñarol se enfrentaram sete vezes, com três vitórias para cada equipe e um empate (quarta-feira passada). No geral, foram 21 jogos, com sete vitórias uruguaias, cinco empates e nove vitórias santistas.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/libertadores/noticia/2011/06/neymar-ganso-e-seus-parcas-um-passo-da-gloria-o-tri-da-libertadores.html