Ney reconhece superioridade do Cruzeiro, mas diz: “Não faltou entrega”

A superioridade do Cruzeiro na partida diante do Vitória, neste domingo, no Barradão, foi indiscutível. Os mineiros tiveram bom volume de jogo, empilharam chances e chegaram ao único gol do jogo com Dedé, que venceu o goleiro Wilson e marcou de cabeça no 2º tempo. A derrota põe fim à sequência de três jogos de invencibilidade do Rubro-Negro no Campeonato Brasileiro. Do outro lado, a equipe celeste encerra uma sequência de três derrotas consecutivas e segue na liderança da competição.

- Eu acho que a equipe vem se entregando nos jogos. Eles foram superiores, e essa superioridade ficou clara. Mas ficou claro também que não faltou entrega da nossa parte; compromisso com o jogo. Novamente, pegamos o Cruzeiro em um momento de definição e perdemos em função da força dessa equipe – diz.


Com a derrota, o Vitória permanece com 31 pontos, na 16ª posição, fora da zona do rebaixamento. O próximo compromisso do time de Ney Franco está marcado para esta quarta-feira, contra o Corinthians, na Arena Pantanal.

Confira outros trechos da entrevista de Ney Franco.


- Tenho que voltar ao jogo de quinta [contra o Nacional de Medelim, pela Sul-Americana] para explicar a substituição. Foi uma partida desgastante. Em cima dela, a gente teve um problema de última hora, que foi a indisposição do Vinícius. Com isso, tivemos que mudar a estrutura do time em campo. A saída do Luiz se deu porque ele estava desgastado, vem de uma sequência de jogos enorme, assim como Nino e Mansur. Até por conta disso, ele estava começando a chegar atrasado nos lances, já tinha amarelo, e o Cruzeiro estava entrando pelo meio. Acho que, quando o Marcinho foi para trás, melhorou isso. O gol não teve nada a ver com a saída do Luiz.

- Juan é um jogador que a gente tem o histórico, sabe que é um bom jogador. Não só Juan, como outros jogadores, a gente tem a expectativa de recuperar o atleta. O treinador tem o direito de definir uma formação de acordo com o que acha melhor para a equipe. Em função do jogo passado, que foi muito intenso, preferimos dar uma segurada no Mansur, e o Juan jogou por esse motivo. A opção é em cima das situações que a gente tem. Claro que vocês podem avaliar os meus critérios. Mas, se ele joga com o nome, quem pensa assim está errado.


- São dois jogadores de velocidade. Os dois entraram e não conseguiram usar isso em cima da defesa do Cruzeiro. A gente tinha um propósito, mas não conseguimos furar o bloqueio. Quando se perde, tem que dar o questionamento por um ou outro jogador. Marcos e William já entraram bem em umas partidas, em outras não. Mas são dois bons jogadores. A derrota foi conjunta. O Cruzeiro, hoje, foi o senhor da partida, principalmente no primeiro tempo. Acho que as mudanças do segundo tempo
melhoraram um pouco o time, embora não tenhamos conseguido vencer o jogo.