Vasco terá concorrência para manter Nenê na Série B (Foto: André Durão / GloboEsporte.com)
Em números, isso significa que muita grana deixa de entrar no clube. Ainda mais numa crise financeira que provoca estragos em investimentos e investidores no país. Em 2014, por exemplo, o Vasco faturou R$ 4 milhões a menos com receitas de bilheteria. Com marketing, menos R$ 8 milhões. Na receita bruta do futebol, a diferença foi de menos R$ 31 milhões em dividendos para o clube de São Januário - tudo isso levando em conta os balanços financeiros vascaínos, que ainda não passaram por votação no Conselho Deliberativo do clube.
Fora da análise fria dos números, há preocupação quanto à formação de uma equipe. Nenê termina o ano valorizado. Aos 34 anos, ressurgiu no Vasco. O salário do jogador é alto - mais de R$ 200 mil - e o jogador tem contrato de mais um ano, mas a permanência, com a concorrência de outros clubes brasileiros, não será simples. Caso semelhante deve passar Jorge Henrique, que se não rendeu tanto, também tem vencimentos mais altos e pode negociar saída.
O terceiro rebaixamento do Vasco também pode desencadear a despedida de Luan da Colina. O jogador de 22 anos, que já estava no time em 2013, na segunda queda, trocou de empresário - agora trabalha com Carlos Leite e Bira - e desperta interesse de times europeus e até do campeão brasileiro Corinthians. Dos poucos que se salvaram durante todo o ano, o goleiro Martín Silva ainda tem mais dois anos de contrato e deve ficar.
Patrocínios em xeque
Nesta segunda-feira, quando o presidente Eurico Miranda vai dar coletiva de imprensa, está prevista reunião entre membros do departamento de futebol profissional e dirigentes da base. A ideia é definir quais pratas da casa devem servir ao elenco para o Carioca de 2016, a Copa do Brasil e a Série B. Havia expectativa de que, com a confirmação do time na Segundona, a base servisse ainda mais ao profissional. Jogadores jovens, de 17 anos, com bagagem de seleções inferiores, como o meia-atacante Evander e os meias Matheus Índio, Andrey e Mateus Pet, que fez sua estreia no último jogo da temporada, devem ficar em definitivo no plantel de cima.
Com orçamento menor, a folha salarial do futebol, que já não era alta - girava em torno de R$ 3 milhões -, vai diminuir. E os reforços também devem ser modestos. O lateral-direito Yago Picachu, jogador do Paysandu, era um dos jogadores na mira da diretoria, mas os representantes do atleta condicionavam o sucesso da transferência à permanência do clube na Primeira Divisão.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/vasco/noticia/2015/12/nao-e-siberia-mas-uma-fria-receita-do-vasco-caiu-r-28-milhoes-na-serie-b.html