O ansioso blogueiro mereceu uma réplica de bom tamanho:
PH,
Tudo que vc. diz pode acontecer, mas também pode não acontecer. Minha posição tem a ver com as ruas, mas acho que chego lá de outro jeito.
Tenho a impressão de que a hipótese se, se, se, a Dilma renunciasse, convocando um plebiscito, embute dois riscos: ser visto pelos apoiadores que estão na rua o tempo todo, e que não sejam os disciplinados militantes do PCdoB (bravo e resistente PCdoB, mas que, nesta matéria, acredito estar equivocado) como uma concessão decepcionante e inaceitável; eles pedem “primeiramente, fora Temer", depois a gente vê.A derivada disso é “não tem arrego”, continuar o escracho e a desobediência civil até o Temer renunciar. É o governo Temer que é ilegítimo e, por isso, quem deve renunciar; nesse caso, consta da Constituição que o STF convoca novas eleições, se a renúncia ocorrer nos dois primeiros anos; caso contrário, o Congresso (ou só a Câmara, preciso voltar ao artigo constitucional) indica um presidente para completar o mandato, obviamente para conduzir os negócios do dia a dia do governo e, não, como esse usurpador está fazendo, destruindo uma ideia de País.Não havendo a renúncia, o governo chegará a 2018 completamente desmoralizado, ele e todos os aécios, serras e alckmins.O outro risco é a iniciativa ser interpretada pelo povo nas ruas como abandono da legalidade constitucional, e sancionando a rua como fonte legítima para mudanças na Constituição.Parece-me imprudente considerar o que a Dilma pode ou não fazer como “formalismo constitucional”.Toda vez que a esquerda desconsiderou o formalismo e tentou apressar as coisas, ferrou-se.Quem consegue às vezes obter sucesso em tais manobras é a reação, haja vista o golpe que combatemos.Grande e amicissimo abraço