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A tortura, enfim, acabou. Um dos principais nomes do vôlei brasileiro, Murilo está comemorando o fim da difícil temporada distante da seleção. O ponteiro de 33 anos não fazia parte do grupo verde e amarelo há mais de um ano para cuidar de uma lesão no ombro direito. Recuperado, embora ainda não 100%, o marido de Jaqueline agora corre contra o tempo no Centro de Desenvolvimento do Vôlei, em Saquarema, para disputar em alto nível a Liga Mundial, a partir do próximo dia 23.
- Realmente a gente dá valor quando fica sem. Ficar fora da seleção o ano passado para mim foi uma tortura, mas era necessário. Então, estou dando valor a cada treino, a cada dia que eu passo aqui em Saquarema. Estou aproveitando cada minuto do dia a dia com os companheiros e tudo isso que às vezes a gente reclama um pouco, como as viagens, o cansaço. Estou deixando tudo de lado e aproveitando – contou.
Murilo volta a treinar com a seleção
brasileira após longa temporada
distante (Foto: Alexandre Arruda / CBV)
Desde 2003, Murilo não sabia o que era passar uma temporada inteira longe da seleção brasileira. Dez anos depois, porém, a parada foi inevitável. Depois de adiar algumas vezes, o jogador do Sesi teve de passar por uma cirurgia no ombro direito, em maio, para curar de vez uma lesão crônica. Desde então, ficou longe das competições internacionais e mal pôde ajudar seu time na reta final da Superliga. O único breve contato que teve com a seleção foi em novembro, quando foi convidado por Bernardinho para participar de alguns treinos com o Brasil antes da Copa dos Campeões, disputada no Japão.
Murilo ainda evita forçar muito o ombro direito (Foto: Alexandre Arruda / CBV)
- Ainda não está 100% (o ombro). Ele ainda me incomoda um pouco. Já melhorou bastante, a cada semana eu sinto uma evolução boa. Mas ele ainda me incomoda quando tenho que dar um ataque muito forte. Então, tenho até controlado um pouco o meu movimento para não ficar agredindo. A Liga Mundial é importante, mas o Mundial é o nosso principal objetivo. Não adianta eu exagerar no início e não estar bem para o Mundial – explicou.
Jaqueline e Murilo com o filho Arthur, de apenas quatro meses (Foto: Marcos Ribolli)
- A responsabilidade é maior. O fato dele estar aqui é importante para mim e para a Jaque, porque nós não ficamos tão preocupados. Por mais que a gente treine e respeita os horários de descanso, a gente fica com ele à tarde e à noite antes do dormir. Mudou também um pouco o modo como os jogadores me veem, assim como eu via os caras de 2004. A maioria tinha filho, vinha todo mundo para cá. Então, eu os via de uma maneira diferente e acredito que agora essa molecada mais nova me veja como “Murilo, o pai do Arthur”. Acho que isso mudou bastante. Virei o pai do Arthur - brincou.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2014/05/murilo-controla-movimentos-na-volta-selecao-mas-festeja-fim-de-tortura.html