Placa publicitária com Guerrero em Lima, no Peru
(Foto: Marcelo Hazan / Globoesporte.com)
(Foto: Marcelo Hazan / Globoesporte.com)
“El Depredador”, apelido do atacante por conta de um penteado rastafári usado em 2004, quando atuava no Bayern de Munique, numa referência ao monstro do filme “Predador”, já era bem conhecido no país. Seu nome passou a ser mais comentado em 2011, quando foi o artilheiro da Copa América da Argentina pela seleção peruana, com cinco gols – a equipe terminou a competição em terceiro lugar. Mas nada se compara ao que ocorre no momento.
Ídolo cotado a embaixador
Pouco mais de cinco meses no Corinthians deram uma visibilidade nunca antes vista a Guerrero. Julio Rivera, irmão por parte de mãe do jogador, confessa que em um primeiro momento não gostou da ideia de ver o parente atuando no Timão. Na sua cabeça, o melhor para Paolo seria continuar na Europa, onde atuou por dez anos na Alemanha, entre Bayern de Munique e Hamburgo.
Após conversar com Paolo, Julio diz que a escolha do irmão se deu por dois motivos. Financeiramente foi vantajoso, já que o peruano saiu do Hamburgo rumo ao Corinthians para ganhar mais. Mas o principal fator foi a possibilidade de jogar o Mundial de Clubes, vitrine para todo o planeta. Valorizado pelos dois gols de cabeça marcados contra Al Ahly, do Egito, na semifinal, e Chelsea, na decisão, ele agora está na mira de gigantes europeus, inclusive do próprio rival da final. Hoje, Julio reconhece que a opção foi muito acertada.
Guerrero é a estrela da seleção do Peru, oitava colocada nas Eliminatórias para 2014 (Foto: AFP)
O pré-requisito para entrar no time de estrelas é a qualidade. O objetivo é divulgar a imagem do país para o mundo. Por isso, o próprio Ministro de Comércio Exterior e Turismo do Peru, José Luis Silva, admitiu para a imprensa local a possibilidade de Guerrero integrar o seleto grupo. Caso isso se confirme, o irmão Julio reconhece que será um grande orgulho para toda a família.
Independentemente disso, Guerrero já está no mundo da publicidade. Em diversas farmácias de Lima é possível ver um banner com sua imagem associada à de uma marca de remédios. Ou seja, a "Guerreromania" é uma realidade.
Paolo Guerrero na capa dos jornais peruanos
(Foto: Marcelo Hazan / Globoesporte.com)
(Foto: Marcelo Hazan / Globoesporte.com)
Nessa onda de idolatria, natural que surgissem os sósias, como ocorre com Neymar no Brasil. O principal de Guerrero se chama Luis Farías, tem 24 anos e é centroavante da Liga de Collique, time amador que joga a “Liga Distrital”, equivalente a um campeonato municipal no Brasil.
Não à toa seu apelido é o “clone”, dado pela imprensa local. Farías foi descoberto após uma partida televisionada de sua equipe, quando chamou a atenção pela semelhança de estilo dentro e fora de campo com Guerrero. Na Copa Peru, ele marcou 12 gols, mostrando faro de artilheiro parecido com o de Paolo, que já balançou a rede oito vezes em 17 partidas pelo Timão.
Diferentemente do original, ele não tem tatuagens, mas promete fazer uma, caso o Peru se classifique para a Copa do Mundo de 2014, no Brasil – atualmente, a seleção ocupa a oitava posição com oito pontos, quatro a menos do que a Venezuela, última classificada neste momento.
- As crianças sempre me param pedindo fotos e autógrafos. Fiquei muito feliz com o gol dele no Mundial. Acordei 5h30 para ver o jogo (por conta do fuso horário de três horas em relação ao horário de Brasília). Por causa dele, agora torço para o Corinthians. Meu sonho é conhecê-lo pessoalmente – diz o “clone”.
O dele e de milhares de peruanos.
Luis Farias, o sósia do corintiano Guerrero no Peru. Parece? (Foto: Marcelo Hazan / Globoesporte.com
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/corinthians/noticia/2012/12/imitado-amado-quase-embaixador-guerreromania-no-peru.html