Antes baqueada pelas críticas, a equipe comandada por Jordi Roura chegará às quartas de final embaladíssima. De quebra, receberá nas próximas semanas Tito Vilanova, ausente por longo período para tratar a recaída em seu tumor nos Estados Unidos. O adversário será conhecido através de um sorteio na manhã da próxima sexta-feira, com transmissão ao vivo do GLOBOESPORTE.COM - times como Real Madrid, Bayern de Munique e Juventus podem parar no caminho dos catalães.
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Ao Milan, resta focar a sua temporada no Campeonato Italiano. Com 51 pontos, os Rossoneros estão atualmente na terceira posição, a última que dá uma vaga justamente na próxima edição da Champions. No torneio nacional, o time pode contar com Mario Balotelli, grande contratação do clube e ausente nos confrontos diante do Barça por já ter defendido o Manchester City na fase de grupos.- Em dia de coadjuvantes, Galatasaray bate Schalke e avança na Champions
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Messi como Messi
Desta vez não foram apenas os 72% de posse de bola, já habituais quando o Barcelona está em campo. Por trás dos números, o que se viu no primeiro tempo no Camp Nou foi um time aguerrido, com sangue nos olhos, faca entre os dentes e lutando por cada bola para provar que as críticas nas últimas semanas foram injustas. Fato é que em poucos minutos já era possível perceber a mudança de atitude dos catalães, refletida inclusive no placar.
Torcida do Barça fez a sua parte antes e durante o confronto (Foto: AFP)
Foi assim aos cinco, quando Xavi e Messi tabelaram até que o craque argentino, nos primeiros centímetros da grande área e cercado por seis adversários, encontrou espaço para colocar a bola no ângulo de Abbiati. A resposta no campo empolgou a já animada torcida blaugrana, que transformou-se em mais um marcador na busca da tão comentada "remontada".
Virar o confronto era praticamente um dever, mas o Barcelona sabia que do outro lado estava um time que não havia perdido um jogo sequer em 2013 - e também dono de sete títulos da própria Liga dos Campeões. Na base do contra-ataque, o Milan aos poucos foi descobrindo os mínimos espaços disponíveis. Parecia simples, uma vez que Barça só não sofreu gol em apenas um de seus últimos 14 jogos. Aos sete, El Shaarawy recebeu lançamento de Boateng, mas concluiu mal.
Milan para na trave e é punido
Iniesta roubou a bola de Ambrosini no lance do segundo gol de Messi (Foto: AFP)
Se um gol àquela altura praticamente definiria o confronto - obrigando o Barça a marcar três vezes, mas sob pressão mais forte -, o lance acabou se transformando numa punição aos visitantes. A reação ao perigo veio com um chute forte e rasteiro de Lionel Messi após vacilo de Ambrosini na saída de bola. Iniesta serviu para que o camisa 10 marcasse o seu segundo no jogo e o 58º na história da competição, deixando o holandês Ruud van Nistelrooy (56) para trás e se aproximando ainda mais do ídolo merengue Raúl González (71).
O resultado, em tese, ainda poderia ter sido maior caso o árbitro Viktor Kassai resolvesse assinalar pênalti após o empurrão de Abate em Pedro, aos 11 minutos. Ou, no lance seguinte, se a bomba de Iniesta, de fora da área, tocasse nas mãos de Abbiati e furasse a rede - e não carimbasse o travessão, como aconteceu. O goleiro italiano também teve influencia direta aos 16, quando espalmou chute de Xavi de longe.
Mesmo cercado por seis, Messi arrumou espaço para marcar: noite decisiva do argentino (Foto: AP)
O tempo e o jogo já estavam a favor, mas o Barcelona fazia questão de buscar os quatro gols que lhe dariam alguma tranquilidade. O terceiro não custaria a sair. Primeiro, aos dois, Messi deu o sinal ao receber presente de Constant e finalizar para a defesa de Abbiati. Mas aos dez não houve jeito: David Villa, livre após lindo passe de Xavi, escolheu o canto e saiu para comemorar.
Em desvantagem, o Milan enfim abandonou sua vocação defensiva para tentar o gol salvador. Robinho, Muntari e Bojan foram a campo até os 30 da etapa final, mas o fato é que chegar à área rival parecia uma missão para poucos. Aos 36, Robinho conseguiu e, com um cruzamento rasteiro, encontrou Bojan. Puyol travou e impediu que a revelação de La Masía calasse o Camp Nou.
No fim, aos 47, ainda houve tempo para que o Barcelona selasse sua noite mágica com mais um gol após apenas quatro toques na bola. Sánchez escapou pela direita, recebeu passe de Messi e cruzou na medida para Jordi Alba invadir a área, dominar e tocar na saída de Abbiati: um 4 a 0 para ninguém esquecer.
Valdés, Dani Alves, Piqué, Mascherano (Puyol) e Alba; Busquets, Xavi e Iniesta; Pedro (Adriano), Messi e Villa (Sánchez). | Abbiati, Abate, Zapata, Mexès e Constant; Montolivo, Ambrosini (Muntari) e Flamini (Bojan); El Shaarawy, Niang (Robinho) e Boateng. |
Técnico: Jordi Roura. | Técnico: Massimiliano Allegri. |
Gols: Messi, aos cinco e quarenta minutos do primeiro tempo; David Villa, aos dez, e Jordi Alba, aos 47 minutos do segundo tempo. | |
Cartões amarelos: Flamini, Boateng, Mexès (Milan); Pedro (Barcelona). | |
Estádio: Camp Nou (ESP). Data: 12/03/2013. Árbitro: Viktor Kassai (HUN). FONTE: http://globoesporte.globo.com/futebol/liga-dos-campeoes/noticia/2013/03/messi-faz-dois-barcelona-renasce-e-elimina-o-milan-com-show-e-goleada.html |