Medina, Mineirinho e Filipe Toledo vão às quartas de final na etapa de Trestles
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Medina, Mineirinho e Filipe Toledo vão às quartas de final na etapa de Trestles


Atual campeão, líder do ranking e morador do local vencem suas baterias da quarta fase e seguem com tudo na briga pelo título da competição nas ondas da Califórnia



Por
Trestles, EUA

  1. baterias da segunda fase (repescagem)
  2. baterias da terceira fase
  3. baterias da quarta fase
  4. baterias da quinta fase
  5. baterias das quartas de final

O Brazilian Storm entrou com seis representantes na quarta fase da etapa do Circuito Mundial de 2915 e se encarregou do espetáculo em Trestles, na Califórnia. O país garantiu neste sábado quatro brasileiros nas quartas de final da oitava de 11 paradas do Tour, nos Estados Unidos. Além das vitórias de Adriano de Souza, Gabriel Medina e Filipe Toledo, Wiggolly Dantas venceu Italo Ferreira e também avançou.

Nas quartas, que devem acontecer na segunda-feira, Filipinho vai encarar o australiano Joel Parkinson, Mineirinho fará um duelo 100% brasileiro com Wiggolly, os "aussies" Mick Fanning e Adrian Buchan duelarão na bateria 3, e Gabriel Medina enfrentará o americano Nat Young.

Adriano de Souza quarta fase Trestles surfe (Foto: Divulgação/WSL)
Líder do ranking, Adriano de Souza executa 
aéreo durante sua vitória na quarta fase 
(Foto: Divulgação/WSL)


Em um dia de condições desafiadoras, Miguel Pupo, Italo e Toledo abriram as disputas com uma bateria eletrizante do início ao fim, provando por que o Brasil é apontado como uma das maiores potências do esporte. Surfando em seu quintal de casa, Filipinho, que trocou no ano passado Ubatuba (SP) por San Clemente, na Califórnia, onde fica o pico de Trestles, deu um show de aéreos e mesclou uma boa variedade de manobras para vencer os compatriotas e avançar às quartas de final. Quem também tem motivos de sobra para comemorar é Adriano de Souza. Líder do ranking, Mineirinho venceu uma dura batalha contra Wiggolly e Joel Parkinson, evitando a virada de Guigui por 10 décimos: 13.10 a 13.00. Medina foi cirúrgico e precisou de apenas duas ondas para desbancar Kelly Slater e Owen Wright.

- Somos muito amigos, mas somos apaixonados pelo nosso esporte e pelo nosso trabalho. Se o Italo ou o Miguel vencessem, eu ficaria muito triste. Estou no top 5 e preciso de um bom resultado. Dei o meu melhor. Eu nunca desisto. Surfei como se todas as ondas fossem as últimas. Me sinto como se estivesse em um playground aqui. As pessoas esperam o ano inteiro por este evento. Aqui é a minha segunda casa, a Califórnia é um lugar muito legal e eu estou muito animado - disse Filipinho em uma entrevista à WSL. 


Confira o ranking da temporada 2015 do Circuito Mundial


- Foi uma bateria muito legal. Começou devagar, mas é sempre bom competir com o Kelly e o Owen. Estou muito feliz por estar nas quartas. Eu quero muito vencer o evento, estou faminto. 

Eu acho que nos passado foi muito difícil para nós brasileiros e era muito difícil vencer. Agora, nós decidimos ir em frente e tentar, trabalhamos duro e melhoramos nosso surfe - revelou Medina.


Mineirinho freia reação de Wiggolly e avança  

Adriano de Souza começou com um ritmo alucinante no início, pressionando os rivais, porém, precisou contar com a sorte para superá-los no fim. Mineirinho entrou na disputa concentrado, afinal, sabia da importância de passar por mais uma bateria, uma batalha dentro de uma guerra contra Mick Fanning e Owen Wright pela ponta. Com manobras fortes e um surfe clássico, o número um do mundo ficou na frente, com um 5.33 e um 6.50, somando 11.83 pontos. Abusando do power surf - baseado na força de manobras - Wiggolly Dantas tinha como melhor nota 4.77, mas ressurgiu em grande estilo no fim. Mais tarde, Wigoolly se recuperou e está nas quartas.

Joel Parkinson, por sua vez, ia exibindo o bom surfe que o fez sagrar-se campeão mundial em 2012, mas não foi foi páreo para Adriano, que ampliou para 13.10. Com 12.86 pontos, Parko poderia ter assumindo a primeira posição caso finalizasse bem um aéreo, porém,. não evitou a queda e teve a pontuação prejudicada (1.77). A situação se repetiu no fim (0.70), para a felicidade de Mineirinho. O paulista de Ubatuba Guigui, criado nas ondas de Itamambuca, precisava de 8.33 para roubar o posto de Adriano e encaixou uma combinação de manobras no estourar do cronômetro, esquentando a briga. Mas, os juízes deram a ele apenas 8.23. Assim, Wiggolly chegou a 13.00, o que não foi suficiente para vencer o surfista do Guarujá (13.10).


Cirúrgico, Medina domina Slater e Owen Wright

Owen Wright provocou o amigo Gabriel Medina ao pegar a primeira onda, estratégia usada normalmente pelo brasileiro. O australiano, que passou um ano e meio se recuperando de uma lesão, e está de volta em sua segunda temporada, encaixou duas manobras e largou na frente, com 4.33. Logo na primeira investida, Medina fez o que os juízes queriam: variedade de manobras. Fenômeno de Maresias, o atual campeão mundial mostrou um arsenal poderoso para conseguir 8.33. Definitivamente, a má fase da primeira parte do Tour ficou para trás para o jovem de 21 anos. Logo depois, ele encontrou uma direita e arrancou um 8.57 após emendar manobras complicadas com uma batida reta. Ele ampliou para 16.90, deixando Owen em segundo lugar (11,63) e Kelly em terceiro (8,37).

Gabriel Medina quarta fase Trestles surfe (Foto: Divulgação/WSL)
Gabriel Medina joga bastante água para o alto 
ao executar manobra na quarta fase (Foto: 
Divulgação/WSL)


Em grande fase, Owen era agressivo e ameaçava o brasileiro, enquanto Kelly estava mais discreto. Em busca de 9.60, o australiano desenhou lindas curvas e linhas na onda, mostrando toda a sua habilidade , porém, ganhou apenas 9.10. O irmão de Tyler Wright passou a lutar por um 7.80, mas as ondas desapareceram do horizonte. Slater era um mero espectador na disputa que ficou concentrada em Owen e Gabriel. Com uma perfeita seleção de ondas e cirúrgico nos movimentos, Medina precisou de apenas duas (8.33 e 8.57) para garantir a pontuação de 16.90 para ir às quartas de final, jogando Owen (16.40) e Kelly (8.37) para a repescagem.


Filipinho dá show de aéreos

A disputa começou quente, com os surfistas mostrando a força da chamada "geração de ouro" da modalidade, com três estilos distintos. Mesmo com o mar pequeno, eles mostraram que sabem tirar um coelho da cartola quando menos se espera. Miguel Pupo foi o primeiro a se jogar nas ondas de Trestles e mostrou muito estilo e power surf, porém, Filipe Toledo respondeu com sua arma mais potente. Após mostrar uma boa variação de manobras funcionais, espancando a parede da onda com cutbacks, rasgadas e batidas, Filipinho imprimiu muita velocidade e voou alto em um aéreo para arrancar dos juízes nota 9.20, assumindo a liderança: 16.10. Pupo (15.97), em segundo, manteve um bom ritmo, mas apostou em um surfe clássico para superar o caçula da elite, considerado um dos melhores aerealistas do mundo.

Filipe Toledo quarta fase Trestles surfe (Foto: Divulgação/WSL)
Filipe Toledo dá um do seus belos aéreos na quarta 
fase (Foto: Divulgação/WSL)


Melhor estreante na elite na temporada, Italo Ferreira, com um surfe de backside poderoso, também, era agressivo e mostrou que também é muito perigoso nos aéreos. O potiguar de Baía Formosa, acostumado a surfar direitas no beach break de sua terra natal, parecia estar em casa, livre de pressão. Com um 7.83 e um 8.07, Italo segurava a lanterna, com 13.93. Ele precisava de  9.70 para virar. Uma missão complicada, mas não impossível, para um jovem que, como Toledo, tem o poder de transformar ondas pequenas em notas altíssimas. No último minuto, um frontside air reverse, variação do giro 360º, levantou o público na areia no minuto final. Filipinho veio logo atrás, acertou o primeiro aéreo, mas caiu no segundo, mas nada que tirasse o brilho de uma grande apresentação. Os rivais também davam show, tentando roubar o posto de Toledo, em uma disputa de alto calibre. Inspirado, Filipinho ainda dispensou um 8.57 no fim. Com 17.93 pontos, o paulista de Ubatuba superou Pupo (16.97), de Itanhaem, e Italo (16.17).

Depois Trestles, vão faltar apenas três torneios: Landes, na França, de 6 a 17 de outubro, Peniche, em Portugal, entre 20 e 31 de outubro, e Pipeline, no Havaí, de 8 a 20 de dezembro.


BATERIAS DA SEGUNDA FASE (REPESCAGEM)

1: Filipe Toledo (BRA) 16.50 x Ian Crane (EUA) 16.43
2: Josh Kerr (AUS) 13.50 x Hiroto Ohhara (JPN) 12.77
3: Gabriel Medina (BRA) 17.50 x Tomas Hermes (BRA) 9.60
4: Nat Young (EUA) 16.60 x Aritz Aranburu (ESP) 13.66
5: Wiggolly Dantas (BRA) 16.73 x Brett Simpson (EUA) 12.60
6: Bede Durbidge (AUS) 13,27 x Dusty Payne (HAV) 10,00
7: John John Florence (HAV) 9,90 x Glenn Hall (IRL) 13,64
8: Matt Wilkinson (AUS) 15,60 x Ricardo Christie (NZL) 14,83
9: Joel Parkinson (AUS) 18,74 x C. J. Hobgood (EUA) 13,73
10: Jadson André (BRA) 14,43 x Miguel Pupo (BRA) 17,20
11: Sebastian Zietz (HAV) 8,33 x Michel Bourez (TAH) 12,10
12: Keanu Asing (HAV) 13,77 x Adam Melling (AUS) 14,43


BATERIAS DA TERCEIRA FASE

1. Julian Wilson (AUS) 4,80 x Miguel Pupo (BRA) 12,84
2. Italo Ferreira (BRA) 15,30 x Matt Wilkinson (AUS) 15,27
3. Filipe Toledo (BRA) 17,27 x Michel Bourez (TAH) 14,83
4. Josh Kerr (AUS) 13,90 x Joel Parkinson (AUS) 18,63
5. Taj Burrow (AUS) 12,53 x Wiggolly Dantas (BRA) 15,27
6. Adriano de Souza (BRA)12,83 x Glenn Hall (IRL) 11,97
7. Mick Fanning (AUS) 14,83 x Kolohe Andino (EUA) 11,57
8. Nat Young (EUA) 18,10 x Kai Otton (AUS) 12,26
9. Jeremy Flores (FRA) 15,26 x Adrian Buchan (AUS) 15,77
10. Kelly Slater (EUA) 16.50 x Adam Melling (AUS) 10.83
11. Gabriel Medina (BRA) 16.50 x Bede Durbidge (AUS) 15.10
12. Owen Wright (AUS) x Freddy Patacchia Jr. (HAV)


BATERIAS DA QUARTA FASE

1. Miguel Pupo (BRA) 16.97 x Italo Ferreira (BRA) 16.17 x Filipe Toledo (BRA) 17.93
2. Joel Parkinson (AUS) 12.86 x Wiggolly Dantas (BRA) 13.00 x Adriano de Souza (BRA) 13.10
3. Mick Fanning (AUS) 14.44 x Nat Young (EUA) 14.37 x Adrian Buchan (AUS) 16.36
4. Kelly Slater (EUA) 8.37 x Gabriel Medina (BRA) 16.90 x Owen Wright (AUS) 16.40


BATERIAS DA QUINTA FASE

1: Miguel Pupo (BRA) 13.73 x 16.57 Joel Parkinson (AUS)
2: Wiggolly Dantas (BRA) 16.37 x Italo Ferreira (BRA) 13.67
3: Mick Fanning (AUS) 16.10 x Kelly Slater (EUA) 14.90
4: Owen Wright (AUS) 6,00 x Nat Young (EUA) 12,17


BATERIAS DAS QUARTAS DE FINAL

1: Filipe Toledo (BRA) x Joel Parkinson (AUS)
2: Adriano de Souza (BRA) x Wiggolly Dantas (BRA)
3: Adrian Buchan (AUS) x Mick Fanning (AUS)
4: Gabriel Medina (BRA) x Nat Young (USA)


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/radicais/surfe/mundial-de-surfe/noticia/2015/09/em-bateria-100-brasileira-filipinho-da-show-de-aereos-e-vai-quartas.html



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