Marin ficará em prisão domicilar na Trump
Tower, um dos prédios mais famosos de NY
(Foto: GloboEsporte.com/Martin Fernandez)
Após cinco meses preso em Zurique, Marin fechou um acordo para ficar em prisão domiciliar em Nova York, onde tem um apartamento. A esposa do dirigente, Neusa, já chegou à cidade e reuniu-se com o advogado Paulo Peixoto em casa, antes do marido desembarcar com o FBI. O ex-presidente da CBF ficará preso até passar por uma audiência na Corte Federal do Brooklyn, onde corre a ação contra ele - provavelmente, na quarta-feira.
Procuradas pelo GloboEsporte.com por e-mail, por telefone e pessoalmente, nem as autoridades americanas e nem a defesa de Marin confirmam onde ele será mantido preso até a audiência no tribunal.
SAIBA MAIS: conheça o apartamento de Marin na badalada Trump Tower
Marin deve se declarar inocente, pagar uma multa milionária e ficar sob vigilância eletrônica, feita por uma empresa privada que ele mesmo deve pagar. Se o acordo se der em termos semelhantes aos feitos por Jeffrey Webb e Alejandro Burzaco (outros dois envolvidos no mesmo escândalo), Marin só poderá deixar seu apartamento com autorização expressa do FBI. Webb pagou fiança de US$ 10 milhões. Burzaco, de de US$ 20 milhões.
José Maria Marin, 83, é acusado de receber e repartir propinas num esquema de corrupção na venda de direitos de TV de vários torneios realizados no Brasil e na América do Sul. O dirigente virou alvo das autoridades americanas porque usou empresas e bancos dos EUA para fazer transações financeiras.
A mesma investigação que resultou na prisão de Marin mostra que outros dirigentes brasileiros também receberam propinas. Embora seus nomes não sejam citados, fica claro quem são: um é o antecessor de Marin na presidência da CBF, Ricardo Teixeira; outro é "um dirigente com alto cargo na CBF, na Conmebol e na Fifa", que poderia ser Marco Polo Del Nero.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/noticia/2015/11/marin-e-extraditado-para-os-eua.html