Mariana Zilio tem traços que lembram a irmã mais
velha, Natália (Foto: Andre Mourao/AGIF/COB)
velha, Natália (Foto: Andre Mourao/AGIF/COB)
Técnica Karina e as atletas do Colégio Conexão (SC) no vôlei das OEs (Foto: Andre Mourao/AGIF/COB)
- Trabalhei com a Natália, de 2003 a 2006, e sempre tive a certeza de que ela era uma atleta com um futuro promissor. Mesmo sendo moleca e inocente, era uma jogadora com uma qualidade técnica de adulta e uma força superior às outras meninas. Aos 16, foi eleita a melhor jogadora do mundo na categoria infanto-juvenil, um talento nato. A Mariana tem algumas características parecidas, como a força explosiva de salto, no entanto, começou mais tarde do que a Natália e ainda está em evolução. Apesar de imatura, ela surpreendeu em Cuiabá e fez aquilo que treinou - analisou Karina, escolhida para representar Santa Catarina no projeto Encontro de Técnicos Formadores, realizado no Centro de Treinamento de Saquarema.
Mariana Zilio faz pose descontraída com as amigas
em Cuiabá (MT) (Foto: Andre Mourao/AGIF/COB)
em Cuiabá (MT) (Foto: Andre Mourao/AGIF/COB)
- Minha ídola é a Natália e o meu sonho é ser como ela, quero pegar uma seleção e ser uma ótima jogadora. A minha irmã tem um coração muito bom e é uma pessoa humilde. Admiro a força e a técnica que ela sempre teve. Desde pequena, sempre foi a melhor - contou a jovem, que estuda pela manhã e treina, diariamente, de 14h30 às 18h, com exceção de domingo, o único dia de descanso na semana. Se a carreira não der certo, a estudante diz que gostaria de cursar odontologia, medicina ou engenharia.
Mariana relembrou os momentos difíceis pelos quais a família passou quando Natália descobriu um tumor benigno na canela esquerda. Em junho do ano passado, a ponteira foi submetida a uma cirurgia e, em agosto, chegou a disputar três jogos da fase final do Grand Prix. Seis meses depois, o tumor estava de volta e foi preciso outra intervenção. De olho nos Jogos de Londres, a ponteira iniciou uma corrida contra o tempo, conseguiu se recuperar e foi um dos destaques da equipe verde-amarela na conquista do bicampeonato olímpico.
- Desde a notícia de que a Natália estava com um tumor, assim como durante todo o processo de recuperação, a nossa família ficou sofreu bastante. Os meus pais são muito religiosos e eu acredito que a fé nos deu força para apoiá-la nesse momento tão difícil, que teve um final feliz. Ela ficou 100% recuperada e ainda ajudou o Brasil a trazer um ouro para casa.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/esporte-estudantil/noticia/2012/12/mariana-zilio-segue-os-passos-da-irma-natalia-campea-olimpica-no-volei.html