– Você tem de estar preparado para aproveitar as oportunidades. Hoje fomos muito competentes. Talvez, se forçasse (a equipe) poderia fazer mais. Mas aí você pensa na quarta, no campeonato com pouco espaço de recuperação... E o adversário de quarta não é mole, não – afirmou o treinador.
Criticado pela torcida na última quarta-feira, quando o Corinthians saiu na frente, mas cedeu o empate por 1 a 1 para o Atlético-PR, Mano Menezes teve o nome gritado por parte da torcida alvinegra na Ilha do Retiro. Neste domingo, o Timão chegou a permitir que o Sport igualasse o placar, mas reagiu rapidamente e fechou a partida aos gritos de "olé", criando possibilidades de ampliar ainda mais o marcador.
O Corinthians disputará mais dois jogos antes da pausa para a Copa do Mundo, ambos em casa. Na próxima quarta-feira, o Timão recebe o Cruzeiro, às 22h (horário de Brasília), no estádio do Canindé. Domingo, os comandados de Mano Menezes recebem o Botafogo, às 16h, na Arena em Itaquera.
Mano Menezes, técnico do Corinthians,
na partida deste domingo (Foto: Daniel
Augusto Jr / Agência Corinthians)
Veja a entrevista coletiva de Mano na íntegra:
Pressão da torcida
O torcedor vai para o estádio e acha bom acha ou ruim. Ele interfere incentivando ou vaiando, aplaudindo. É importante torcedor entender isso. Somos uma equipe que tem de ter identidade, sempre foi assim. E assim vai ser.
Meta antes da pausa
Se fizermos seis pontos vamos terminar no grupo da frente, mas sabemos com é difícil fazer seis pontos contra Cruzeiro e Botafogo. Vamos pensar primeiro no Cruzeiro. Aliás, agora é comemorar a vitória, com placar elástico e que dá mais confiança para a equipe. Depois pensamos no Cruzeiro e no Botafogo.
Fator individual na vitória
O futebol de hoje exige muita aplicação. Não adianta pensar que somente talento individual vai ser suficiente para vencer jogos. O adversário também tem talento, fator local, ambiente com clima muito diferente do que estamos passando lá... Uma série de coisas que precisam ser levadas em consideração. Sem aplicação não se faz nada.
Melhor desempenho fora de casa
No jogo passado eu disse que talvez, em determinados momentos, jogar fora é até melhor do que jogar dentro da sua casa, porque você encontra espaços maiores, o adversário toma iniciativa, porque o torcedor quer que seja assim. Precisa ser competente para não aceitar só se defender, e aproveitar espaços. O caminho da equipe, para ambicionar mais, é fazer as duas coisas bem.
Relação com o elenco
A vitória é ótima, traz tranquilidade para todos e aumenta a confiança dos jogadores no trabalho do técnico. O treinador faz sua teoria, passa para os jogadores, e eles executam. Com isso, a confiança aumenta. Só pode render bem assim, com sequência.
Possível saída de Ralf
Eu sempre sou consultado para saída e chegada de jogadores do grupo. Não é a única opinião que define a situação. As coisas são complexas. Tem o interesse do atleta, o respeito por tudo que ele fez e construiu no momento mais vitorioso. E também a direção leva em consideração, precisa ser uma coisa muito vantajosa para todos os lados. Isso vai definir. Eu prefiro que ele permaneça, obviamente.
Momento da equipe
Penso que as equipes viviam momentos semelhantes. O Sport também não vencia, e tinha pressão. Não é a pressão que determina jogo melhor ou não, é a maneira como você lida, se ela não deixa te atrapalhar, perturbar o ambiente. Penso que a equipe fez de maneira muito firme aquilo a que se propôs. Essa crença fez com que nos envolvêssemos ao ponto de construir um resultado importante e grande na Ilha.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/corinthians/noticia/2014/05/mano-exalta-competencia-do-timao-se-forcasse-poderia-fazer-mais.html