Ingrid Oliveira para a disputa olímpica dos
saltos ornamentais (Foto: André Durão)
Além disso, Ingrid ganhou o status de musa e virou alvo preferencial das lentes, uma situação que a incomoda. Por isso, nas Olimpíadas ela deseja ganhar o reconhecimento exclusivamente pelo desempenho na execução de seus saltos, e não pelo repercussão de suas curvas.
- Não gosto quando me colocam como musa, quero ser reconhecida como atleta. Não quero que me conheçam como a menina que tirou zero... Ninguém nem fala da minha medalha. Na quinta, estávamos na Vila tirando fotos no símbolo olímpico, aí chegaram dois caras e disseram: "Olha lá aquela menina que tirou zero no Pan". Mas eu ganhei medalha também, né. As pessoas não reconhecem. Fico triste. As pessoas têm que assistir ao esporte para torcer para o atleta se dar bem, e não porque alguém é bonita ou porque querem me ver de maiô - desabafou.
Ingrid durante treino. Disputa começa
dia 7 (Foto: André Durão)
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Confira outros trechos do bate-papo com Ingrid Silveira:
Tietagem na Vila dos Atletas
- Na Vila tem sido tranquilo (o assédio). Eu que tenho vergonha de pedir para tirar foto. Estou doida para tirar uma com a Simone Biles (americana), da ginástica, a futura campeã olímpica, mas sempre que encontro ela está almoçando. Que raiva (risos).
Objetivos na competição- Quero acertar o salto que fiz no Pan, quero chegar na final individual e ficar de quinto para cima no sincronizado. Se eu entrar na final quero brigar por medalha.
Clima de Olimpíada
- Depois da abertura ainda vai ficar mais com cara de Olimpíada mesmo, porque alguns países ainda não chegaram. Mas já entramos no esquema... como pegar ônibus e treinar em horário parecido com o da prova. Aqui na piscina para mim está tudo igual, porque ainda não tem público. Mas lá na Vila é totalmente diferente... os apartamentos, as pessoas. Estou andando e passa do lado uma campeã olímpica.