Claudio Portella
Publicada em 06/05/2011 às 22:31
Rio de Janeiro (RJ)
O
LANCENET! fez mais uma matéria especial para os últimpos capítulos de uma série que contou a recuperação de um dos principais jogadores do Botafogo. Falamos com pessoas que realmente contribuíram para que Maicosuel virasse o Mago, para a torcida do Glorioso.
Foram 226 dias sem o seu camisa 7. Afinal, o que será do Botafogo sem um ídolo vestindo este número? Pois é. Difícil imaginar uma conquista alvinegra desta forma. Identificado com a Estrela Solitária e com a esperança de dias melhores, Maicosuel volta ao time neste sábado, em amistoso contra o Friburguense, cercado de coincidências. E se tratando disso, convenhamos que os alvinegros adoram uma boa superstição.
As notícias do Glorioso chegam antes até você!
Em 16 de junho de 1986, nascia Maicosuel. De família humilde, da pequena Cosmópolis, interior de São Paulo. E sua história já começava a se confundir com o Botafogo. Neste mesmo dia, a Seleção Brasileira entrava em campo em um jogo de Copa do Mundo. Em um confronto pelas quartas de final, diante da Polônia, o Brasil golearia os europeus por 4 a 0. Nesta partida, um certo lateral-direito chamado Josimar fez um golaço. Isso mesmo. O Mago nasceu no mesmo dia em que um jogador do Botafogo brilhou mundialmente com a amarelinha. E não para por aí.
- O Maicosuel nasceu prematuro. Tinha sete meses. Ele sempre gostou de bola. Já chutava muito quando estava na minha barriga - lembra sua mãe, Dona Cida, de 64 anos.
Um dos que mais apoiou o filho, foi Seu Sebastião, mais conhecido como Seu Rebite.
- As pessoas falavam que ele era bom, para eu investir, pois iria se tornar profissional. Eu trabalhava como guarda municipal e apitava alguns jogos amadores. O Maicosuel sempre vinha atrás de mim. Lembro que para todo canto levava sua bola - comentou seu pai, uma figura carismática na cidade.
Sua irmã, a educadora Marquíria, também ressaltou que quando o Mago completou 13 anos, não conseguiu mais ver o irmão diariamente em casa.
- Ele foi jogar nas divisões de base do Guarani. Só via ele aos fins de semana. Cresci assistindo os seus jogos e torcendo. Nossa família é muito unida. Sempre que ele vem aqui, ficamos juntos - revela.
Ao conversar com seus familiares, fica claro que todos sentem falta da companhia do ente querido, que deixou a cidade pequena para ser uma estrela. Emocionado, o pai agradece o filho.
- Ele já nos deu muita coisa. Maicosuel é orgulho da cidade. Lutamos muito. Meu filho é um vencedor - afirmou Seu Rebite.
Sua mãe ainda revela uma das paixões do jogador.
- Ele é louco pelo Botafogo. Aqui eu também torço. Nós colocamos o hino do Botafogo quando o Maicosuel joga - comentou.
E agora falta um dia para a Dona Cida colocar a camisa 7 guardada tanto tempo no seu armário e cantar o hino alvinegro, em meio aos gritos dos botafoguenses: "Ô Maicosuel voltou, Maicosuel voltou".
NÚMEROS MÁGICOSMaicosuel nasceu com
sete meses.
No mesmo dia em que o Mago nascia, Josimar, ex-jogador do Botafogo, marcava um gol pela Seleção Brasileira, em 1986.
O primeiro gol dele em sua volta ao clube, foi contra o Atlético-MG, em um dia
sete de agosto.
Após
sete meses sem jogar, o Mago retornará em um dia
sete de maio.
FONTE:
http://www.lancenet.com.br/botafogo/Historia-Maicosuel-confunde-Botafogo_0_475752699.html